quarta-feira, 20 de maio de 2015

INCERTEZAS




Na gangorra dos sentimentos
crava um duro pensamento,
no vai e vem das intenções
agonizam os inertes corações.

O destino do destinatário não se tem,
porque o mapeamento da alma fica além,
a força do pensamento não é bastante, 
para se construir a paz, que seja por um instante.

Uma intenção frustrada estabelece o medo,
que cresce no terreno fértil das incertezas,
impede a concepção na âmago do desejo,
que precede os projetos que desaguam nas riquezas,

Um coração corroído no domínio da insegurança,
se desfalece na palidez, da verdade destruída,
se fragiliza, não avança, porque perde a confiança,
lamenta em meio a lágrimas, a vontade perdida.

Conhece a nitidez da vereda, mas não se mexe,
perdido no labirinto dos pensamentos, não se atreve
a mudar de posição, e assim inerte permanece
no escuro da densa escuridão, que só cresce.

A ausência de luz no caminho, é um martírio,
a inconstância constante, define a indefinição,
de quem experimenta na ilusão, o delírio,  
consolidando o viés que inviabiliza a ação.

Recuperar a confiança perdida é possível,
com a renúncia sincera dos erros cometidos,
quando pesa mais na balança o medo, gerado pelas incertezas,
que tira dos pés o chão, almejado nos passos vindos.

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