terça-feira, 24 de julho de 2012

O REINO DOS CÉUS E O GRÃO DE MOSTARDA

            Examinando a parábola abaixo, proposta pelo Senhor , como está em Mts. 13.31-32



           "O reino dos céus e semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; o qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, e a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vem as aves do céu, e se aninham nos seus ramos".

            Deixamos de examinar aqui aspectos inerentes a cada espécie vegetal, por achar irrelevante, até porque o Senhor sempre se utilizou de várias espécies de plantas arbóreas ou não, para nos trazer diversos ensinos.
             Creio que a essência do presente ensinamento, está na forma de como se desenvolvem os vegetais em geral, e não na espécie em si., até porque, uma hortaliça (mostarda) sendo uma espécie de dimensões rasteiras e de frágil consistência, não pode se transformar numa árvore, muito menos de grandes dimensões, o que seria uma anormalidade. Vejam as referências bíblicas (Mr 4.5,7,8,28,29 ; Mt. 7.17,18,19,12.33, 17.20, 21.19 ; Lc 17.6, 23.31; Jo. 12.24 ; I Cr. 15.37;Os 2.22; etc).

           O grão que todos nós conhecemos, seja ele de mostarda ou de qualquer outra espécie, é composto por uma parte sólida e VISÍVEL que podemos chamar de “carne” e uma parte INVISÍVEL, impregnada na composição do grão, germinativa que germina quando cai na terra .
            Essa partícula que germina, quando o grão entra em contato com a terra, logo começa a ganhar forma e se tornar VISÍVEL e recebe inicialmente o nome de “Broto” e depois vai crescendo até se tornar numa grande árvore ou qualquer outra espécie do reino vegetal.  
                A parte carnosa da semente serve de alimento para o “broto”, até que cresçam as suas raízes e possa então se alimentar sozinho.
            Associando o assunto, podemos afirmar que o “broto” é a vida e corresponde a parte espiritual das sementes, que no Reino Vegetal se transformam em grandes árvores.
            No Reino Animal, a semente é o corpo carnal e o “broto” dessa semente, é o espírito que germina dentro do animal e no ser humano cresce se transformando numa grande árvore espiritual que produz frutos bons e maus.
              Conclui-se daí que a árvore ou as espécies vegetais, representam graficamente o espírito, ou seja: Quando estamos diante de uma árvore ou qualquer outra planta, podemos dizer que ali está graficamente representado um espírito. 

             É importante observar que todo tipo de grão quando é lançado no solo, precisa ser coberto com a terra (enterrado) e que ocorra a morte da semente, pelas seguintes razões:

                    1  -   Se a semente após ser lançada no solo, permanecer visível, poderá ser ingerida pelas "Aves do céu";
                      2  -   Se não ocorrer a morte da semente, ficará ela só, não germinará e por fim apodrecerá;
                      3  -   Ocorrendo a morte da semente, haverá germinação e produção de muitos frutos (Joao 12.24: I Cor. 15.37).
                É curioso observar que uma vez, morta a semente e consequentemente ocorra a germinação, com o nascimento do "broto" e desenvolvimento da planta, NÃO SE VERÁ MAIS A VELHA SEMENTE, em seu lugar somente podera ser contemplada, UMA PLANTA, OU UMA ÁRVORE.  


                No Reino dos céus, o processo é semelhante.
           
             O Pecador, precisa enterrar a sua velha natureza (Batismo com Cristo na Cruz do Calvário), e morrer definitivamente para o pecado. Eis aí a única possibilidade para que haja salvação, e frutificação na vida do convertido.

             Quando o Pecador, ao tomar uma "decisão" de seguir uma vida nova com Cristo, deixa de enterrar alguma parte de sua velha natureza, (algum desejo carnal ou fraquezas represadas), surgem as "Aves do Céu"(espíritos imundos, hostes espirituais da maldade), e tomam conta daquela pessoa, impedindo que ocorra a verdadeira conversão e consequentemente deixa de haver salvação naquela vida, e tal pessoa passará seus dias enganando os irmãos, se dizendo um crente, mas jamais poderá produzir bons frutos, pois ainda não se converteu de fato.
               É necessáraio então que ocorra, absolutamente a morte da velha natureza (Mt 16.24; Mr 8.34),  E ESSA NÃO SEJA MAIS VISTA na vida do novo convertido, que deverá doravante, ANDAR EM ESPÍRITO, NA SUA CONFISSÃO DE FÉ, SEGUINDO SEMPRE AS PEGADAS DO SENHOR.     

                Note-se que a decisão de "enterrar" a velha natureza, precisa ser praticada diariamente, pois essa "MORTE", ocorre apenas em nosso entendimento (Rm 12.1-2; Gl 2.20), uma vez que essa "velha natureza" manipulada por satanás, estará sempre diante de nós, tentando impedir o nosso melhor desenvolvimento, enquanto neste mundo habitar.

                 O ser humano (plantação de Deus) quando chega na terra, é como a semente vegetal que é jogada no chão (Plantação do homem). Ambos se desenvolverão por algum tempo até que alcancem a maturidade. Tempestades, ventanias, tormentas de toda sorte, problemas de toda natureza virão afrontar as espécies que após atingirem a maturidade começarão a dar frutos, bons ou maus.

               É extremamente curioso observar que no Reino Vegetal a planta , em toda a sua existência, buscará insistentemente e a todo instante pela Luz do Sol, que nada mais é do que uma figura de Cristo, e sem essa luz, ela não sobriverá.

               O ser humano também depende, da mão protetora do Senhor 24 hrs por dia, precisando sempre da Luz do Senhor e quando o homem vira as costas para o Criador, ele viverá nas trevas e sem luz e morto espiritualmente.

             Fisicamente, o ser humano gerará novos filhos - as nossas sementes, como a árvore do Reino Vegetal gerará novas sementes vegetais.
               Espiritualmente o ser humano produzirá frutos bons ou maus segundo sua situação de sujeito ou não à vontade de Deus, e as sementes desses frutos gerarão respectivamente, salvação para a vida eterna ou seguirá o curso de satanás rumo ao inferno.
   Á arvore que, como já dissemos, representa graficamente o espírito, também produzirá frutos bons ou maus segundo a sua espécie. 
E quem ainda não teve a oportunidade de colher uma fruta madura no próprio pé e pode sentir o forte, desejável e agradável aroma que exala de sua polpa? Cujo cheiro tão forte é que chega a nos atrair, bem como aos pássaros e outros seres que chegam para disputar e degustar o manjar saboroso.
Assim é o homem ou a mulher que vive na dependência do Senhor e ama “o fazer a sua vontade”, como soldado fiel que serve ao Senhor no Reino dos céus. O fruto dessa “árvore” produzirá um perfume extremamente agradável a Deus e aos homens e atrairá muitos pecadores pelo testemunho de sua conduta que representa a “polpa” da semente espiritual selecionada, e essa, nada mais é do que a Palavra de Deus germinando e produzindo em terra fértil, o coração verdadeiramente arrependido. 
O Homem ou mulher que não faz a vontade de Deus, inevitavelmente faz a vontade de Satanás e o fruto “polpa” dessa “árvore” faz mal ao espírito, como mal faz ao corpo a ingestão de frutas (polpas) de espécies vegetais não indicadas para o consumo e a semente desses frutos espirituais é a palavra de satanás que gerará homicídios, prostituição e todas as más obras da carne. 
            Como já demonstramos, os frutos espirituais podem ser classificados de duas formas assim definidas:

1        -  Frutos bons: Amor, caridade, solidariedade, paciência, mansidão, domínio próprio , tolerância, longanimidade, etc.

2        - Frutos maus: Iras, contendas, porfias, rancores, ressentimentos, prostituição, glutonarias, homicídios, mentiras, etc.

O ensinamento a seguir, nos ensina como identificar as “´árvores” (seres humanos) que estão ao nosso redor.

“Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?”
“ Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus”. Mateus 7.16,17
                                  
            Essa árvore espiritual cresce a partir da semente e como nos ensina nosso Senhor na parábola do grão de mostarda, “vem as aves do céu e se aninham em seus ramos”.
         A expressão “aves do céu” mencionada na parábola nos fala das hostes espirituais da maldade, de espíritos imundos (Lcs 9.58 e Mts 13.4,19), que vivem atormentando o ser humano, se aninhando em nossas mentes tentando insistente e abusivamente nos desviar dos caminhos do Senhor e nos trazendo problemas de todas as espécies.
Eis a explicação da parábola sobre o reino dos céus e o grão de mostarda.

Texto extraído do meu livro "Arvores que andam".




quarta-feira, 11 de julho de 2012

O ENIGMA DOS PÃES MULTIPLICADOS - FINAL



...CONTINUAÇÃO...



2   -     SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES:


         O Milagre da segunda multiplicação dos pães nos mostra o final e o resultado da missão do Senhor aqui na terra.
         Assim como no milagre da primeira multiplicação dos pães, aqui a simbologia e a numerologia também norteará o nosso estudo.


         A) Porque já fazem três dias que eles estão comigo: A expressão está registrada no seguinte texto sagrado:


“Tenho compaixão da multidão, porque já fazem três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer”.Marcos 8.2


O Senhor inicia o milagre da segunda multiplicação dos pães demonstrando uma preocupação com a multidão, dizendo que já faziam três dias que estavam com Ele.
                   Note que, no milagre da primeira multiplicação dos pães, essa preocupação foi manifestada logo no primeiro dia e pelos discípulos de Jesus.
                   É curioso que, na segunda multiplicação, a preocupação do Senhor tenha ocorrido somente após três dias de ensinamento à multidão.
Esse detalhe tão importante nos mostra com clareza o ensino espiritual que estava implícito no maravilhoso ato milagroso praticado pelo Senhor.
     
Assim concluímos o seguinte:

Os três dias citados pelo Senhor se referem aos três anos de seu Ministério aqui na terra.

B) O Número 7 -  Sete pães:  Biblicamente o número 7, significa perfeição. Vejamos o versículo:

Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? E responderam: Sete, e alguns peixinhos. Mateus 15.34
     
      Vimos que os três dias citados pelo Senhor em Marcos 8.2. se referem aos três anos de seu ministério aqui na terra.    Aqui o número 7, aparece ligado a Palavra de Deus, porque o vocábulo pães tem essa simbologia.
      A Palavra de Deus é o próprio Senhor Jesus, que corresponde à graça de Deus para com a humanidade.
      Os três anos da missão do Senhor Jesus representam a manifestação de Deus Pai em prol do ser humano. O número 3 biblicamente significa Manifestação divina.
      Assim concluímos que o número 7 ligado à Palavra de Senhor, revela a aprovação de Deus Pai, para com a obra missionária de Deus Filho, Jesus Cristo. Desse modo entendemos um decreto do Pai:

A obra é perfeita.

Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”.    Isaías  53.11a

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome”. Filipenses 2.9


C)         Alguns peixinhos: Já vimos que quando a Palavra de Deus utiliza o vocábulo peixe está na verdade se referindo aos pecadores.

Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? E responderam: Sete, e alguns peixinhos. Mateus 15.34,

                            Vimos ainda que o milagre da segunda multiplicação dos pães nos fala do final da obra missionária do Senhor Jesus Cristo.
                            Com base nesses entendimentos, nos vem a revelação do Senhor. 
                            A expressão, Alguns peixinhos, nos proporciona a ideia do diminuto número de pessoas que creram no Senhor e aceitaram o seu sacrifício na Cruz.
                             De fato, as escrituras nos confirmam tal informação:

                       “Quem deu crédito à nossa pregação? e a quem se manifestou o braço do Senhor?”  Isaías 53.1

Pois nem seus irmãos criam nele. João 7.5

     Essa realidade se confirma até aos nossos dias.  Infelizmente a grande maioria das pessoas tem rejeitado sistematicamente a Palavra de Deus e trocado o Reino glorioso de Senhor pelas migalhas de satanás e caminham a passos largos para a perdição eterna.

D)     Levantaram sete alcofas cheias de pedaços: Como já demonstramos, o número 7 (sete) representa a perfeição. 


Assim todos comeram, e se fartaram; e do que sobejou dos pedaços levantaram sete alcofas cheias”.   Mateus 15.37

Aqui, o vocábulo “levantaram”, nos proporciona a ideia de serviço, de alguém que serve. Essa função na trindade divina compete ao Espírito Santo de Deus.
Assim entendemos a manifestação do Deus Espírito Santo sobre a obra missionária do Deus filho, o Senhor Jesus Cristo, decretando: A obra é perfeita.


                   Vimos em Mateus 15.34, a manifestação de Deus Pai:
                                                       
                                                        A obra é perfeita.
                  

Em Mateus 15.37 a manifestação do Deus Espírito Santo:

                                                        A obra é perfeita.

                  Até na numerologia a Palavra de Deus busca a coerência e a sintonia. Duas vezes perfeita. Manifestação de Deus Pai e de Deus Espírito Santo, sobre a obra realizada pelo Deus filho. O número 2 nos fala de tudo aquilo que é verdadeiro.
                   De fato, a obra do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi absolutamente perfeita e ninguém jamais poderá acrescentar ou diminuir.

Honras e Glórias  eternamente ao Senhor .

O ENIGMA DOS PÃES MULTIPLICADOS - 4ª PARTE




            ..... CONTINUAÇÃO......





C)         Jesus reparte o pão entre os discípulos:


Tendo mandado às multidões que se reclinassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. Mateus 14. 19


Aqui o Senhor nos dá uma clara informação de que cabe aos discípulos a pregação do evangelho.
O Senhor abre os seus ensinamentos a todos os seus servos e está sempre pronto a alimentá-los, desde que o busquem com um coração puro e desejoso de receber.
Uma vez, alimentado espiritualmente, o discípulo de Jesus deve compartilhar os ensinamentos recebidos (dividir o pão) com todas as pessoas que estão desnutridas e sem conhecimento do alimento espiritual, a fim de que elas venham ao conhecimento da verdade e encontrem a vida eterna.   

D) - Do pão multiplicado, sobraram exatamente 12 cestos:

“Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze cestos cheios”. Mateus 14. 20
 
                   Note que a quantidade de cestos de pães que sobrou corresponde exatamente ao número de seus discípulos.  O Senhor naquela época tinha 12 discípulos e sobraram 12 cestos de pedaços.

                   Esse ensinamento nos mostra claramente que todo discípulo de Jesus deve ter conhecimento de Sua Palavra, o suficiente para se alimentar, bem como para alimentar aqueles que ainda não têm o mesmo conhecimento.
                   Assim, todo discípulo de Jesus Cristo de Nazaré, em qualquer parte do planeta precisa ter o seu “cesto de pedaços de pão”.
                    

                
E)  -  Cada cesto continha pedaços de pão:

 “Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze cestos cheios”.   Mateus 14. 20.


Aqui o Senhor nos ensina que todo discípulo deve compartilhar o pão, ou seja, da mesma palavra que vier a pregar, ele deve também se alimentar.
É curioso observar que, numa multiplicação de pães cuja quantidade superou a cinco mil unidades (ali estavam presentes mais de cinco mil pessoas), somente tenham sobrado pedaços, não se tendo recolhido nenhum pão inteiro.
Isso não aconteceu por acaso. O Senhor queria nos trazer um forte ensinamento nesse texto.
Tomemos por base um pão do nosso alimento físico diário. Quando ingerimos uma parte desse pão, isso significa dizer que do mesmo pão sobrou um pedaço ou outra parte.
Espiritualmente falando, temos de repartir o pão que é a palavra de Deus. 
Se o nosso “cesto”, o cesto dos discípulos de Jesus Cristo, está cheios de pedaços de pão, isso equivale a dizer que esses pedaços devem ser endereçados às pessoas desnutridas espiritualmente, que ainda não conhecem a palavra de Deus e subentende-se que a outra parte desses pedaços foi por nós (discípulos de Jesus), ingerida.
Assim, todo discípulo de Jesus Cristo precisa ingerir do mesmo pão que reparte, ou da mesma Palavra que vier a divulgar aos semelhantes que ainda não a conhecem.  



         ...CONTINUA....






O ENIGMA DOS PÃES MULTIPLICADOS - 3ª. PARTE




...CONTINUAÇÃO.....

       
B) -   O Número 2  - “Dois peixes”:  Biblicamente o número  2” representa o número da verdade. Ex,: o testemunho de duas pessoas é sempre considerado verdadeiro.

“Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro”. João 8.17          

                  Simbolicamente o vocábulo “peixe” sempre representa na bíblia o pecador. Vejamos uma passagem que confirma essa informação:


“E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos-Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores”.
 “Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.  Mateus 4.18-19

                   O próprio Senhor. Jesus, ao dizer que faria de Pedro um pescador de homens, está identificando o pecador como peixe, porque esse é o animal que se pesca.

                   Observe que o texto sagrado de Mateus 14.17  citado anteriormente nos fala de “2 peixes”, e ao examinar o assunto, concluímos que não poderiam ser 4, 5, ou 6 peixes, uma vez que o vocábulo ”peixe” simboliza o pecador e o número 2 representa a verdade. O pecador precisa falar a verdade se quiser ser salvo.

                   Repetindo o ensino de Mateus 14.17:

“Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes”.

                   Como vimos na segunda parte deste estudo, o número 5 representa a graça de Deus para com o pecador, e o vocábulo “Pães” representa a Palavra de Deus. Já vimos que o número 2 representa a verdade e o vocábulo peixe, nos fala do pecador.
           
                   De fato, a graça de Deus está à disposição de todo o pecador, porém, ele somente a alcançará caso se conduza de forma verdadeira no tocante a sua condição espiritual.    
                   Para que opere a salvação do homem, Deus, pelo Seu infinito amor, toma a iniciativa e oferece a Sua graça, mas o pecador deve participar com a verdade.

Essa é a única condição exigida do homem para que ele tenha direito à salvação e a vida eterna: A VERDADE

Vejamos o ensino bíblico:

“Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano.
 O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano.
 Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
 Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, tem misericórdia de mim,  pecador!
 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado. Lucas 18. 10-14

                   Neste ensinamento, o Senhor Jesus é claro, demonstrando que o pecador precisa falar a verdade para que possa ser justificado, e a única verdade que o pecador deve proferir diante de Deus é essa:

                   Senhor! Tem misericórdia de mim, pecador!

                  Se o homem pretende alcançar a salvação, deve ele, confessar ao Senhor sua real condição de pecador sem jamais tentar se justificar por esse ou por aquele motivo, alegando essa ou aquela boa conduta.

                   Aí estão simbolizados os dois peixes, que nesse caso nos fala da verdade e do pecador.


           A PROFECIA SE CUMPRE:   Salmo n. 85.10
                  

                   O texto de Mateus 14.17, representa ainda o cumprimento do seguinte Salmo profético:

“A Graça e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram”. Salmo n. 85.10


                   A graça de Deus está a disposição dos pecadores. Quando essa maravilhosa Graça se encontra com a verdade do pecador, opera-se a Justiça do Senhor e acontece a salvação do homem, que encontra a Paz, aquela Paz que somente nosso Salvador pode dar.
                   No momento em que o homem se arrepende perante o Senhor, seus pecados são cravados na Cruz, por isso, naquele instante, opera a justiça de Deus.
                   Assim, sempre que um pecador se arrepende no momento de sua decisão, também se cumpre o Salmo acima citado.




            ....CONTINUA.....





O ENIGMA DOS PÃES MULTIPLICADOS - 2ª. PARTE



...CONTINUAÇÃO...


Feitos esses comentários, passemos a examinar outros preciosos ensinamentos proferidos pelo Senhor Jesus na primeira multiplicação dos pães.
           
        
“Então eles lhe disseram:
Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes”. Mateus 14.17

         Aqui algumas considerações importantes sobre numerologia e simbologia bíblicas merecem toda a nossa atenção.

A)  - O Número 5 – “cinco pães”:  Esse é o número da graça.  Sempre que se deseja representar a graça de Deus usa-se o número “5”. Usa-se ainda o vocábulo “pães” para representar a Palavra de Deus.

Graça significa favor imerecido.  Os cinco pães citados no versículo acima nos falam do propósito de Deus em colocar à disposição do pecador a sua Palavra, sem nenhum custo ou obrigação.

De fato a Palavra ou a graça de Deus é absolutamente de graça, e essa é, sem a menor sombra de dúvidas, a moeda mais cara que existe.

A PALAVRA DE DEUS, OU O NOSSO SENHOR JESUS, é de graça porque nenhum ser humano reúne condições para comprá-LO. A obra redentora de Cristo na Cruz do Calvário é uma dádiva de Deus para a humanidade, cujo valor excede o nosso entendimento.

Assim nos ensinam as escrituras:

“Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus,

(pois a redenção da sua vida é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam;) Salmo n. 49.7-8


   Para ilustrar ainda o que significa a graça de Deus para com o ser humano, valemo-nos do seguinte exemplo:

  Certa senhora resolveu doar seu único filho, porque não tinha condições financeiras para criá-lo.
Tomada a decisão, saiu à procura de uma autoridade competente, um Juiz de sua comarca para consumar o feito.
  Iniciado o processo de doação, logo apareceu um casal muito rico disposto a receber a criança.
  O casal, muito bem intencionado, procurou o Juiz e a ele manifestou o interesse de compensar a mãe da criança com significativa quantia em dinheiro.
  O Juiz, após conhecer o propósito do casal, noticiou à mãe da criança a novidade.
  Ao que respondeu a mãe, com o coração partido:

“Doutor, eu não estou vendendo meu filho, não tem dinheiro que pague o meu filho, o amor que tenho por ele não tem preço. Posso doar meu filho, mas vender nunca. Quero apenas que ele seja feliz no lugar onde for morar”.

 
   Assim é a graça de Deus para com a humanidade. O Senhor enviou seu filho amado, renunciando ao seu unigênito por amor do pecador. Um ato que revela a infinita misericórdia do Criador para com a sua criatura.
   O amor de Deus não tem preço. Não há recursos materiais que possam alcançá-lo. Da mesma forma, de nada valem as boas obras, para se conquistar a salvação da alma:

        “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus”;
  “não vem das obras, para que ninguém se glorie”.    
 Efésios  2.8-9

Para demonstrar que as boas obras não têm o menor valor para a salvação do homem, valemo-nos da seguinte ilustração:

  Reunamos numa mesma competição os 10(dez) melhores nadadores do mundo.
Admitamos uma disputa imaginária, compreendendo um percurso entre o Rio de Janeiro e a Galiléia no estado de Israel.
  Os competidores teriam de nadar todo o percurso, atravessando o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, sem qualquer auxílio de terceiros.
  Não é difícil imaginar que todos os 10(dez) melhores nadadores do mundo acabariam morrendo pelo caminho, pois ninguém jamais poderia vencer a nado um percurso tão grande.
  Certamente, entre eles haveria um campeão.  Esse conseguiria nadar um percurso maior, contudo, mais perto ou mais longe, também acabaria morrendo. Todos estariam fadados a morrerem afogados.
Esse é o valor das boas obras.  Elas jamais terão o poder de salvar o pecador. 
Assim como, na ilustração citada, o melhor nadador acaba morrendo, o ser humano que passe toda a sua vida somente praticando o bem ou praticando as melhores obras, também estará fadado à morte eterna, se não tiver um verdadeiro encontro com Jesus.



       A única forma de se evitar a morte eterna se encontra na aceitação do sacrifício de Jesus Cristo feito na Cruz do Calvário. 



.... CONTINUA....





O ENIGMA DOS PÃES MULTIPLICADOS - 1ª PARTE


O tema em destaque é mais um assunto que trato em meu livro, "Mitos, Enigmas e Mistérios no Jardim do édem", que também faço constar aqui no blog, cujo estudo será feito em 5 partes, como segue. 
       

1ª. PARTE:

         Invariavelmente, todas as palavras proferidas por nosso Senhor Jesus Cristo tiveram sempre o propósito de proporcionar ensinamentos a todos que delas tomassem conhecimento, em qualquer época.

         A cegueira espiritual imposta por ação do maligno contra a humanidade levou o ser humano a se voltar inteiramente para as migalhas por satanás oferecidas no mundo material e, com os olhos vendados, o homem fica impossibilitado de perceber o precioso conteúdo existente nas palavras do Senhor quando eventualmente, delas tomar conhecimento.
         Dos céus, o Criador de todas as coisas aquilatou os rumos a que a obra-prima de Suas mãos aderiu desde o dia em que passou a entender o que é certo e o que é errado.         O homem jamais buscou ao Senhor, assim nos ensina a palavra:
        
“Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniqüidade; não há quem faça o bem”.

  Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há algum que tenha entendimento, que busque a Deus.

  Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.  Salmo n.  53. 1-3


         Essa dura realidade fazia “sangrar” o coração de Deus, que via Sua criatura padecer nas garras do inimigo.  Isso mobilizou o nosso Criador no sentido de fazer algo em prol do homem que havia criado. Precisava socorrer a sua obra-prima.
Batalhar incessante e exaustivamente pela inutilidade, por algo de nenhum valor, por coisa nenhuma, por um caminho cujo fim era inevitavelmente a morte e a separação definitiva do Todo Poderoso, eis o troféu ofertado no império das trevas, pelo Imperador do mal.
Em meio a essas densas trevas, no reino do malfeitor, surgiu uma luz no oriente.  Na cidade de Belém, nasceu o Salvador.
         Jesus veio libertar os cativos das garras de satanás, restaurar a visão dos cegos, curar os enfermos e ensinar à humanidade qual é o verdadeiro caminho que conduz à vida eterna.
         Durante a Sua estadia aqui na terra, especialmente no período compreendido entre o início e o fim de Sua missão, o tempo todo o Senhor ensinava, quer seja nas sinagogas, no templo, no deserto, nos campos, nas cidades ou nos montes.
         Entre tantos outros preciosos ensinamentos, destacamos para este estudo a primeira e segunda multiplicação dos pães conforme relatos sagrados descritos nos evangelhos.

                            PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO

“Chegada a tarde, aproximaram-se dele os discípulos, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já passada; despede as multidões, para que vão às aldeias, e comprem o que comer.
 Jesus, porém, lhes disse: Não precisam ir embora; dai-lhes vós de comer.
 Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
 E ele disse: trazei - mos aqui.
 Tendo mandado às multidões que se reclinassem sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões.
 Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram levantaram doze cestos cheios.
 Ora, os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.   Mateus  14.  15-21
 
                                      SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO

“Jesus chamou os seus discípulos, e disse: Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer; e não quero despedi-los em jejum, para que não desfaleçam no caminho.
Disseram-lhe os discípulos: Donde nos viriam num deserto tantos pães, para fartar tamanha multidão?
Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? E responderam: Sete, e alguns peixinhos.
E tendo ele ordenado ao povo que se sentasse no chão,
tomou os sete pães e os peixes, e havendo dado graças, partiu-os, e os entregava aos discípulos, e os discípulos á multidão.
Assim todos comeram, e se fartaram; e do que sobejou dos pedaços levantaram sete alcofas cheias.
Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens além de mulheres e crianças.
E havendo Jesus despedido a multidão, entrou no barco, e foi para os confins de Magadã.   Mateus  15. 32.39

         De início, cabe observar que como nos ensina o evangelho de João, os livros não comportariam todos os milagres feitos por nosso Senhor Jesus.

“Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro;”
 “estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.
João  20.30,31

“E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem”. João 21.25


         É curioso observar que as multidões não davam sossego a Jesus, e em qualquer lugar que ele estivesse logo as pessoas se aglomeravam para ouvir Seus preciosos ensinamentos.
         Essa grande verdade inúmeras vezes registrada nas escrituras, associada aos versículos imediatamente acima citados, proporciona-nos a certeza de que os milagres da multiplicação dos pães não aconteceram somente nas duas oportunidades lembradas nos evangelhos.
        Esses milagres da primeira e segunda multiplicação dos pães, foram registrados com o propósito de nos trazerem outros ensinamentos implícitos no seu conteúdo, além das preciosas orientações contidas no próprio ato sobrenatural.
Os Referidos milagres de fato nos trouxeram e nos trazem ensinamentos preciosos que marcaram a missão do Senhor aqui na terra e ainda nos revelam os resultados por ela alcançados, como veremos a seguir:




1  -    A PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES:


         No primeiro ato milagroso, o Senhor alimentou uma multidão de mais de 5(cinco) mil ouvintes, após verificar que a hora já estava avançada para que as pessoas pudessem retornar famintas para suas casas.
         O ato marcante praticado por Jesus nos traz ricas orientações no campo espiritual, as quais serão abordados com detalhes mais adiante.
Por hora, cabe enfatizar o feito maravilhoso, ressaltando a situação daquela multidão, a fome e as consequências que acarreta no corpo físico, a falta de alimento, e o agravamento de tais consequências quando o endereço da desnutrição é o espírito do ser humano.
         Quem ainda não experimentou passar pelo menos um ou alguns dias sem ingerir qualquer quantidade de alimento? Todos temos a certeza de que ninguém jamais gostaria de enfrentar a prova da fome.
         O horror das guerras travadas nos diversos pontos do planeta marca o destino de um povo. A fome é sempre uma consequência inevitável, que atinge impiedosamente quem nada tem a ver com o conflito, como é o caso da grande maioria da população de um país em confronto.
         Os países mais desfavorecidos estão a exibir para o mundo inteiro as vísceras de sua pobreza, recaindo sobre os filhos da terra a marca do desgoverno ou do egoísmo capitalista que privilegia o interesse de alguns enquanto a grande maioria amarga o exagero da fome no submundo da miséria.
         As cenas lamentáveis, chocantes e deprimentes percorrem o planeta nas asas da globalização, que torna público, num só instante, fatos ocorridos nos rincões mais distantes, em terras mais remotas ou nos continentes mais esquecidos.   
         Os meios de comunicações cada vez mais sofisticados que tratam dessa grave questão de uma forma estipendiária não perdem mesmo a oportunidade de lucrar em cima da dor, da agonia e do sofrimento alheio.
         De qualquer forma, o cenário da fome nos abate, faz-nos sofrer também, nos envolve de certo modo na mesma situação. Custa-nos muito caro ver nossos semelhantes sendo dizimados pela crônica desnutrição alimentar, presente em alguns países, especialmente do continente africano.  
         Fico pensando na dor e no sofrimento daqueles povos, especialmente nos pais e mães que assistem seus filhos se acabando por não terem absolutamente nada para se alimentarem, até porque também se acabam da mesma forma.
         Lembro-me de um fato que se passou comigo. Certa feita, exibindo um perfil de cidadão honesto e muito direito, resolvi desafiar uma autoridade que investigava a minha vida.

“O senhor jamais encontrará qualquer falha em minha conduta”, disse eu àquela autoridade.

Ao que me respondeu aquele senhor:

“Meu colega!..Nos somos muito honestos e muito direitos enquanto a necessidade não bater em nossa porta e enquanto não vemos nossos filhos passarem fome”.


         Tal afirmação criou em mim um sentimento de verdadeiro pavor, e nem de muito longe eu admitia suportar essa possibilidade.
         No entanto, nossos semelhantes, que vivem naqueles países marginalizados, convivem com esse drama 24 horas por dia. Não dá para calcular a dor daquela gente tão sofrida, marcada pela triste realidade da fome.
         A desnutrição física que leva o corpo à morte é de fato uma prova insuportável, dura de ver, tanto mais de superar.
        
         Contudo, um tipo de desnutrição, muito mais grave, não pode ser esquecido. Refiro-me à desnutrição espiritual. Essa traz consequências eternas.

A desnutrição física pode apenas antecipar o fim do corpo físico, cujo destino é a morte mesmo, e o desaparecimento total da matéria, que acaba se transformando em pó. Contudo, a desnutrição espiritual leva o espírito à morte eterna, a separação definitiva de Deus.

 A desnutrição física, de forma acentuada, ocorre em alguns pontos do planeta.  Contudo, a desnutrição espiritual acontece a um palmo de nossos narizes. Grande parte das pessoas que nos cercam está morta espiritualmente, porque não conhece ou não quer conhecer o caminho da verdade. Fisicamente estão “vendendo” saúde, mas não passam de cadáveres espirituais esbarrando conosco a todos os instantes.
Não suportamos nem mesmo admitir a hipótese de ver nossos filhos alcançados pela desnutrição física, no entanto, o Pai de todos os espíritos, o Criador de todas as coisas, assiste com o coração “sangrando e partido”, suas criaturas mortas espiritualmente, caminhando a passos largos para a perdição eterna.

Todos nós sofremos ao ver nossos semelhantes se acabando quando alcançados pela desnutrição física, e logo nos mobilizamos, no sentido de prestar algum tipo de solidariedade, se possível até fornecendo o alimento necessário para viabilizar a solução do problema, apesar disso, não nos importamos com as pessoas ao nosso redor, que estão mortas espiritualmente, necessitando urgentemente do alimento espiritual que lhes asseguraria a revitalização do espírito e consequentemente a vida eterna com Deus.
Nem sempre temos o alimento físico para oferecer, porém o servo de Deus, o discípulo de Jesus Cristo, tem a sua disposição uma mesa farta do alimento espiritual necessário para sua nutrição diária, bem como para a nutrição do semelhante que está morto espiritualmente e sem vida diante do Criador.

...CONTINUA....