domingo, 28 de abril de 2013

O SEGREDO PARA SE ALCANÇAR A PAZ DURADOURA E A FELICIDADE PLENA





Eis o mistério que ronda  os dias do homem, toma a sua mente, determina seus passos , absorve o seu tempo , norteia seus projetos e quase não o deixa repousar – a busca intensa à paz e a felicidade.
            Esse mistério, aos olhos do iludido e afoito ser humano, costuma se endereçar de muitas maneiras.
            Alguns dizem que esse estado de espírito, se localiza na independência financeira, no entanto, assistimos constantemente pessoas bem favorecidas financeiramente tirando a própria vida porque elas não encontraram no dinheiro esse bem tão almejado.
            Outros afirmam que tais condições se acham na realização profissional, mas quando alcançam esse tão batalhado ideal, se revelam frustradas porque lá não encontraram o valioso patrimônio tão procurado.
            Existem ainda aqueles que acreditam cegamente que essa felicidade e essa paz tão pretendida, se acham na companhia da pessoa amada, mas quando as adversidades do cotidiano agridem o harmonioso ambiente de comunhão que envolve o casal, a pessoa conclui que ali também não estão as ditas tão garimpadas.
            Há também os menos pretensiosos que se contentam com uma vida tranquila, simples  e sem muitos objetivos e afirmam que isso para eles é a própria felicidade e aí está o ambiente de paz desejado, mesmo assim se desentendem, murmuram e caem na prática da maledicência quando se deparam com o primeiro obstáculo, deixando desmoronar toda convicção que exibiam a respeito do possível endereço desse tesouro tão batalhado.
As pessoas procuram aqui e acolá, pelejam, garimpam, perseguem, com avidez nessa busca alucinante e vez por outras, experimentam um sabor distante oferecido pelo enganador, dando conta de que estão no caminho certo e então intensificam suas ações no encalço do objetivo abstrato, muitas vezes viajando por veredas nefastas e ai de quem lhes cruzar a direção..., mas se frustram cada vez que se deparam com a triste realidade revelando o esforço em vão. 
O astuto inimigo, que se realiza vendo o desespero do homem, sua presa fácil, aproveita o momento propício e engana mais ainda oferecendo falsos endereços levando o insensato a ocupar seus dias nessa peregrinação inútil.

Indica o enganador com ironia:

“O que você tanto procura está vivendo nas montanhas mais imponentes, onde só se pode ouvir o canto dos pássaros a comunicação dos seres irracionais e o som das águas que rolam serra a baixo”.
Mas as montanhas “mandam dizer” que lá não está essa paz duradoura e essa felicidade tão almejada.  
Ao se deliciar com a frustração do homem o astuto inimigo insiste mais uma vez:
“Procure num vale onde a relva brote com toda exuberância, e satisfação com o seu majestoso ambiente”.
“Mas o vale se apressa em negar: Aqui não está”.
“Vá então morar numa bela praia deserta onde a presença do homem pouco incomoda, insiste o mau feitor”.
“As praias desertas rebatem com veemência: aqui também não está”.
“Tente ainda, num canto discreto de águas tranquilas e serenas, onde a calma desliza sobre a lamina do ambiente aquático”.
“Mas esse belo lugar, informa rapidamente: essa paz duradoura e essa felicidade plena, também não passaram por aqui”.

            Um artista secular definiu certa feita: “Felicidade.... é uma cidade pequenina, é uma casinha é uma colina, qualquer lugar que se ilumina”.
Muitos tentaram confirmar, mas verificaram que a informação estava distorcida.
Outro artista disse, após insistente busca:

“A felicidade não existe , o que existe na vida são momentos felizes”.

Chega a ser enfadonho assistir o corre – corre das pessoas, insistindo na inutilidade pura e com muita tristeza vemos que a direção enganosa absorve o ser humano que é capaz de praticar qualquer loucura e até mesmo, atos de barbárie, nessa busca alucinante, mas, completamente inútil, porque efetuada de forma absolutamente equivocada.


POIS BEM, MEU CARO LEITOR IRMÃO E AMIGO:


A felicidade e a paz duradora, existem sim, e elas não estão no dinheiro, não se encontram na realização profissional, não se acham na pessoa amada e muito menos numa casinha escondida num canto qualquer.
Esse tão almejado estado de espírito pode estar no meio do deserto sob o sol escaldante que assola aquele lugar, ou numa casinha de pau - a - pique, isolada e longe de todos os recursos, ou ainda num barraco da favela mais violenta, onde o fogo cruzado entre traficantes ameaça a vida de todos a todo instante, ou mesmo nos palácios reais, ou em qualquer lugar, desde que:


LÁ TAMBÉM ESTEJA A PRESENÇA DE DEUS.


Chamou-me a atenção um fato narrado por certo cidadão, envolvendo os feitos de alguns artistas.

 Dizia aquele Senhor:

Foi solicitado a vários artistas que fizessem um desenho no qual retratasse às suas maneiras o endereço da paz duradoura e da felicidade plena:
Cada uma apresentou um cenário distinto, e a maioria ressaltava a beleza de um lugar exuberante marcado pela perfeição da natureza e pela beleza diversa da criação, mas houve um artista que trouxe um trabalho bem diferente:

“Na tela desse artista estava marcada a figura de uma bela cachoeira, e no “pé” da mesma erguia um arbusto, sendo que um dos galhos da planta crescia em direção ao centro daquela cascata, de maneira que o impetuoso volume das águas quase tocava naquele galho solitário, e nesse ramo um casal de pequeninas aves construiu seu ninho, chocou seus ovos e criava seus filhotes com toda alegria sem nem ao menos se importar com o perigo das águas rompendo ameaçadoras bem ali pertinho do seu ninho, o tempo inteiro.
Explicava aquele artista que aquelas aves viviam em paz e eram felizes apesar do perigo ameaçador passando bem perto, porque eram cuidadas pela potente mão  do Criador, O DEUS TODO PODEROSO.

         
Algo muito importante nos revela a Palavra de Deus:


            A criar o homem o Senhor inseriu nele a Sua Imagem e a sua semelhança.
           
            Eis aqui um grande mistério que o povo de Deus precisa compreender:

            O espírito do ser humano só se completa com a companhia do Espírito do Criador, dada a semelhança que existe entre ambos, e foi para viver em comunhão e harmonia com seu Criador, que o homem foi criado.

            Tal situação confere ao ser humano um sentimento de dependência constante da presença do Todo Poderoso, dependência essa que jamais poderá ser suprida por qualquer recurso de natureza material.

            O ESPÍRITO JAMAIS SE SATISFAZ COM A MATÉRIA, ESSAS DUAS NATUREZAS NÃO SE MISTURAM.

            Daí porque, o homem nunca encontrará a Paz duradoura e a felicidade plena, longe da presença do Seu Criador.

            DEUS É O ESPÍRITO QUE COMPLEMENTA QUE SATISFAZ, E QUE TRAZ CONTENTAMENTO AO ESPÍRITO DO SER HUMANO.

            Uma vez alcançado esse entendimento, a primeira atitude que o pecador deve adotar é a de se entregar plenamente ao Senhor Jesus Cristo. A partir de então o Espírito Santo passa a ensinar ao novo convertido a conduta correta  para que ele possa viver constantemente na presença de Deus.
            Muito tenho aprendido com o Espírito Santo, mas um ensinamento deve ganhar um lugar de destaque na vida do novo convertido e eu o tenho guardado e procurado praticar no meu dia-a-dia. Vejamos um fato ocorrido comigo:

Um dia o Senhor começou a falar comigo bem de perto, orientando-me a cerca do que Ele pretende daqueles que se identificam com a obra de Cristo:
Estava eu “viajando” pensando, sonhando e planejando um belo futuro para os meus filhos e falando com Deus sobre as minhas intenções.

( Tenho três filhos, pelos quais nutro um amor imensurável e eu rogava a Deus que jamais permitisse a desunião entre eles. Na verdade eu não suporto o menor sinal de desavença e quando acontece um pequeno desentendimento, logo me mobilizo no sentido de resolver o assunto e restabelecer a alegria e a paz fraterna entre os irmãos.)

Foi exatamente num desses momentos que Deus chamou-me a atenção para um fato mais remoto e mais distante. Senti a voz do Senhor bem audível, indagando-me:

“Joaquim... O povo de Israel espera até hoje por um Messias guerreiro, lutador, homem de batalha que pudesse ajudá-los a destruir seus inimigos...:
Como você entende o fato de ter sido lhes enviado um homem humilde, simples, que promove à paz e evita as guerras, que sofre calado, não responde, não murmura e está sempre disposto a dar a outra face quando agredido?
Fiquei  pensando por um instante e antes que eu oferecesse qualquer resposta o Senhor me acudiu:
“Veja, Joaquim os seus três filhos. Se acaso houvesse um desentendimento entre eles, e um deles lhe vier  em busca de socorro pedindo que o ajude visando a derrota do outro, qual seria a sua conduta?

Ao que imediatamente respondi: 

Senhor... eu jamais iria adotar qualquer atitude que pudesse favorecer a um filho em detrimento de outro. A única solução que eu poderia adotar era promover a paz entre os dois e restabelecer a união fraterna e o amor entre ambos, pois nem ao menos conviveria com a possibilidade de desavença no seio da família.

Ao ouvir as minhas considerações o Senhor retornou:

Pois, veja bem Joaquim... Assim como você ama seus filhos e não suporta a desunião entre eles, Eu também amo a todos os meus filhos, sejam eles judeus, gregos, romanos, árabes, africanos, americanos, etc. Eu também não suporto a desunião entre eles, por essa razão eu jamais enviaria um Messias com o propósito de abençoar a uns e amaldiçoar a outros.
Assim, Joaquim.. o amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, constituem os ensinamentos mais fortes das Escrituras,  E DEVEM SER POSTOS EM PRÁTICA CONTINUAMENTE POR TODOS AQUELES QUE PRETENDAM ANDAR NA PRESENÇA DO SENHOR.


Aí está meu caríssimo leitor, amigo ou irmão, o segredo para se alcançar a paz duradoura e a felicidade plena:

AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”

Quem praticar tais mandamentos estará sempre pronto a perdoar, será incapaz de fazer Mal ao próximo, guardar ressentimentos, mágoas ou qualquer sentimento que ponha em risco o perfeito relacionamento entre os semelhantes, e, por conseguinte estará sempre fazendo a vontade de Deus, ESTARÁ AGRADANDO AO SENHOR, ESTARÁ ENCHENDO O CORAÇÃO DE DEUS DE ALEGRIA, logo andará na sua presença e é exatamente nesse território sublime e tão somente nele, que  se pode encontrar a PAZ DURADOURA , A COMPLETA ALEGRIA E A FELICIDADE PLENA.


O Senhor foi bem claro quando deixou esse ensino:


Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe:
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.  Mateus 22:36-40



                   O Apóstolo Paulo e AP. Thiago também ensinou:


            A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor. 
Romanos 13:8-10
Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo  Gálatas 5:14
Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos
pela lei como transgressores. Tiago 2:8-9

                        Assim concluímos esse estudo, com essa importante informação:

                        Se alguém quer ser feliz e viver perfeitamente em Paz, entenda que  só se pode encontrar a paz duradoura e a felicidade plena na presença do Senhor e para chegar a viver nesse tão desejado  território basta, que façamos sempre a vontade do Pai, obedecendo e  praticando Seus maravilhosos ensinamentos contidos nas Sagradas Escrituras, em especial :

                        Amar ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua e de todo o teu entendimento e,

                        Amar ao teu próximo como a ti mesmo.

Amém.


sábado, 27 de abril de 2013

OS NOSSOS OUVIDOS, AGRADECEM








ESSES CÂNTICOS NOS REMETEM DE FORMA IMPAR, A UM MARAVILHOSO ENSINO DO SENHOR

A MULHER SAMARITANA



E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João
(Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos),
Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
E era-lhe necessário passar por Samaria.
Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.
Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo.
Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.
E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?
Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:
Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?
Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele.
E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.
Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.
Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer?
Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.
E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa.
Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.
E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias.
E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo. 
João 4:1-42

quinta-feira, 25 de abril de 2013

VIVENDO NO ESPÍRITO





Para uma perfeita compreensão desse assunto, recomenda-se absoluta renúncia a qualquer expectativa carnal e intensa entrega a procedimentos inerentes ao comportamento de nosso espírito, aliás, essa preocupação norteou todo o trabalho empregado na elaboração deste estudo.
Deus é espírito e a nossa identidade deve revelar absoluta compatibilidade e sintonia com essa dimensão, nela procurando absorver as orientações divinas, pois o homem que anda segundo os conselhos da carne não compreende os assuntos espirituais.
O apego do ser humano aos vícios e defeitos carnais o mantém preso num patamar inferior, revel às diretrizes sagradas, afastado do Criador e absolutamente aquém das pretensões divinas, pois sendo o homem criado à imagem e semelhança de Deus - um ser espiritual - nesse nível deve se posicionar e como tal precisa se conduzir.  
         Do mundo material, o espírito humano deve pretender apenas o que for necessário à perfeita manutenção, bem-estar e sobrevivência do corpo, que é a sua casa, e ainda assim, sob absoluta dependência ao Todo Poderoso.

         Eis aí um mistério que nos desafia:

Abrir mão de todos os anseios carnais que desagradam a Deus, reduzir as pretensões humanas à vontade do Senhor, manter sob severa escravidão toda impetuosidade terrena, reservar ao todo Poderoso sempre o lugar mais importante de nossas vidas.
         Isso não quer dizer que devamos deixar nossas atividades cotidianas, cruzar os braços e esperar que Deus mande diariamente nosso sustento ou resolva nossos problemas sem que nos movamos.
Pelo contrário, o Senhor nos quer ativos e atuantes em nosso dia-a-dia, convivendo harmoniosamente com nossos semelhantes, especialmente se eles não forem conhecedores do evangelho de Jesus, pois assim serão beneficiados pela luz que de nós irradiar, e quem sabe, por meio de nosso testemunho, possam também vir ao conhecimento da verdade. 
Da mesma forma, não significa que devamos doar ou repartir todos os nossos bens. Tal atitude, se adotada de forma canhestra, não encontra amparo na Palavra de Deus.
Não obstante, devemos colocar tudo à disposição do Altíssimo e nos submeter inteiramente às pretensões divinas.
Note-se, todavia, que, o Senhor não anda à procura de bens materiais, até porque tudo Lhe pertence mesmo. Tudo que está em poder do rico ou do pobre sejam eles salvos ou perdidos, tudo é de Deus e vejam que tolice: o homem se apropria de um punhado de bens, senta sobre a vil matéria e grita bem alto agredindo ao próprio peito, desejando que muitos o ouçam: “Isso tudo é meu, eu adquiri com meus esforços”.
Quanta ignorância! Não percebe o insensato que, se tem alguma coisa, é porque o Senhor lhe permitiu que tivesse, contudo, o que faz é virar as costas ao Criador e até se transforma num inimigo dAquele que tudo lhe dá, não somente as riquezas materiais, mas principalmente a vida e a saúde que lhe permite desfrutar de tudo que adquiriu.
O que o Senhor procura no ser humano é um coração puro, reconhecedor de sua incapacidade, da sua condição de pecador e que, sem o poder de Deus, nada pode fazer.  
         A conclusão única que se extrai desse raciocínio é: Deus deve estar sempre em primeiro lugar, eis a coordenada que precisa reinar sempre na vida de cada ser humano que se proponha a andar com o Senhor e viver no espírito. Veja o ensinamento:

“Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo”. Lucas 14.33

         O homem que de tal maneira procede, será sempre rico em todos os aspectos. Terá abundância de paz, alegria, satisfação espiritual e ainda poderá ser farto de bens materiais.

         Disse-nos, claramente o Senhor Jesus:

“E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”. Mateus 19.29
        
É importante observar que o ser humano que faz a vontade de Deus vê satisfeitos todos os seus anseios espirituais e ainda poderá ser farto dos bens materiais segundo o que deseja o seu coração, ao passo que, o homem essencialmente carnal jamais encontrará a paz, buscará intensamente a felicidade e não a encontrará, andará perdido e errante, além disso, jamais se fartará das riquezas que vier a possuir, as quais farão dele uma pessoa absolutamente infeliz.
         A Palavra do Senhor orienta claramente sobre esse assunto tão importante, mostrando a inutilidade das coisas materiais. Vemos diariamente se cumprirem na prática tais ensinamentos.
Nossos olhos chegam a se cansar de tanto ver pessoas se enriquecendo no seu dia-a-dia, batalham, lutam intensamente, levantam-se de madrugada, o dia é curto, adentram à noite, quase não dormem e quando chega à hora de desfrutar o gozo de seu trabalho, vem o esgotamento físico, a doença e por fim a morte ficando tanto patrimônio que tão caro custou em poder de quem nem um pouco trabalhou: um filho, um genro ou mesmo um parente distante que, por não conhecer os caminhos da herança recebida, na maioria das vezes põe tudo a perder da noite  para o dia.
Entretanto o ser humano não se dá conta de que está no caminho errado, insiste no erro e não se volta para Deus. É a ação maligna vedando os olhos do homem, impedindo-o de ver claramente que todo caminho e toda luta sem a presença do Senhor é irremediavelmente vã, enfadonha e inútil.
Viver no espírito significa deixar o Senhor dirigir sempre as nossas vidas, orientar nossos atos, purificar nosso ser, é viver sob a direção do Santo Espírito de Deus.
         Mesmo o crente já conhecedor da verdade, que se apega ao seu patrimônio terreno e se mistura com seus bens materiais experimentará toda a inutilidade inerente às coisas carnais. Tornar-se-á numa pessoa avarenta e não enxergará jamais um palmo na frente do nariz;  ensina-nos a Palavra de Deus que aquele que amar as riquezas não se fartará delas(Eclesiastes 5.10). 
         O referido cristão terá um coração de pedra, jamais se compadecerá de um irmão desfavorecido, nunca conhecerá o sentimento de solidariedade. Será um verdadeiro escravo de seus bens materiais e o mais grave: sua conversão é duvidosa, pois não pratica a vontade do Senhor e nem se lembra das diretrizes divinas abaixo descritas:
        
Amar a Deus sobre todas as coisas, de toda a tua alma, de todo o teu coração, e de todo o teu entendimento e com todas as tuas  forças”
“Amar ao próximo como a ti mesmo”.

         A observância de tais mandamentos e a aplicação dos mesmos em nosso dia-a-dia nos arrebata de maneira definida do mundo material, levando-nos a um ponto mais alto, fazendo-nos despertar num nível superior, direciona nossos passos nos caminhos do espírito, onde opera a perfeita vontade do Todo Poderoso.
         Quem vive nesse território sublime e tão desejado, com certeza compreenderá melhor os santos ensinamentos da Palavra de Deus, como por exemplo:

1 - Ação da viúva pobre que deitou apenas duas moedas de oferta no templo:


“E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito.

Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos, que valiam um quadrante.
E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre;
porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento.  Marcos 12. 41- 44.

Eis aí o exemplo de um coração inteiramente voltado para Deus, de alguém que amou ao Senhor mais do que qualquer outra coisa, pelo que recebeu de Jesus a justificação. 
Aquela viúva não se preocupava com o dia seguinte, nem se atinha aos cuidados dessa vida. Ela esperava sempre no Senhor, e nEle depositava toda a sua confiança. Eis porque doou tudo que possuía, pois tinha total convicção de que o Criador dos céus e da terra não deixaria lhe faltar absolutamente nada.
Esse é o comportamento que agrada a Deus.  Assim ensinou-nos o próprio Senhor Jesus:

“Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?
 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.  Não valeis vós muito mais do que elas?
  Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?
  E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam;
  contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.
  Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé?
  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?
 (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.
  Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
  Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. Mateus 6. 25-34


O Senhor nos oferece nos ensinamentos acima citados o roteiro  completo a ser utilizado por todo aquele que pretender viver no espírito.
Eis o caminho onde existem com abundância as situações de paz, alegria, felicidade, satisfação da alma e do espírito pelas quais de fato anseia o ser humano, mas infelizmente todos buscam tais condições insistentemente em direções contrárias no mundo das trevas onde não opera a vontade do Criador.    
                                

2  -   O mancebo de qualidade:


“E eis que se aproximou dele um jovem, e lhe disse: Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?
  Respondeu-lhe ele: Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom; mas se é que queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
  Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho;
  honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
  Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda?
  Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me.
  Mas o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste; porque possuía muitos bens.

 Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus”. Mateus 19.16-24
        
Nesse exemplo, o jovem citado amou mais os bens materiais do que as bênçãos celestiais, o que mereceu do Senhor uma séria observação:

“Dificilmente um rico entrará no reino dos céus”

         Esse ensinamento não está demonstrando que as pessoas de muitos recursos estão excluídas do plano de Deus. Não, absolutamente não. O plano de salvação criado por Deus alcança a todos os seres humanos indistintamente.
Tal ensinamento demonstra, contudo, claramente o destino daqueles que confiam em suas riquezas, que amam mais os bens materiais do que as bênçãos celestiais.
         Infelizmente até mesmo as igrejas estão cheias de pessoas assim, que amam mais as riquezas seculares e os cuidados deste mundo do que a obra de Deus.
         Se fizéssemos aos irmãos a pergunta: Quantos poderiam afirmar com convicção e dizer com toda propriedade?

“se eu sentir que a vontade do Senhor é que renuncie a tudo que tenho, todos os bens materiais, estarei pronto a obedecer.” 

         Certamente ficaremos impressionados com a quantidade de pessoas que retornariam para suas casas tristes e abatidas, exatamente como fez aquele mancebo de qualidade acima citado, pois na verdade Deus para elas está em segundo plano, não ocupa o primeiro lugar em suas vidas. Essa é uma dura realidade. Na verdade esse mal acomete inclusive a vida de muitos lideres evangélicos.
A questão não se resume apenas aos bens materiais. Existe uma infinidade de situações que recebem tratamento especial e os assuntos do Senhor ficam para depois.
É o caso daqueles que deixam de ir à igreja para assistirem a um futebol, ou realizar um negócio, ou visitar um amigo, ou ver televisão, etc. e, se sobrar algum tempo, aí sim, irão assistirem a um culto, ou se lembrarem lerão a bíblia e raramente se recolhem em momentos de oração.
 Com certeza o Senhor está farto de ver os rituais nas diversas denominações, em que o farisaísmo domina todos os trabalhos do princípio ao fim, a religiosidade é a doutrina dominante e ai do pregador que estender um pouco mais o culto, pois os compromissos seculares comprimem a palavra de Deus, reprimem os corações mais interessados, transformam numa dura obrigação o ato de servir ao Senhor dos Exércitos.


Que pena! Quantas bênçãos o povo de Deus está perdendo por conta de tais procedimentos.

 
  Um filho de Deus não pode se comportar dessa forma. O crente deve ser uma pessoa apaixonada pelo Criador, precisa servi-lO com dedicação, amor e alegria. Estar reunido com os irmãos para louvar e adorar ao Senhor tem de ser, antes de tudo, motivo de satisfação e grande prazer.
                  

3   -   A Pregação de João Batista no deserto:



Também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
Ao que lhe perguntavam as multidões: Que faremos, pois?
Respondia-lhes então: Aquele que tem duas túnicas reparta com o que não tem nenhuma, e aquele que tem alimentos, faça o mesmo.
Chegaram também uns publicanos para serem batizados, e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos nós de fazer?
Respondeu-lhes ele: Não cobreis além daquilo que vos foi prescrito”.  Lucas 3.9-13.

         O texto sagrado acima citado evidencia, em letras garrafais, a orientação de como se cumprir fielmente o segundo maior mandamento anunciado pelo nosso Senhor Jesus Cristo do qual fizemos referência em página anterior: “Amar ao próximo como a si mesmo”.
         Quem vive no espírito sabe como praticar esse mandamento tão importante, e, além de não ter a menor dificuldade em cumpri-lo, tem, na verdade, prazer em assim proceder. 
         O comportamento cristão conduzido nessa dimensão “transporta-me” ao tempo dos apóstolos. Os relatos sagrados revelam de forma generosa a conduta dos primeiros seguidores de nosso Senhor Jesus, fazendo-nos ver com absoluta nitidez que os precursores da pregação do evangelho de Cristo viviam de fato no espírito.  
         A Igreja primitiva praticava com fidelidade os mandamentos sagrados acima referidos.
Os irmãos daquela época se ajudavam mutuamente. Aqueles que detinham mais recursos disponibilizavam seus pertences e a família de Deus era unida, o amor fraterno operava abundantemente entre os irmãos, os crentes eram comprometidos com a vontade do Criador.
Na verdade, o sentimento de solidariedade reinava entre os irmãos os quais buscavam praticar o amor ao próximo de forma genuína, especialmente com aqueles que ainda não conheciam o evangelho.
         O convívio dos apóstolos com o próprio Senhor Jesus, vivendo o dia-a-dia do Mestre, facilitou o aprendizado, criou um sentimento genuíno e vibrante em nossos irmãos que se entregaram de corpo e alma à tarefa de divulgar as orientações do Senhor e o evangelho era pregado e praticado em toda a sua essência.
Infelizmente, na pregação do evangelho hoje em dia não existe uma unidade salutar. Boa parte dos ensinamentos anda um tanto quanto adulterada, muitas denominações têm se deixado contaminar, a religiosidade e o farisaísmo agridem a essência dos preceitos sagrados. Prestigia-se acentuadamente o sistema, cria-se regras e normas com a “cara” do homem, mas o evangelho simples, verdadeiro e genuíno direcionado pelo Espírito Santo de Deus está esquecido, desprestigiado e impedido de se manifestar.
Eis a razão que impede uma ação mais presente do Senhor. Eis porque orações não são respondidas. Eis o motivo pelo qual não vemos mais sinais e prodígios entre o povo de Deus, e quando questionamos a esse ou aquele irmão, esses nos informam sempre sem convicção nenhuma: “Tais fatos, são coisas do tempo antigo, a época desses acontecimentos passou com o passamento dos apóstolos”.

Pelo visto, para esses amados irmãos, o Deus daquela época não é o mesmo de hoje. Não se pode saber onde está firmado o fundamento de suas convicções.

Precisamos resgatar a essência do evangelho, precisamos voltar ao tempo dos apóstolos, e praticar os ensinamentos do Senhor como faziam nossos irmãos do passado.
Se assim o fizermos, se praticarmos os mandamentos acima referidos, se vivermos de fato em espírito sepultando os vícios e defeitos da carne, com certeza iremos ver novamente os mesmos sinais e prodígios que experimentou a igreja primitiva, uma vez que o Deus de nossos dias é o mesmo de ontem e daquela época, pois o Senhor não muda, é o mesmo, ontem, hoje e eternamente.
         Finalizando é oportuno meditar nos seguintes versículos:


“Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne”. Gálatas 5.16

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências”.Romanos 6.12

“para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.  Romanos  8. 4 e 14.


AMÉM







domingo, 21 de abril de 2013

LIDER MUÇULMANO IRAQUIANO DEIXA O ISLÃ E SE CONVERTE AO CRISTIANISMO




A agência de notícias curda “Rudaw” informou que um líder muçulmano se converteu ao cristianismo em Dohuk, no Iraque. A notícia foi confirmada por um funcionário do Ministério das doações e dos Assuntos Religiosos do Iraque-Curdistão, segundo o qual o Comitê Fatwa em seu Ministério não funciona para aqueles que se convertem do islamismo para outra religião.
Este relatório foi refletido nos meios de comunicação iranianos. O site de notícias “BultanNews”, associado a serviços de inteligência iranianos, disse que uma filha de outro líder muçulmano em Erbil, Iraque-Curdistão, também se converteu ao cristianismo com seu marido, conforme publicado pela Mohabat News.
- Por algum tempo, os missionários têm feito um trabalho evangelístico no Curdistão iraquiano, muitas pessoas estão mudando sua religião em troca de presentes materiais e convertido ao cristianismo – escreveu o site de notícias.
- O governo do Curdistão iraquiano não está reagindo às atividades de organizações missionárias, e, como resultado cristãos convertidos já realizaram quatro conferências nessa área – completou o relatório.
Segundo o site Acontecer Cristiano, o cristianismo tem atraído muitos jovens muçulmanos, e não se limita ao Curdistão iraquiano. De acordo com o site, jovens em todo o Iraque e Síria também estão mostrando interesse em conhecer e aceitar Jesus Cristo como seu Salvador.

Por Dan Martins

sábado, 20 de abril de 2013

COMO SE FORMA O ISRAEL DE DEUS - ÚLTIMA PARTE


.....CONTINUAÇÃO...



                                                                 ÚLTIMA PARTE





8 - Deus procura, observa e abençoa Jacó.  O Senhor jamais abandona o ser humano ou o priva de suas bênçãos.


Por amor às suas promessas feitas a Abraão e a Isaque, muitas vezes Deus socorria a Jacó, mesmo estando ele na prática de atitudes abomináveis à vontade do Criador.
Por amor às promessas que Deus faz a todo ser humano quando insere nele a sua imagem e a sua semelhança, o Senhor está sempre pronto a socorrer o homem mesmo que ele esteja longe de seu Criador. 

De fato o Senhor jamais se esqueceu de Jacó. Além de ter lhe mostrado o caminho da salvação quando lhe apareceu em sonho, ainda que o filho de Isaque, jamais tenha seguido suas orientações, Deus estava sempre por perto, e no momento em que houve de fato a possibilidade de ocorrer-lhe algum dano, pelas mãos de Labão seu sogro, o Criador logo se apresentou para proteger a sua criatura.
O Senhor jamais se esquece do ser humano e está sempre por perto pronto a lhe estender as mãos, abençoando e praticando o Seu infinito amor, misericórdia e longanimidade esperando pacientemente que ele se volte, arrependa-se de seus maus caminhos e receba a maior bênção de todas, que é a salvação de sua alma.


9 - Jacó em Peniel e sua impressionante decisão -  o homem precisa tomar uma decisão séria diante de Deus.


Uma vez superado o conflito com Labão, Jacó agora iria se deparar com uma situação muito mais grave.
Na verdade o neto de Abraão nem mesmo se preocupava tanto assim com o seu sogro, afinal ele era o pai de suas esposas e avô de seus netos, logo, por conta disso, não poderia lhe oferecer tanto perigo.
Mas a situação agora era bem mais grave. Jacó teria de se deparar com Esaú, seu irmão mais velho, que fora por ele enganado e traído, e o jurara de morte.
Ter de enfrentar Esaú era sem dúvidas um martírio para Jacó. Pensar na possibilidade de encontrar o irmão lhe causava um grande temor.
O medo o fez arquitetar estratégias diversas. Na primeira delas, enviou mensageiros ao irmão visando levar-lhe informações sobre suas peregrinações e enriquecimento, todavia, os mesmos mensageiros trouxeram de volta uma terrível notícia, dando conta de que Esaú já estava vindo ao seu encontro com cerca de quatrocentos homens.
Com essa última novidade, Jacó se desesperou de vez. Diz a Palavra que o filho de Isaque temeu muito e se angustiou sobremaneira. Tomado de intenso pavor, logo procurou repartir o povo que com ele estava bem como todo o rebanho, em duas partes, pensando ele que, no caso de Esaú tomar uma parte a outra se salvaria.

Certamente aquele foi o dia mais longo da vida de Jacó. Esaú trazia contra ele praticamente um exército composto quem sabe, de pessoas treinadas para a guerra enquanto que o povo que tinha a seu serviço eram apenas serviçais habituados a lide diária, além de mulheres e filhos. Jacó estava numa situação desvantajosa e preocupante.
Sem saber direito o que fazer, Jacó atravessou todo o povo e o rebanho pelo rio Jaboque, e em seguida se isolou num canto atormentado pelo pavor de a qualquer instante se deparar com o irmão enraivecido.
Recolhido naquele ambiente solitário, triste e desolado, finalmente Jacó buscou a presença de Deus.
Desde o dia em que fugira da casa de seus pais, o filho de Isaque jamais se voltara para o Senhor. Em nenhum momento enquanto viveu no exílio até então, o Patriarca se curvou aos pés de Deus, embora em algumas oportunidades se valesse do nome do Criador para justificar seus maus procedimentos.

Mas eis que agora Jacó se achava humilde aos pés do Senhor. O perigo eminente, o presságio sombrio deixou em pânico o velho patriarca, e isso o fez cair em si e se dobrar definitivamente aos pés do Senhor.

Uma batalha terrível se travou no mais profundo íntimo de Jacó. O conflito instalado no interior daquele homem iniciou naquele dia e adentrou à noite. Lá pelas altas horas, já de madrugada, sua luta se materializou contra um anjo, um mensageiro de Deus que o instigava de forma intensa.
Certamente naquela demanda tremenda o anjo de Deus trouxe à memória de Jacó todos os seus atos pecaminosos e mostrou a necessidade de renunciar toda a sua vida material, e se voltar inteiramente para o seu Criador.
A batalha não podia ser pequena mesmo, afinal não foram poucos os atos pecaminosos cometidos por Jacó.
Com certeza ele se lembrou da traição praticada contra seu irmão mais velho, a tremenda fraude contra o próprio pai, a destruição de sua própria alma naquele dia fatídico, as mentiras contra seu sogro deixando-o quase sem nada, o uso do nome de Deus para justificar suas falcatruas, etc.
O pecado estava bem ali agredindo o coração daquela criatura que, sentindo a forte presença de Deus, posso até imaginar e ver as lágrimas, encharcando o seu pranto, assustado e temeroso e o arrependimento gritando no seu peito amargo, tudo o atirava rendido aos pés do Senhor.
Aquela sublime oportunidade não podia ser desperdiçada, era a mão de Deus pronta a purificar-lhe de todo mal e o desespero se agigantava só de pensar na possibilidade de não receber a bênção que seu coração tanto almejava.
Num dado momento o anjo pretendeu se ausentar de Jacó. 
Com certeza algum projeto material ainda prendia o perverso coração do Patriarca impedindo-o de receber a maravilhosa bênção, mas pressentindo o perigo , o neto de Abraão se agarrou com todas as suas forças ao ser celestial não o deixando se ausentar e certamente chorando copiosamente clamava aos pés do Criador:

“Mostra-me Senhor, todos os meus erros a fim de que eu possa trazê-los aos Teus pés e vê-los queimados na Tua presença, eu quero ser abençoado, não me deixes, eu te imploro”.

O anjo de Deus vendo a verdade brotar no coração do Patriarca, da qual não podia jamais fugir, pois o Senhor não deixa de cumprir a sua maravilhosa promessa que consiste em honrar sempre a todos que dEle se aproximam com um coração puro e verdadeiro, resolveu marcar o filho de Isaque, ferindo-o na juntura da coxa, fazendo com que aquela criatura, andasse de uma forma diferente desde então.

E disse-lhe o Anjo do Senhor: “A partir de agora você não se chamará mais Jacó. Seu nome será Israel”.

Finalmente a maravilhosa bênção chegou. O anjo partiu e Jacó não era mais o mesmo. A paz, a alegria e a felicidade mudaram o seu semblante. O contentamento e a satisfação encheram de vez o coração daquele homem.
A marca inconfundível deixada pelo anjo fazia Jacó coxear, e andava mancando, mas isso parecia ser um instrumento de força e coragem e lhe causava intenso prazer.
Num sentimento de alegria e gratidão, Jacó resolveu marcar aquele momento quando sua vida foi mudada de vez, razão porque chamou aquele lugar de “PENIEL”, pois dizia: 

Estive face a face com Deus e a minha alma foi salva.

Em PENIEL Jacó virou Israel, e Deus operou salvação naquela vida.

Passado aquele momento majestoso, Jacó se lembrou de Esaú, e entendeu que precisava enfrentar seu irmão, nada obstante, o neto de Abraão agora era outro homem. Uma coragem impressionante tomou conta de seu ser, o medo e o pavor eram coisas do passado.
Num gesto, absolutamente distinto, Jacó se colocou na frente do povo, deixando todos atrás de si e assim seguiu firme e decidido em direção a Esaú. 

Agora sim, Jacó sentia a forte presença de Deus o acompanhando e nada mais temia.

Nesse momento, o mais inesperado aconteceu. Uma surpresa com a qual Jacó jamais podia contar. Veja-se a obra do Espírito de Deus: Esaú ao ver de longe Jacó, ao invés de se posicionar para a batalha e vingar-se definitivamente da traição que sofrera, correu ao seu encontro, abraçando-o e beijando-o calorosamente e choraram de alegria os dois irmãos.
A forte presença do Espírito de Deus no espírito de Jacó desde Peniel fez sucumbir a ira da carne que é Esaú, e desde então Israel sempre prevalecerá.
É curioso observar que, a partir do momento em que Jacó pecou enganando fraudulentamente a seu Pai Isaque, foi decretada a morte do espírito e desde então toda a sua tendência era carnal, todos os seus atos buscavam o objeto que satisfazia apenas aos interesses da carne e, por conseguinte estava sempre servindo a satanás.
Em PENIEL o espírito, ao se sucumbir a vontade de Deus, renunciando a todos os interesses materiais,  ganhou vida novamente, e numa postura altaneira e vencedora, fez sucumbir a carne, deixando para trás um passado negro ao qual jamais voltaria.

Assim foi Jacó. Assim foi e é todo ser humano. 

Ao ingressar na fase da consciência, o homem acaba pecando, o que acarreta a imediata morte de seu espírito, o que na verdade corresponde a separação de Deus.
Longe de Deus, todas as atitudes do espírito buscam tão somente os interesses materiais e o distanciam cada vez mais do Criador.
Mesmo assim, o Senhor estará sempre visitando-o e oferecendo-lhe a sua mão amiga, muitas vezes o protegendo de perigos diversos por Seu infinito amor e desejando que venha ao conhecimento da verdade e conquiste a salvação de sua alma.
Todo ser humano tem seu dia de “PENIEL” e experimenta muito de perto a voz do Senhor, mas infelizmente a maioria mesmo nos momentos mais difíceis da vida, quando ouve o chamado de Deus, rejeita sistematicamente a obra redentora do Filho do Criador, e infelizmente não recebe a maravilhosa bênção que é a salvação de sua alma, exatamente como aconteceu com Jacó.
Por outro lado, muitos se identificam com Deus em “PENIEL” e deixam ali todo passado pecaminoso, renunciando de forma definida e decidida todos os interesses materiais e se entregam completamente nas mãos do Senhor e quando isso acontece Deus opera salvação no espírito do homem e desde então deixa de ser JACÓ e passa a ser ISRAEL DE DEUS, e vejam só que importante revelação:

Jacó em PENIEL foi ferido na coxa e ficou marcado para sempre, passando a andar mancando, ou seja: 

Jacó nunca mais foi o mesmo.

Jacó passou a andar de uma forma diferente.

Todo ser humano quando aceita Jesus como seu único e suficiente Salvador é selado pelo santo Espírito de Deus e desde então passa a andar de uma forma completamente diferente, ou seja: 

Quando o homem tem um encontro verdadeiro com Cristo ele nunca mais será o mesmo. 

E passa a ter uma mudança de comportamento.

Assim concluímos a escultura de um ser humano, feita a partir dos ensinamentos sagrados, demonstrando como se forma o verdadeiro Israel de Deus.