sábado, 16 de maio de 2015

MENINA DA PRAIA











Uma linda figura,
Desperta as atenções,
Uma bela criatura,
Faz vibrar os corações.

Seu corpo quase desnudo,
Desfila na areia branca,
Exibe pra todo mundo,
Sua beleza franca.

Ela é bonita, ela é faceira,
A mulher que sempre encanta,
Ou a bela menina praieira,
Com classe, diz que não é santa,
Cativa a praia inteira.

Seu jeito todo misterioso,
Aguça a inútil curiosidade,
Deixa o galante furioso,
Engolindo a vaidade,
Que faz o veneno ficar venenoso.

Como o Condor altaneiro,
Nem de longe imagina a gaiola,
Voa alto e abraça o céu inteiro,
Contempla do alto o que lhe consola.

Ou como o simples que se deleita
Na sabedoria e seu apaixonante leito,
Se curva ao singelo som do violeiro,
Se rende a palavra mansa, que enfeita,
E se recolhe na reflexão do travesseiro.

Se ajeita no seu contorno,
Não negocia a liberdade,
O vento abraça seu corpo,
A brisa desliza em sua face,
A espuma branca se envaidece,
Quando seus pés, à água oferece.


A areia se agita toda,
Ao admirar a quase Sereia,
Que esnoba a realidade,
Num sério tom de brincadeira,
Distribui com simplicidade,
Encantos, que colam na minha beira.

O exagerado capricho de menina,
Lhe prende no silêncio que fascina,
Mas um curioso se assusta e se espanta,
Toma um voo rasante e aterrissa,
Se distancia das nuvens que encantam,
E abraça o chão que valoriza.

Naquelas ondas a "sereia" vira mulher,
Exibe a esbelta cintura fina,
Gosta de fazer o que quer,
Não deixa de ser MENINA,
Depressa se livra da blusa e da saia,

Quando se deleita na beira da PRAIA.

Nenhum comentário: