sexta-feira, 31 de outubro de 2014

VAIDADE... TÔ FORA




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Oh! Vaidade atroz, que quer me atirar nos desatinos,
Quer alongar as fronteiras dos desvarios,
Quer me fazer avançar pelo desconhecido afora,
E me distanciar do próprio chão em que moro.


Oh! Vaidade atroz, que não mede consequências,
Que em cada feito, atropela os caminhos da ciência,
Que no delírio da ilusão rompe as aparências,
E sem constrangimento algum, zomba das evidências.

Oh vaidade atroz que se apega a coisa nenhuma,
Transforma o inocente num gigante desavisado,
Faz o simples dormir enganado,
E escraviza quem não estiver ligado.

Por sua causa o homem perde a linha,
Esquece o princípio que tinha,
Rouba o fruto da própria vinha,
E se afeiçoa a uma vida mesquinha.

Você que se aproxima sorrateira,
Chega sem falar besteiras,
Tenho uma má notícia a te dizer:

Saiba que aqui não cabe você.




quarta-feira, 29 de outubro de 2014

AUSÊNCIA DE UMA FLOR



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Onde está aquela flor?
Que meu sorriso levou,
Que o meu brilho tirou,
Onde está aquela flor?

Uma dor distante me acusa,
Como superar a dura recusa?
Como administrar a repulsa?
Como nortear uma opção avulsa?

Como se pode do mal, tirar o bem,
No lamento fazer brotar um sorriso,
Da tristeza, a alegria que está além,
Em pleno caos, vivenciar o paraíso?

Onde está aquela flor?
Que meu sorriso levou,
Que meu brilho tirou,
Onde está aquela flor?

Essa estranha contradição,
Escurece meu coração,
Me custa caro essa decisão,
Me faz andar na contra mão.

É duro contemplar um lamento,
Ainda que só por um momento,
Não me imagino causando dor,
Muito menos despetalar uma flor.

Onde está aquela flor?
Que meu sorriso levou,
Que meu brilho tirou,
Onde está aquela flor?

domingo, 26 de outubro de 2014

UMA AMIZADE SINCERA









Da cidade Sol, na terra da primeira Capital,
O sorriso mais belo, o calor ardente arrefeceu,
Num dia de alta temperatura, sobe o fluxo arterial,
Mas na sombra da simpatia, um amigo adormeceu.

A amizade sincera, não se acha facilmente,
Não vive se fazendo sem nada entender,
De fina educação, não confunde a mente,
E divide simpatia com quem aparecer.

Cativante que só ela, impressiona a devoção,
No "face" dá show, ao postar uma reflexão,
Os amigos aplaudem, a bela imaginação,
E tem, morada cativa em muitos corações.

Cultivar uma amizade sincera,
É acima de tudo um ato inteligente,
E num gesto de carinho se encerra,
O aquecer de um peito dormente.

De quem tanto faz e nunca entende,
Encontra no peito sempre acolhedor,
O aconchego que revigora o ente,
Mas poucos veem o lado do ser generoso.

Hoje, durante a viagem, me lembrei muito dessa amizade,
Parei o carro no fim da tarde apreciando a bela paisagem,
E a grandeza de um "pôr do sol" encantador, me obrigou a ver,

O quanto é importante na vida, pessoas como você.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

PROVÉRBIOS E CONCEITOS BÍBLICOS - CAPÍTULO VIII






91 -"Quem não tem compreensão de Deus, não pode perceber as alternativas de soluções constantes para todas as adversidades, que marcam o dia-a-dia do ser humano"

92- "A felicidade se esconde de quem não entende a alma"

93- "Desejar e fazer o bem a todas as pessoas constitui uma preciosa obrigação, mas, desejar e fazer o bem a quem não te deseja e nem te faz o bem, constitui um ato de amor preciosíssimo".

94 -" Não se pode medir o amor por um gesto ou algumas atitudes apenas".

95 - "O amor que se demove, por um não ou por alguns senões, isso não é amor, isso se chama especulação".

96- "Amor é o sentimento que comanda um conjunto de atos ou atitudes, atemporais,em favor de outrem, não sujeito a circunstâncias ou condições, cuja meta é sempre ver e manter o bem estar do próximo".

97 - " O Silêncio Sucumbe a afronta"

98 -"A Democracia, somente será uma Democracia de fato, quando os políticos entenderem que são meros funcionários do povo, e por ele e para ele devem exercer seus mandatos"
99- "Nós os eleitores, elegemos os políticos, para que eles façam o melhor possível em todas as áreas, em nosso benefício, não cabendo a eles ficar enumerando seus feitos como se, o que representa uma obrigação, fosse mérito"
100 - "O nosso voto representa uma procuração, que passamos aos políticos para que eles nos representem bem, isso não inclui em absoluto, a corrupção, desonestidades, ou qualquer ilicitude"
101 -" Para um político, o ato de fazer o melhor em benefício do povo, constitui APENAS UMA OBRIGAÇÃO. NÃO É MÉRITO. Mas a prática de ilicitudes, constitui DEMÉRITO, e precisa sofrer a competente repreensão da justiça"
102 -"Acima dos ideais políticos, deve-se priorizar na prática do Mandato eletivo, a boa observância da ética, da moral, e dos bons princípios, assim, não é porque, alguém se defina como sendo de esquerda, centro, ou de direita, que deva abraçar ao "vale tudo", por uma militância burra e egoísta,visando se manter no poder a qualquer custo, ou conquistá-lo. fechando os olhos a todas as ilicitudes que o político pratica no exercício de sua função , sob pena de vir abaixo o estado de direito, pondo em risco a sobrevivência das Instituições democráticas, e consequentemente o interesse maior e a paz de uma nação".

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

NA BEIRA DO MAR







Uma sensação diferente,
Foi o que me aconteceu,
A fuga de um dia tão quente,
Eu senti quando a brisa bateu.


Viajei tanto para chegar,
E me encontro sonhando,
Na areia vou caminhando,
Na praia, na beira do mar.

De quando em vez, me assusta,
Um barulho ensurdecedor,
A água com a pedra disputa,
O espaço que o tempo tomou.

As gaivotas circulam inquietas,
Querendo se alimentar,
Voos rasantes, indicam a festa,
Um cardume de sardinha, na linha do mar.

A imensidão me encanta,
A fúria do mar me espanta,
O silêncio sucumbe a afronta,
Em tudo isso a criatura, Manda.

Na alta da maré,
A água toca meu corpo,
Com graça me convida a entrar,
Mas quero andar mais um pouco.

O vento, de leve toca meu rosto,
Sinto um perfume distante no ar,
Uma brisa suave, aguça meu gosto,
Uma doce saudade me faz delirar.

Uma onda mais forte me pega de jeito,
Me encontro nadando na brisa perfeita,
Um choque na pedra e a realidade é refeita,
O retorno ao calor que o corpo rejeita.

Espere meu Ser que em breve estarei lá,
Não vejo a hora desse dia tão desejado chegar,
No habitat das poderosas gaivotas experimentar,

Aquela brisa suave que só existe NA BEIRA DO MAR. 

domingo, 19 de outubro de 2014

O TEMPO







O tempo não pode parar,
E ai de quem para no tempo,
Pois, pode não mais se encontrar,
E se perder no lamento.

Lamentar o tempo perdido,
Isso pode ser até natural,
Mas, aglutinar os tempos idos,
Não é fácil ao simples mortal.

O passado não volta mais,
Não adianta insistir,
Fica no peito a saudade,
De um tempo longe daqui.

O presente é a certeza,
De quem o passado deixou,
Mas trouxe dos dias vividos,
A bagagem que no tempo ajuntou.

Há quem afirme convicto,
Que o certo é viver o presente,
Se esquece o tal convencido,
Que tem o futuro na frente.

Não se pode viver somente,
O agora e esquecer do amanhã,
Mostra pobreza na mente,
E apreço a uma vida pagã.

A futilidade invade,
A mente que assim pensa,
E se prende na vaidade,
Quem rejeita a boa crença.

Logo não se separam,
Nenhuma das fases do tempo,
Todas nos preparam,
Pra vida em cada momento.

O presente determina,
A direção que vem a seguir,
A pratica de agora define,
O que viver no porvir.

O futuro é o resultado,
De tudo que ontem e hoje foi feito,
E pra quem a vida prossegue,

O certo é viver direito. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

UMA TARDE DE VERÃO







O universo começa a conspirar,
A natureza se ajeita no seu lugar,
Um manto sagrado se estende,
Para o fim do dia esperar.

Uma revoada de garças anuncia,
O horizonte aflito se prepara,
Um espetáculo único no fim do dia,
Uma luz dourada se exibe diante do meu olhar.

Que maravilha meus olhos veem!
Como descrever tamanha beleza?
Como me enquadrar "se estou tão aquém",
Da exuberância da natureza.

No suspiro do dia que finda,
Exausto por um calor ardente,
O sol, libera as cores mais lindas,
Na hora de "refrescar a mente".

No contraste com a imensidão,
Reflete na lâmina da água,
Partículas de generosidade e gratidão,
Que em meus solícitos olhos deságuam.

Meu coração dispara no pulsar da emoção,
O espírito vibra e deixa escapar um grito,
Numa força sobrenatural alcança o infinito,
Que traz o sublime abstrato, e deixa na minha mão.

Um apaixonado inconteste eu sou,
Por tudo aquilo que Deus criou,
Mas, o “Por do sol” é encantador,
Numa tarde de verão, em um dia de calor.

Os sonhos se multiplicam,
No limite da imaginação,
E no infinito se encontram,
Dando corda ao coração.


Ainda mais e muito mais porque,
O admirador irrequieto se aproxima,
E se insere em toda beleza que vê,
Pois, tudo é parte do seu próprio ser.

Sendo parte de tanta perfeição,
A criatura pode voar na imaginação,
Pois é possível, com fé no coração,
Abraçar aquilo que está tão distante da mão.

O êxtase que inspira essa contemplação,
Deve se refletir no cotidiano de cada irmão,
Bem como o fascínio que a natureza exibe,

Numa maravilhosa TARDE DE VERÃO.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

SEMBLANTE






Esse olhar indiscreto,
Com jeito de desafeto,
Me desconcentra na baliza,
E me faz esquecer MONALISA.

Esse sorriso embutido,
Querendo "tirar onda",
Por trás da boca escondido,
Supera o de Gioconda.

Esse conjunto maneiro,
Enriquece o dia seguinte,
Me toma o travesseiro,
E me faz homenagear Da Vinci.

Nessas palavras pequenas,
Lembrando um tempo distante,
Se juntam tão belas cenas,

E formam o seu lindo SEMBLANTE. 

domingo, 12 de outubro de 2014

O SILÊNCIO









Dizem que "... meia palavra basta",
No entanto, meia palavra é bastante,
Para entender que não precisa tanto,
Para uma explicação abundante.

Um grito calado no peito,
Faz explodir a calma,
De quem busca encontrar um jeito,
De não implodir a alma.

O semblante do ser atingido,
Nos seus passos comprimido,
Com o coração abatido,
Fala mais quando contido.

Por isso, meia palavra é muito,
Uma palavra inteira, pior,
Pois, quando se está ferido,
É o silêncio, quem explica melhor.

Quando a tristeza domina,
É melhor "ao espírito abraçar",
E no abstrato, se deleitar,
Até a dor terminar.


Quem só com si, se importa,
Faz sucumbir a razão,
E nada pode doer mais forte,
Do que a dor da ingratidão.


Isso maltrata o peito,
Faz sangrar o coração,
Deixa o rosto desfeito,
E o destino no chão.


Aí o desespero aparece,
Buscando explicação,
Mas o sábio se robustece,

Pondo o SILÊNCIO em ação. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

LEMBRANÇAS









Por vezes o passado nos apronta,
E volta assim meio que de repente,
De boas lembranças nos dá conta,
Numa viagem inversa, oxigena a mente,
Fazendo vibrar o peito dormente.

Hoje à noite fui buscar longe,
Reservado num canto solene,
Viajei para um lugar bem distante,
Onde mora o princípio da gente,
E um pedaço da vida pungente.

Lembrei-me dos dias queridos,
Quando eu descalço e inocente,
Descia e subia os morros contidos,
Num fragmento de lembrança recolhido,
Em um ponto escondido no fundo da mente.

Naquelas idas e vindas, eu e minhas irmãs,
Queridas e amadas, íamos ao ninho da coruja,
Importunar quem feliz vivia, como guardiãs,
De "lindas crias" que na toca da pedra escondia,
E com tanta coragem e bravura as defendia.

Nossa casa tão humilde,
Num canto da serra escondida,
Mirava na estrada comprida,
Ansiosa pra trazer meus queridos,
Depois de uma lida sofrida.

Ali era a nossa morada,
Eu, meus pais, minhas irmãs,
Outros também ajudavam,
Dividindo a alegria no café da manhã,
No pão, na lida e na luta demandada.

Na pedreira da chegada,
Meu pai ia todo dia,
Buscar minha mãe que vinha,
Da escola que com todo zelo fazia.


Ali comecei a entender,
Ali tudo pra mim era festa,
Ali comecei a aprender,
A tirar o leite da vaca floresta.

Em volta da casa um jardim,
No arreio o duro burro “cheirim”,
E como era difícil pegar,
Meu pangaré "bonitim".

Para arrear era um problema,
Somente eu ou vaqueiro da cena,
Algumas primas sentiram seus dentes,
Na hora de jogar a sela.

Era pequeno, mas era valente,
Na corrida não tinha pra ninguém,
Na redondeza nenhum podia,
A não ser o gaúcho que um primo tinha.

E o que direi do mel que nunca provamos,
Quando meu tio "corajoso e valente",
Reuniu a meninada e seguimos contentes,
Ao pé da colmeia fez uma "bela oração",
Deixando nervosos os anfitriões,
Que nos fizeram correr tirando a animação.

A alegria no domingo se completava,
Quando de casa todos saiam,
E na igreja do valão nos encontrava,
Para assistir ao culto daquele dia.

O tempo, foi passando,
Mudamos para a cidade,
Eu e o primo Luiz, crescemos,
Juntos, quase na mesma idade.

Numa linha de leite sofrida,
Passamos um bom tempo da vida,
Um caminhão bem antigo,
Era o transporte que nos valia.


Ainda na flor da idade,
Deixei minha mocidade,
No banco do brasil ingressei,
Onde por mais de 20 anos trabalhei.

Assim foram meus primeiros dias,
Que lembro com alegria,
Saudoso tempo que aqui não vem mais,
Hoje recordo ouvindo canções de dias iguais. 

 .