domingo, 24 de maio de 2015

SILÊNCIO DO MEU LUGAR







O silêncio domina em meu redor,
O desatino alucinante me faz mergulhar,
Num paroxismo intrigante, e desejar,
O que eu não tenho, e nem posso esperar,
Algo que está longe, bem longe do meu lugar.

Levanto a todo instante o meu olhar,
Busco em todas as direções uma solução,
Não adianta, não vai adiantar,
O silêncio é intenso, preciso me conformar,
O peito adormece solicito num breve suspirar,
Se aquieta na quietude, que fica no meu lugar.

Um suspiro dobrado se mistura na fadiga,
A mente reclama, e resiste até se entregar,
Um peso nas pálpebras anuncia que o sono já vai chegar,
Agora o corpo adormece num labirinto de intrigas,
O cansaço absorve o ambiente de brigas,
As janelas se fecham, a alma se recolhe,
No silêncio profundo, dormindo no meu lugar.

Algumas horas se passam e o dia nasce outra vez,
A noite foi tranquila, lindos sonhos sonhei,
Enquanto eu dormia, a mente me fez ver,
Imagens construídas no recôndito do meu ser,
Mas a ilusão se desfaz no contraponto da razão,
O dia está só começando, a claridade do sol indica,
Que a vida continua, é preciso à luta se dedicar,

E transformar em passado, o SILÊNCIO DO MEU LUGAR.

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