segunda-feira, 25 de maio de 2015

SILHUETAS DA VERDADE









Numa vaga e sutil experiência
se aventura um curioso sonhador,
percorre um viés caprichoso
segue sintomas, por pouco supor,

Encontra no Norte, uma trama,
afasta de sua beira,  o drama,
embarca numa Nau errante,
e navega por uma rota distante,

Superando a procela da dor,
por uma fresta esguia descobre,
caminhos que embalam uma flor,
feitos que depreciam um nobre,

Na penumbra da pura felicidade,
mergulha na palidez, dominante
dribla sem perceber, a  verdade
pelo prêmio do engano ambulante,

No encalço do perfume distante,
segue embriagado, e inaudito,
peito ofegante e voz embargante,
sacrifica o endereço bendito,

O barco à deriva, se distancia do porto,
o furor negro assusta o navegante
a procela insiste e afasta o conforto,
um arrepio se instala, naquele horizonte,

Alça os olhos na direção do começo,
não é possível.., insiste o peito alado,
não acredita, num possível tropeço,
entende a tempestade e o mar agitado,

Ao longe as luzes ainda se percebem,
o coração vibra,  o vigor se refaz,
a visão fica clara, a Âncora aparece,
o retorno inicia, o engodo se desfaz,.

Um Sorriso se abre e brilha o olhar,
da densa noite se afasta a densidade,
o caminho se firma no meio do mar,
não mais lhe encantam as SILHUETAS DA VERDADE.  

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