sexta-feira, 7 de setembro de 2018

LABIRINTO



Um olhar perdido, busca refazer seu dominio.
Me prendendo no espaço, me tira o compasso.
Me absorvendo na lida, me esqueço da vida.
Me deixa distante, contando os instantes.
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Do tempo que avança, afastando lembranças,
Que escurecem o pensar, no que não se define,
Na mente que faz, de um ser tão capaz,
De tolices viver, desprezando o saber.
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A beleza se perde, nas impurezas que medem,
A simpatia se vai, na arrogância que traz,
O silêncio atróz, devastando a harmonia,
Que embalava um sonho, de quem deixou de sonhar.
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Minha voz se calou na quietude dominante,
Um suspiro no peito represou sentimentos,
O encanto ficou revivendo os adereços,
Dos elogios que pulsão, mas deixaram o  endereço.
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Da mais bela flôr surgiram os espinhos,
O olhar perdido reencontra o caminho.
Explicação não tem esse vasto paroxismo,
Que faz passos firmes, trilhar no abismo.
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Onde será que vai dar esse longo labirinto,?
Que me tira do chão e me firma no abstrato,
Que me arranca da mão o dominio que eu tinha,
Que me prende no espaço distante da vinha.
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Gotas reluzentes de um plano frustrado,
Que renasce na mente e se instala na alma,
Com o efeito que mente à razão que acalma,
O coração se recusa a crer, no engano tramado.
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De conter e calar o cérebro pensante fumega,,
As belas palavras se recolhem na lingua presa,
No fundo do coração nasce uma forte vontade,
De me firmar na vereda que prioriza a verdade.

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