quarta-feira, 27 de maio de 2015

SAGA DE UM COVARDE










Ninguém pode explicar,
Os mistérios do pensamento,
De onde deriva o meditar,
Que recolhe o bom sentimento,

Na ilusão do engano,
Os inocentes reclamam,
O endereço cigano
Que acolhe a voz que inflama,
Que aplaude a agonia,
De quem culpa não tinha.

É fácil apontar o dedo,
Recusar a própria história
Fomentar o medo,
Descansar a memória,
Conduzir pra longe, o erro,
Enganar a si mesmo,

Lágrimas correm lá,
Isso não comove,
A dor longe está,
Isso é o que move,
Tirar de si o peso,
Fugir da luta ileso,

Enquanto outro se debate,
Declina do embate, o covarde,
Acusa quem, culpa, não tem,
Se refugia na sombra de alguém.

Fugir da dura responsabilidade,
Sobrecarregar quem já fez sua parte,
Com subterfúgios e outras falsidades,
Roubar a boa intensão de quem ama a verdade,
Trair a confiança e a lealdade
Coisas de um coração que sofre na dualidade,

Oxalá que a vida ensine,
Que viver não pode ser assim,
É preciso enfrentar com carinho

E não passar à outro, o que é pra si.

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