FIZ ESSE POEMA QUANDO APENAS NAMORAVA A MINHA ENTÃO FUTURA ESPOSA. TIVEMOS MUITOS DESENCONTROS NO INÍCIO, POR CONTA DE UMA LONGA DISTÂNCIA ENTRE NOSSOS ENDEREÇOS. ELA NA BAHIA E EU NO ESTADO DO RIO.
AGORA VOLTO A HOMENAGEÁ-LA, POIS, COMEMORA SEU ANIVERSÁRIO EM 12 DE ABRIL, LOGO NO INÍCIO DA ESTAÇÃO OUTONO.
UMA GUERREIRA INIGUALÁVEL. MÃE AFETUOSA E ESPOSA DEDICADA.
A FLOR DE OUTONO POSSUI CARACTERÍSTICAS ÚNICAS QUE A TORNAM DIFERENCIADAS FAZENDO-A SE DESTACAR DE FORMA CRISTALINA.
GRANDE ABRAÇO MINHA AMADA
Sol de abril, manhã ensolarada,
A relva macia e ainda molhada,
Gotas de orvalho envolvem a luz,
Gerando a vida que tanto seduz.
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Folhas secas se acumulam pelo chão,
Tempos cumpridos, batalhas vencidas,
Lutas intensas travadas no verão.
Na busca continua, pela melhor solução.
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O tempo revolto castiga sem pena,
Pedaços da vida escapam da mão,
Raízes avançam em terrenos baldios,
Enfeitando um sorriso fora da estação.
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Corações reclamam o tempo perdido,
Ausências indicam uma triste direção,
Quem dera o chão ajeitasse o caminho,
Resolvesse a distância e os dias vencidos.
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As folhas caem pela dura ação do tempo,
Recolhem o saber num silêncio intrigante,
Mistérios da vida se revelam no horizonte,
Explicam as folhas, outrora vibrantes.
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Na metamorfose do tempo o Ser se ajeita,
No calor que aquece da estação própria,
Na partícula da seiva que a flor se deleita,
Renasce a esperança de escrever a história.
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Outras folhas, fortes e valentes logo virão,
Para preparar o caminho da mais bela flor,
A flor de outono, sempre linda e graciosa,
Produzida na estação, que alimenta o amor.
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Os dias passam correndo, da janela eu assisto,
A linda paisagem fica ainda muito mais bela,
Com a flor de outono, de exótica e única beleza,
Na bela estação, com os caprichos da natureza.
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O sol começa a se pôr, o inverno se aproxima,
A primavera virá e depois o verão outra vez,
Mas vai sempre aparecer no curioso radar,
A flor de outono, que tanto me faz admirar.
