sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CONVERTIDO OU CONVENCIDO?



Parece-me extremamente oportuno e por que não dizer, urgente, tratar desse assunto.

Fico perplexo ao examinar com detalhes o que aconteceu comigo mesmo, e é a partir da situação vivida por mim, que ganha consistência o tema em destaque.

Chega a ser pavoroso imaginar que uma pessoa possa perder a sua salvação, da qual dizia ter certeza, tendo passado toda a sua vida afirmando que era um salvo em Cristo.

Não dá para calcular, o espanto, a perplexidade a frustração e o sofrimento dessa pessoa, quando se deparar com Cristo no dia do julgamento final e dEle receber a sentença fatal, que destinará tal criatura para o lago de fogo e enxofre, preparado para o diabo e seus anjos (demônios), assunto do qual tratou o próprio Senhor Jesus.


"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?

"Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade". Mt . 7.22 e 23


Como pode uma pessoa passar ano, após ano, freqüentando reuniões até participando dos trabalhos evangélicos, quem sabe usufruindo privilégios, como tomar a ceia e até pregar a palavra, e não ter seu nome escrito no livro da vida?


Isso é assustador.


Quantas pessoas a quem chamamos de irmãos e com elas convivemos de forma fraternal, afirmam ser filhas de Deus, nos fazem acreditar nisso, mas, nos enganam e enganam-se insistentemente a si mesmas.

Prezado irmão e amigo, faça uma ampla reflexão sobre a sua vida e veja como está o seu relacionamento com o Senhor e atente bem: se você vive na igreja e no mundo, ora orando, ora pecando com toda a naturalidade, você pode estar apenas CONVENCIDO sobre a sua real situação diante de Deus.

O fato de ter este Autor , nascido num lar evangélico, convivido com irmãos e familiares fervorosos na Fé, tomando parte na ceia do Senhor e até pregando a Palavra de Deus, porém ao mesmo tempo, vivendo no mundo, desfrutando dos prazeres deste século, na prática do pecado, sem que esse duplo comportamento - um pé na igreja e outro no mundo - me causasse o mais simples constrangimento, apavora-me e me faz profundamente preocupado com outros amigos, que possam estar vivendo da mesma forma que eu vivi durante 47 (quarenta e sete) anos.

Hoje eu posso ver com clareza que havia algo de muito errado em minha vida. Apesar de afirmar que era um crente e que tinha certeza da salvação, eu pecava com a maior naturalidade, isso porque, na verdade, ainda não tinha tido um verdadeiro encontro com Jesus.

Não basta dizer que é um crente ou que é salvo. A Palavra de Deus ensina que a fé sem as obras é morta:


"Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma".

"Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras".

Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem.

Mas queres saber, ó homem insensato, que a fé sem as obras é inútil?" Tg. 2.17- 20


Para que ocorra o NOVO NASC IMENTO ou a CONVERSÃO DE FATO, existem regras que não podem deixar de serem observadas. Vejamos o ensinamento bíblico:


E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lc. 9.23.

Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo

E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.

Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. Lc 14.26,27,33

Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.

E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.

Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á. Mt.10.37-39.

E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Mr. 8.34.


Aí está o ensino sagrado, proferido pelo próprio Sr. Jesus. Para que ocorra a CONVERSÃO DE FATO, é preciso haver uma renúncia absoluta de todas as nossas pretensões e anseios de natureza material, e colocar sempre, DEUS EM PRIMEIRO LUGAR.

No momento da decisão, o candidato ao reino dos céus, precisa entender que Jesus Cristo é o único Salvador e como tal deve aceitá-lo. Todas as esperanças devem ser colocadas em Cristo, deixando em segundo plano, as riquezas, a profissão, a vida social, conjugal, etc.

Nesse sublime e majestoso momento, a pessoa decreta a morte de sua velha natureza, morrendo para o pecado e suas concupiscências, e decide viver somente para o Senhor, que afinal pagou um preço altíssimo - preço de sangue - pela vida do novo convertido(Rm. 6).

Obviamente essa "MORTE" da velha natureza ocorre no entendimento, pois afinal, ela somente deixará de existir quando ocorrer a morte física e até lá será uma companhia inseparável, MAS TERÁ DE SER CRUCIFICADA DIARIAMENTE PELO NOVO CONVERTIDO, que precisa honrar sempre a decisão que tomou diante do Senhor, caso contrário, colherá muitas derrotas em sua vida.

Se a renúncia absoluta não acontecer, e ainda houver espaço no coração da pessoa sendo ocupado por qualquer outro interesse de forma prioritária, no momento da decisão, NÃO HAVERÁ NOVO NASCIMENTO.

O ato de aceitar a Cristo como único e suficiente Salvador, ACARRETA INVARIAVELMENTE MUDANÇA COMPORTAMENTAL: mudança de atitudes e de procedimentos, ainda que, tais mudanças não aconteçam de imediato, elas virão à medida que o Espírito Santo for orientando ao novo convertido, demonstrando que isso ou aquilo não se deve fazer e revelando as atitudes incompatíveis com o novo homem.

Se não ocorre a mudança de comportamento, a decisão da pessoa em aceitar a Cristo, pode não ter sido verdadeira e nesse caso, não ocorrerá a conversão.

Vejamos a seguir o mesmo ensinamento, proferido pelo próprio Senhor Jesus:


"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor.

Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto". Jo 15.1-2


O novo CONVERTIDO terá prazer em atender as orientações do Espírito e com alegria servirá ao Senhor buscando sempre crescer no conhecimnto da Palavra e ao mesmo tempo se sentirá incomodado praticando atos inerentes ao velho homem.

Para a pessoa que apenas está CONVENCIDA, servir a Deus é um duro sacrifício e praticar a essência da Palavra é um peso insuportável, embora cultive o prazer da companhia dos irmãos e exerça de forma burocrática diversas obrigações nas igrejas, a quem até gosta de servir.

O crente verdadeiro não pode pecar sem que esse ato lhe cause um profundo abatimento, muito menos ter prazer no pecado, pois o Espírito Santo de Deus estará sempre lhe avisando que isso ou aquilo não se deve fazer e se insistir e acabar agindo contra a orientação divina, o mesmo será sobressaltado por um sentimento de tristeza terrível e o seu semblante ficará constantemente abatido, o que o levará a uma busca intensa visando o urgente retorno à Presença do Pai. Veja o que dizem as Escrituras Sagradas:


"Porque se voluntariamente continuamos no pecado depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados".

"Mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários". Hb. 10.26 e 27


Quando uma pessoa se diz crente, mas peca com toda naturalidade e não sente as repreensões do Santo Espírito do Senhor, isso pode estar indicando a ausência do E.Santo e consequentemente essa pessoa não chegou a ter um novo nascimento.

O pecado separa o homem de Deus. Quando o verdadeiro convertido peca, cria-se incontinentemente um vazio entre ele e o Criador, espaço esse que o afasta da presença divina.

Isso provoca uma sensação de abandono, de solidão, própria de quem não está salvo, e esse novo crente quase entra em desespero, porque entende que não há outro lugar melhor do que a Presença de Deus. Assim diz a Palavra:


"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça". Isaías 59.2


Amigo leitor, caso você se encontre nessa situação, que diz ser um crente e afirma até que tem certeza da salvação, mas vive no pecado ou peca sem o menor constrangimento, não resiste nem tenta evitar o erro, você precisa se examinar imediatamente fazendo uma profunda reflexão sobre sua vida. Examine se de fato você é um CONVERTIDO , se já tomou uma verdadeira decisão com Cristo, ou se é apenas um CONVENCIDO.

O verdadeiro convertido, sente que precisa resistir ao pecado, que precisa ser diferente (Ml.3.18) . Veja ainda esse importante texto sagrado:


“Ainda não resististe até ao sangue, combatendo contra o pecado”. Hb. 12.4


Esse texto, mostra com absoluta clareza, que o servo de Deus, precisa resistir ao pecado até as últimas consequências.

Examine os ensinos a seguir:


Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.

Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão".Mt. 5.23 a 25


Eu conhecia muito bem estes versículos que representam um mandamento do Senhor para o nosso dia-a-dia, e muitas vezes vivi situações em que eu deveria ter aplicado fielmente tais ensinamentos.

Apesar disso, quando me confrontava e me lembrava das palavras do Senhor, eu simplesmente considerava no meu homem interior:


Isso não é para mim. A minha carne é fraca o Senhor sabe disso e com certeza há de me compreender. Eu não tenho condições de pedir desculpas ou de ser amigo de uma pessoa que me fez esse ou aquele mal”.


Assim, ao invés de desfazer inimizades, o que eu fazia era acirrar mais ainda aquelas existentes e o mais grave era que tal procedimento não me constrangia nem um pouco.

O fato é que nós estamos sempre procurando justificativas nossas para atitudes erradas que praticamos diante de Deus e optamos sempre por aquelas que nos agradam, que não nos incomodam. Não importamos com a vontade do Altíssimo, com o que agrada ao Senhor, pelo contrário, fazemos sucumbir Seus desígnios por conta de nossos anseios pessoais e responsabilizamos por isso sempre a nossa fraqueza carnal esquecendo-nos de que, se quisermos e buscar, poderemos crucificar nossa carne e alcançar um nível de santidade agradável ao Todo Poderoso.

Tal procedimento constitui na verdade um desrespeito ao Criador. Abandonamos em segundo e terceiro planos o Autor e Consumador de nossa fé. Mas quando a "coisa aperta", nos apresentamos com súplicas, orações, e então nos lembramos de Deus e esperamos com aflição que Ele atenda nossas petições.

“Aí está a conduta típica de uma pessoa apenas CONVENCIDA, de alguém que ainda não tomou uma decisão séria diante do Senhor”.

É preciso entender que quem não é convertido, sendo apenas convencido, além de não experimentar as verdadeiras bênçãos do Senhor, não entrará no reino celeste.

Veja ainda o seguinte texto bíblico:


"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon".Mt. 6-24


Esse é outro texto do qual nunca me esqueci, porém, jamais eu o observei no meu dia-a-dia. A Palavra de Deus é claríssima.

Hoje, depois dos meus 47(quarenta e sete) anos de idade, entendi com absoluta nitidez que, quando fazemos qualquer coisa que não agrada a Deus, estamos servindo ao Inimigo do Senhor e nosso adversário que é o diabo. Isso é grave demais.

João 8.34 diz que quem comete pecado é servo do pecado, e automaticamente é servo de Satanás.


Prezado leitor, com Deus não se brinca. Lembre-se do versículo:



"Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo". Hb. 10.31


Precisamos levar o Senhor a sério, a Palavra de Deus é o próprio Senhor falando e ela deve ser seguida na forma como está escrita. Não podemos distorcer os ensinamentos sagrados amoldando-os aos nossos interesses carnais, temos de seguir as orientações divinas exatamente como elas estão registradas.

Deus é misericordioso, é bom, é longânime e não leva em conta os tempos da ignorância; tudo isso é verdade e está escrito nas Sagradas Escrituras, no entanto não se esqueça de que Ele conhece e sonda os corações, isso também está escrito e se você é de fato um CONVERTIDO, mas vive no pecado, lembre-se dos ensinos Sagrados abaixo:


"Se eu atender a iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá". Salmo n. 66.18

Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve. Jo. 9.31


A conclusão óbvia que daí se extrai é que o Senhor jamais irá inclinar Seus ouvidos à oração e súplicas de quem guarda no peito qualquer tipo de iniqüidade não confessada seja ela a menor que pareça ser, uma pequena mágoa de alguém, uma mentirinha de leve ou coisas parecidas. Tais pecados impedirão de certo a resposta do Senhor a qualquer oração, e nesse caso a resposta do Senhor não acontecerá mesmo que a pessoa seja, de fato, convertida.

A infinita misericórdia de Deus me fez acordar em tempo. O Senhor falou seriamente ao meu coração e eu felizmente atendi. Embora tenha conhecido o evangelho desde a minha meninice, foi aos 47 (quarenta e sete) anos de idade que tive um verdadeiro encontro com o Senhor, compreendi a Sua Palavra, abandonei o mundo e comecei a andar com Deus. GLÓRIAS E TODAS AS HONRAS AO AMADO CRIADOR.

Se você vive como eu vivia, volte - se para Deus enquanto é tempo, quando ainda O pode achar. Tenha compaixão de sua alma, faça um verdadeiro encontro com Cristo e


VIVA VERDADEIRAMENTE FELIZ .


domingo, 23 de janeiro de 2011

LÁGRIMAS DIVIDIDAS



O DEDO DE DEUS
Com 1692 m de altitude, no município de Teresópolis, é o mais belo cartão postal do Estado do Rio de Janeiro.








A destruição na região serrana pela tromba d'agua em Janeiro de 2011.



No começo de Janeiro,
Já distante o dia primeiro,
Um sinal desceu sem cor,
Um forte aviso do Criador.

Uma lágrima rolou dos céus,
Envolvendo o granito,
No alto da Serra um véu,
No meio da noite um grito.

Nas encostas do “teu dedo”,
Em cima da mata escura,
Ele veio como um torpedo,
Trazendo morte à Criatura.

Envoltas nos ramos torcidos,
Tantas vidas se perderam,
Rochas e troncos partidos,
Pela força das águas desceram.

O fenômeno assustador,
A todos surpreendeu,
À Serra trouxe o horror,
E muitos nem o conheceu.

Chora Tereza, chora Maria,
Chora o povo serrano,
E tantos nas cercanias,

Chora Tereza, chora Maria,
Dividas comigo as lágrimas,
E a dor que tanto judia.

Quisera eu consolar,
Levar um pouco de alento,
A tantos que estão a chorar,
Por conta da fúria do tempo.

Maria desesperada,
Procura por filhos perdidos,
Tereza mesmo consternada,
Anima ao esposo ferido.

Na contagem das vidas que foram,
As lagrimas chegam primeiro,
O coração apertado agoniza,
Num cenário que é só desespero.

Em meio a dura tragédia,
E a dor da Criatura,
O Dedo se vira dos céus,
E crava nas Escrituras.

Aos ensinos do Senhor,
Precisamos entender,
Alguns acabam sofrendo,
Para que muitos possam aprender.

Você que de longe assiste,
Alheio a dor que persiste,
Entenda que os irmãos alcançados,
Não cometeram maiores pecados.

Um dia ensinou o Senhor,
falando da sorte futura,
Que não somos menos culpados,
Do que, quem sofreu tantas agruras.

No mesmo ensino JESUS,
Nos mostra que a dor que hoje há,
Não imita a aflição que virá,
A quem não andar na Luz.

Que esse desastre nos faça,
Parar, refletir e entender,
Que só em Jesus Cristo se pode,
A segurança obter.

É hora de tudo deixar,
Ao Senhor depressa buscar,
A Sua Palavra sempre praticar,

Em absoluto , primeiro lugar. 


domingo, 16 de janeiro de 2011

CONVICÇÃO OU LAVAGEM CEREBRAL ?



Tenho percebido, no convívio com irmãos, uma característica muito preocupante.



No diálogo com uns e outros, sobretudo, com os conterrâneos mais próximos, em geral esses interlocutores, não apresentam convicção sobre ensinos que conhecem, e as vezes nem mesmo sustentam alguma posição, preferindo seguir sempre o que disse seus ancestrais ou a posição desse ou daquele Pregador.
        Percebi, ainda que, esses companheiros de jornada se mostram sempre, irredutíveis e intransigentes, na defesa do que alguém lhes falou, ou do que sempre aprenderam, através de seus pais, avós, etc. e simplesmente se firmam numa direção nunca apresentando qualquer argumento, ou fundamento bíblico para amparar a posição que ostentam, demonstrando uma lamentável ausência de conhecimento.  
           Note, amado irmão e amigo, que se trata de uma questão cultural, ou seja, alguém chegou e disse: “Isso é assim, porque sempre me ensinaram assim ou porque meu pai disse que é assim e esse por sua vez aprendeu do mesmo modo com seu Genitor”.
Dessa forma cria–se uma barreira intelectual, a impossibilidade de expandir o conhecimento, construiu–se com engenhosidade uma forte proteção em torno de algo que se aprendeu cujos ensinamentos conduzem as pessoas a negarem a própria fonte, que é a Palavra de Deus de onde se origina a orientação cristalina, pura, eficaz que sustenta e satisfaz.
           Não há dúvidas de que essa é uma cultura por meio da qual se prestigia o ensinamento de pessoas, sem se preocupar com a origem, com a fonte dos fatos, predominando a doutrina de homens, que assim termina se transformando um ensino que originalmente, até, quem sabe, tenha se apresentado de forma perfeita.
Por outro lado, um desânimo maligno opera no meio dos evangélicos, que os impede de ao menos tentar quebrar essa barreira, e ir buscar no Escrito Sagrado, a forma correta para se conduzirem no seu dia-a-dia, aliás, essa vertente dos fatos impressiona porque nela se verifica o desinteresse dominante travando impiedosamente a vida do crente, tornando-o vulnerável e uma presa fácil num território obscuro onde a presença de todos os males age de forma abundante e o autor de todos os maus feitos exerce livremente o seu sinistro poder.
Se fizermos um questionamento perguntando quantos lêem a Bíblia diariamente, iremos ficar surpresos com o resultado, que sem medo de exagerar, não alcançará a 10%(dez por cento) no universo daqueles que freqüentam igrejas.
A inércia e o comodismo fazem o crente deixar de lado o Traçado divino e esperar sempre pelo ensino de homens, ou se valer das tradições que cria em torno de si uma momentânea e ilusória impressão de segurança ou de bênção recebida, levando o homem a delirar e transformar muitas vezes em milagre um ato corriqueiro do Criador, que viria em qualquer circunstância, e está presente na vida de todos, bons e maus, e aí a ovelha se dá por satisfeita e não avança mais, achando que Deus está operando em sua vida, e que por conta disso, anda no caminho certo.  
Fico aflito até mesmo no transcrever dessas verdades, porque vejo a derrota agindo impiedosamente, as enfermidades entram sem encontrar a menor resistência, as adversidades imperam sem achar oposição, e assim Satanás vai confirmando seu reinado no meio do povo de Deus que envolvido por tantos desencontros anuncia conformado:  


"São os desígnios do Senhor, que se há de fazer...."


Diz o Escrito Sagrado:



“O meu povo perece por falta de conhecimento”. Os. 4.6.

“O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende”. Is. 1.3

Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do SENHOR. Jer.8.7.



          Oxalá, que as pessoas pudessem compreender de fato essa grande realidade e entender que o Senhor quer agir de forma particular na vida de cada servo Seu. Deus quer muito, muito mais do que bênçãos genéricas para o Seu povo, e quando o Criador dirige, o mal não pode se aproximar, as adversidades passam de longe, o inimigo não se atreve a incomodar e a ovelha experimenta a paz e a felicidade verdadeira, não vivendo de ilusões e falsas bênçãos.
Veja a Orientação divina:

Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo. Ecl. 8.5
E servireis ao SENHOR vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de vós as enfermidades ;
Não haverá mulher que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei. Ex. 23.25,26;
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará;
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa;
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Sal.nº.91.1,3,10, etc.
Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra. Is. 1.19


Logo, considerando esses maravilhosos ensinamentos (e são muitos e muito mais nesse sentido), o crente que procurar se manter na presença do Senhor, estará seguro, verdadeiramente seguro, e jamais será surpreendido por tantos infortúnios que eles aprenderam a definir como “Os desígnios do Senhor” porque nesse lugar sagrado o mal não pode entrar.
          Nada obstante, para que essa presença marcante possa acontecer de fato na vida da ovelha, é preciso que ela busque e se disponha a procurar, a renunciar a si mesma e a investir de fato na Palavra de Deus, quando então entenderá, por exemplo, que uma simples mentirinha “de leve”, a mágoa o rancor represados, a inveja, o ódio, e tantos outros sentimentos similares, embora nos pareçam elementos de uma conduta natural, na verdade nos tiram da presença do Criador.  

Ensina-nos ainda a Santa Palavra:



“Buscai e achareis, Batei e abrir-se-vos-á, pedi e dar-se-vos-á”.



É impossível, absolutamente impossível que O Senhor não responda a oração e a súplica de um coração puro que de fato se submeta às verdades sagradas.
Quando Deus enviou o Maná no deserto, uma figura de Cristo ou da Palavra do Senhor, para o povo de Israel, as pessoas tinham de sair em busca do alimento a cada manhã sem faltar um só dia, sem esperar que os líderes ou mesmo Moisés lhes providenciasse a iguaria santa.
O Israel de Deus, que somos todos, os verdadeiros crentes, precisa buscar também diariamente o seu Maná, a Palavra do Senhor e não apenas, uma vez por semana, uma vez por mês, etc.
Daí porque, o crente não deve se apoiar na tradição, no que ouviu dizer, no que sempre aprendeu etc, com todo amor e respeito aos nossos amados irmãos que sempre ensinaram com a melhor das intenções, mas quando o servo não estuda, não sai a colher seu próprio Maná e não busca a confirmação e a aplicação do Escrito Sagrado, muitos ensinos acabam funcionando como uma verdadeira LAVAGEM CEREBRAL, pois, o inimigo acaba desviando a essência da orientação, transformando-a numa arma de suas próprias fronteiras, na medida em que impede o conhecimento de Deus.

Ora, quem somente gosta de copiar, jamais será original.

É preciso que o Servo saia em busca da CONVICÇÃO, que se entregue ao estudo da Palavra, numa conversa franca com o Espírito Santo do Senhor, que se encarregará de ensinar-lhe as verdades sagradas como quer o nosso amado Senhor, e conduzi-lo a um alto retiro, onde estará livre de todo mal e de todas as adversidades que tanto assola a vida do incauto navegante.



PRECISAMOS ESTUDAR MAIS A PALAVRA DO SENHOR.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

DIGA NÃO AO PNDH-3



DIGA NÃO A UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO, DIGA NÃO AO ABORTO, DIGA NÃO A PROÍBIÇÃO DA LIBERDADE RELIGIOSA - DIGA NÃO AO PNDH-3

MANIFESTE-SE EM FAVOR DO RESPEITO AOS PRECEITOS SAGRADOS - SAIA EM DEFESA DOS INTERESSES DO SENHOR.



Se os parlamentares acham que vão se esconder…


Ligue para o gabinete deles e cobre uma posição sobre o PNDH-3


Mande um Cartão Amarelo aos parlamentares do País, mostre a eles que você está alerta às atitudes deles diante dos projetos concernentes ao PNDH-3.

Este espaço é para que você cobre uma posição deles ou uma resposta para os que se dão ao direito de se esconder atrás do silêncio e da omissão.

Preparamos uma lista com os telefones dos gabinetes de todos os deputados federais e senadores do País e disponibilizamos no site acima. Lembre-se que os gabinetes são os escritórios onde eles trabalham por nós, ou seja, são espaços públicos.

Portanto, a obrigação deles é de lhe atender!

Mas, fique atento: mesmo que o parlamentar não lhe atenda e uma secretária ou assessor fale com você, NÃO SE CALE! Identifique-se, seja educado e cordial, mas deixe claro seu objetivo. Diga:

“Sou um(a) cidadão(ã) brasileiro(a) e enviei um e-mail ao parlamentar para dizer que estou ALERTA à conduta dele diante da aprovação do PNDH-3. Mas não obtive resposta! Quero registrar meu descontentamento com essa omissão e dizer que continuarei ALERTA”


VEJA A LISTA COMPLETA DOS PARLAMENTARES QUE RECEBERÃO SEU E-MAIL NO SITE ABAIXO:


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O VERDADEIRO FRUTO PROIBIDO

Uma batalha terrível e sem tréguas, travada num território bem conhecido, me chama a atenção.

Uma luta incessante que não acaba hoje ou amanhã, não dura apenas um ou dois meses nem vinte ou trinta anos somente.

Uma batalha cruel onde poucos sairão vencedores cuja vitória, se pode com certeza comemorar, embora, no menor descuido, o vitorioso esteja sujeito a ser surpreendido no próprio ato de comemoração, pois a luta ainda não terminou e os inimigos, vencidos, derrotados e subjugados, ainda não foram presos e nem destruídos, e podem transformar em tristeza a alegria de um campeão afoito.

Essa demanda iniciou no passado, quando dois irmãos até por certo tempo conviveram harmoniosamente no mesmo ambiente de forma tão intensa que pareciam ser um só individuo, mas, num belo dia a paz e a alegria que reinava entre ambos, tiveram um lamentável fim, e desde então eles se transformaram em mortais inimigos.

Tudo começou quando o irmão mais velho descobriu de repente que viveria muito pouco tempo e que o mais novo nunca morreria.

Rapidamente o sentimento de inveja tomou conta do primogênito e desde então esse irmão buscava ocasião para impedir a vida eterna do caçula, e essa oportunidade tão garimpada e buscada a todo custo, estava prestes a acontecer.

O macabro projeto idealizado contava com o insistente incentivo de vozes estranhas e ocultas vindas das trevas mais espessas, e consistia em trair e atrair a atenção do inocente com adereços encantadores no endereço do perigo real.

Num belo dia uma miragem apareceu no espaço, um desconhecido horizonte se instalou no universo dos dois irmãos, futuros terríveis adversários.

Uma bela paisagem surgiu de repente, um lindo cenário aguçou a admiração no irmão mais novo, mas, uma voz amiga, companheira e até então inseparável, avisou preocupada e com aflição: não vá, não se deixe enganar, Eu tenho algo melhor para ti.

Mas o caçula ainda inocente procurava insistentemente saber o que de tão diferente estava acontecendo.

O desejo cada vez mais forte de obter aquela “coisa” o impulsionava de uma forma violenta. Um pouco cauteloso, perguntou aos amigos e vizinhos e todos foram unânimes em afirmar: Já experimentamos e podemos dizer que é de excelente paladar!

O olhar atento e curioso registrava os fatos e os acontecimentos em torno de si mesmo. Nas esquinas, o inocente viu o mesmo objeto ser utilizado da forma mais corriqueira. Nas ruas, nas escolas, no parque ou no campo, lá estava aquele curioso manjar sendo digerido por todos.

Em que pese a intensa curiosidade e o ardente desejo de experimentar a mesma ilusão o irmão caçula ainda inocente e cauteloso, resolveu ir perguntar aos próprios pais: O que era aquilo que todos exibiam, usavam e saboreavam com tanta naturalidade? Foi então que ouvira dos próprios genitores a surpreendente notícia e o triste conselho: Nós também já experimentamos, faça o mesmo.

Tantas vozes contrárias indicando uma só direção fizeram sucumbir a voz amiga e companheira de sempre que ainda uma vez mais tentou impedir o ato imprudente, mas o irmão inocente não suportou o assédio e se deixou levar pelo torpe conselho.

Desde então algo de novo aconteceu. A guerra se instalou de vez naquele território tão nobre. Criou-se uma terrível barreira e a voz amiga e companheira de sempre não se podia mais ouvir.

O ato traiçoeiro do irmão mais velho provocou a derrota e a morte provisória do outro e esse, agora, somente conseguiria emergir da desvantajosa posição se conseguisse fazer sucumbir o irmão primogênito.

Eu me lembro muito bem dessa página terrível na minha própria vida. Vi na copa das árvores um objeto bem luminoso. No verde exuberante dos campos, no azul inconfundível das águas do mar e no horizonte distante e ao mesmo tempo tão perto, pude detectar a presença da mesma ilusão.

A fascinação pelo desconhecido, o desejo incontrolável de experimentar o encantamento no reverso da verdade quase me fazia sucumbir e então detectei a mesma voz companheira avisando: Não faça tal coisa, seja prudente.

Foi exatamente isso que aconteceu, naquele dia tão triste.

A carne, sustentada e estimulada por muitas vozes conseguiu sua primeira vitória ao iludir e levar à morte provisória o espírito o qual se sucumbiu por não dar ouvidos a voz amiga e companheira que até então esteve com ele.

Desde então essa situação de guerra constante se instalou naquela terra que nada mais é do que o próprio ser humano em toda a sua essência.

O espírito quer voltar a vida, mas para isso precisa provocar a morte da carne, fazendo sucumbir todos os seus interesses, e essa por sua vez quer a todo custo impedir o êxito do espírito.

A voz amiga e companheira que sempre esteve com o espírito inocente, é a voz do Criador de todas as coisas, e a ilusão tão desejada nada mais é do que a própria desobediência, EIS AÍ O VERDADEIRO FRUTO PROIBIDO – A DESOBEDIÊNCIA, e nada tem a ver com uma fruta dessa ou daquela, espécies existentes em nossos pomares criadas para nos alimentar fisicamente.

O Criador, vendo a terrível situação onde fora atirada a sua criatura, e a impossibilidade que tinha de, por si só, se salvar daquelas trevas profundas, providenciou uma âncora para resgatá-la do ambiente insuportável: Enviou seu próprio Filho para realizar a importante missão.

Somente dessa forma, o espírito poderá voltar a viver: se ouvir as orientações do Seu Criador e aceitar o sacrifício de Seu filho amado, feito na cruz do calvário.

Obediência aos ensinamentos proferidos pelo Filho do Criador e a aceitação absoluta de sua obra redentora, eis o único meio para que o espírito ressuscite de entre os mortos e supere de vez seu inimigo mortal que nada mais é do que a carne assessorada por vozes estranhas ou Satanás e seus demônios.

Eis a realidade da qual nenhum ser humano pode fugir.

sábado, 1 de janeiro de 2011

TRIBUTO AO CRIADOR





MEU QUERIDO E AMADO CRIADOR!..



A obra da criação impõe pressupostos peculiares, que marcam o capricho da perfeição divina, implodindo as vertentes da imaginação humana, quer seja:
No exame de um microscópico ser ou no estudo que se faz sobre um vivente superior;
Na infinidade de informações que existem no conteúdo de uma célula ou na função sincronizada e sobrenaturalmente organizada dos diversos órgãos que impulsionam a vida dentro de um corpo;
Na mais simples partícula da matéria inanimada ou na admiração que se expande pelo espaço afora, rumo aos sistemas planetários ou as galáxias mais longínquas que se estabelecem muito além do alcance dos meus olhos.
Na minha discreta e submissa arrogância espiritual, percebo que o louvor de todos os feitos, e a coroação absoluta de tanto requinte se convergem para a Tua obra-prima Senhor, e em qualquer ato de Tuas mãos, meu amado Criador, se sobrepuja a sabedoria infinita assistida pela santidade suprema que sempre cerca o Teu trono de graça, e opera no espaço absolutamente distante dos limites da percepção humana.
Mesmo assim eu insisto e me atrevo a contemplar.
Os olhos atentos e suplicantes; as palavras transbordando no intelecto, construídas no mais profundo do meu ser, se materializam no receptor inanimado pela ação da própria língua como uma “pena” bem definida que imprime na base móvel a sincera e fiel expressão do inexplicável e sublime abstrato e assim eu sigo rompendo os limites da minha própria imaginação e alongando as fronteiras dos meus solícitos pensamentos.
Não me contento com esse mundo material que é tão rico e tão encantador, tão nobre e tão enigmático, tão completo e tão perfeito, pelo qual se desmancham e incondicionalmente se curvam os meus olhos aflitos, mas, não pode comportar e nem oferecer as respostas aos reclames do meu espírito, ávido por conhecer mais e muito mais da Tua plenitude, meu amado Criador.
Nessa busca alucinante, num ponto qualquer de toda a expansão eu me estabeleço, em algum lugar nesse esplêndido e inexplicável universo eu cravo uma minúscula e remota base de observação.
Segue em minha companhia a convicção mais forte que domina o coração do filho que ama ao pai e cultiva a paixão que cresce, a cada instante, na medida em que, avança na direção sagrada e vai registrando os detalhes que fascinam, ou se demora apaixonado na presença contagiante de um espetáculo indescritível, em meio a tantos outros que da mesma forma exibem com a maior naturalidade a infinita perfeição.
A incontrolada admiração me arrebata no próprio tempo, deixa-me atônito e extasiado, quase que sem forças para continuar a busca, e por mais que eu encontre, muito pouco caminhei e tanto mais tenho a encontrar e me vejo absolutamente rendido, aos pés de cada feito Teu, oh! Senhor de todas as coisas.
No antagonismo das dimensões eu procuro administrar o conflito de entendimento que surge no meu pequenino e tão curioso ser; sinto que algo me incomoda; pressinto a aproximação de uma terrível nuvem negra; revejo as minhas bases, reforço o bloqueio que obstrui a vaidade e renovando o sacrifício dos velhos hábitos e antigos desejos, sigo rompendo determinado e colhendo cada partícula do verdadeiro conhecimento que produz a alegria que tanto preciso e satisfaz a minha alma, certo de que nesse caminho que abracei não existe espaço para as migalhas efêmeras de Satanás.
Ao sabor das Escrituras vou descobrindo novos horizontes e acumulando na dimensão do tempo riquezas que nem o ouro mais puro ou a mais preciosa pedra pode, sequer de muito longe espelhar e ao distanciar-me do mundo e do próprio homem que sou, meu amado Criador, encontro nos Seus braços um lugar todo especial de onde posso ouvir da tua boca, em segredos, os Teus preciosos e maviosos ensinamentos.
Nesse lugar sagrado eu encontro uma cama sempre preparada para o descanso da jornada tão dura, na qual, sob Tua preciosa orientação e suprema proteção, vou rompendo obstáculos e superando todos os inimigos.
Vejo ainda uma mesa farta do alimento de mais puro paladar, mais doce do que o mais saboroso mel, que revigora o meu tão pequenino ser me transformando num gigante que não se importa e nem se preocupa com a dimensão do vento contrário e nem dá ouvidos a rumores de tempestades, e mesmo que no meio delas eu me encontre, sigo rompendo altaneiro, como se nada estivesse havendo.
No mesmo lugar eu encontro uma cadeira onde eu posso me assentar, acomodando-me para absorver as instruções sagradas, e ainda uma Luz bem clara que alumia a minha alma, desvanece o meu Ser e clareia os meus passos nesse caminho tão belo, tão desejável, que tanto bem me faz, lastreado e definido na pessoa de Teu amado Filho, meu adorado Criador.
Na proteção dos Teus muros eu me refugio e dentro desse Forte eu encontro a tranqüilidade, mesmo cercado pela insistente tribulação que explode a todo instante nas paredes da Tua Fortaleza e nem sequer me assusta; a segurança percorre as minhas veias e passeia nas entranhas do meu tão frágil ser.
Na força do Teu poder eu me agasalho e a paz duradoura domina os meus pensamentos contagiando e envolvendo toda a minha estatura.
Na sombra das Tuas asas eu vou caminhando e experimentando em cada passo a felicidade plena que somente existi na Tua presença, meu querido e adorado Senhor.
A alegria incontida me faz cada vez mais vibrante e em busca do ensino mais profundo eu sigo obstinado, mas de repente um ponto obscuro e inexplicável retém os meus olhos, reduz os meus passos e trava os meus pensamentos.
Algo absolutamente distante e destoante de tudo que venho contemplando me chama a atenção.
Intrigado e perplexo eu me aproximo e percebo as marcas do sangue pisado na extensão do firmamento, com muitas lágrimas misturado.
Por quê? Pergunto estremecido, Porque meu adorado Criador esse desastre foi acontecer?
Justamente no ponto mais alto da Criação uma terrível mancha se instalou. Não podia o poder supremo impedir o feito nefasto?
Oh! Meu adorado Criador a Tua obra maior foi contaminada, porque? Porque? Porque? Eis a Insistente indagação deste humilde observador.
Nesse paroxismo intrigante, estacionado no endereço distante, perplexo sem poder seguir adiante, Tu me respondes com a voz embargante, tão doce e com a ternura marcante, que nasce abundante, no Teu trono de graça, meu adorado Criador.
Entre tantos atributos destinados a Tua obra-prima, o livre arbítrio se destaca de forma impressionante.
No meio da informação sagrada, sinto a Tua voz embargada ingressar nos meus ouvidos atentos, dizendo-me melancolicamente:


“Meu filho..., tudo entreguei nas mãos do ser humano que criei. Dei à obra prima dos meus feitos a autoridade absoluta e a ela sempre destinei a intensidade do meu amor e Eu respeito as suas decisões.
Ao criar o homem, diante dele coloquei a vida e a morte.
Apresentei as diretrizes sagradas que deveriam ser seguidas cuja correta observância proporcionaria a vida perfeita e abundante, mas a desobediência acarretaria inevitavelmente a morte.
Conhecendo as conseqüências de uma e de outra opção, ainda aconselhei:
“Escolha a vida para que vivas”.
O homem desobedeceu e isso foi uma atitude espontânea, contra a qual nada posso fazer.
Não posso tirar a autoridade que Eu mesmo dei, ainda que me doa tanto, ver os efeitos do mal feito naquilo que foi criado perfeito.
Nos dias de sua vida na carne o ser humano é senhor de si mesmo. Por mim, que sou Deus, foi criado e como deus o homem viverá. Seus atos serão sempre respeitados.
A desobediência gerou a morte e isso fez sangrar meu coração de Pai; uma dor profunda atingiu a minha alma e nem a lamina mais afiada, cortante e impiedosa na carne tão frágil, pode sequer imitar o sofrimento atroz que me trouxe o ato nefasto e as lágrimas encheram o meu pranto.
Embora, como Deus que sou nada pode me doer mais forte do que a morte do meu amor, que na dimensão do infinito se estende por um grito no sangue goticulado que deveria ser apenas suor.
A dor produziu a lágrima e o pavor da solidão que vinha me trouxe antes uma terrível agonia, que nenhum sofrimento pode medir, nem sequer, de muito longe exprimir a dimensão das trevas, no meio das quais, por tanto amor, Eu desci.
A morte operou inevitavelmente, a separação e a perdição eterna passou a ser o destino do meu feito maior e algo extremamente penoso precisou ser realizado.
Com o coração sangrando, na extensão da tragédia me envolvi, meu querido e amado filho sempre obediente estava logo ali pronto a corrigir o dano, mesmo sabendo que para aperfeiçoar o imperfeito, da vida precisava sair.
Morto, na morte não podia viver a obra mais cara das minhas mãos.
Nas trevas, enegrecido ficou o endereço de todo o meu amor. Isso me levou a tomar a decisão mais dura, o ato mais triste que se mede pela dor suprema muito além de sua imaginação, para reparar o feito que ao mundo inteiro contaminou.
Para trazer da morte o morto, Eu mesmo tive de morrer, na pessoa do meu Unigênito filho. Isso explica o ponto obscuro de sua observação.
As marcas de sangue que viste, representa o sangue derramado na cruz do calvário, ato que foi feito exclusivamente para salvar a sua alma e a alma de todo pecador.
O espaço negro permanece para que todo ser humano seja lembrado um dia, da obra redentora de Meu filho amado, e a dor persiste, com as lágrimas no sangue vertidas, porque muitos continuam no pecado e longe da minha presença não aceitando o sacrifício feito na cruz.
Com o pecado e a morte de toda a humanidade, Meu filho Jesus seguiu ao inferno, mas, Ele era puro e jamais pecou pelo que superou a morte e o inferno e de lá retornou vitorioso, proporcionando vida a todos que aceitarem a substituição feita no Calvário.
Vejo meu amado Criador, que a morte de Seu filho, marcou o ponto negro da criação e de toda a divindade, mas a ressurreição do Senhor trouxe de volta a perfeição suprema e coroou de glórias e de honras o feito mais forte das Tuas mãos e satanás envergonhado ficou no próprio ato de imperfeição que foi aperfeiçoado na extremidade do Teu amor.
Pensando no gesto supremo, me perco na extensão do feito sagrado e me ponho a perguntar: O que seria de mim e de todo pecador, não fosse o Seu amor infinito?
A ausência absoluta de Deus em nossas vidas, a morte eterna era o nosso destino e continua sendo para todos quantos permanecem arredios à obra redentora de Jesus.
A renúncia de Teu próprio filho enviando-o a este mundo, para morrer em meu lugar, representa de fato a expressão máxima do desprendimento divino. Não existem palavras que possam expressar a dimensão do ato sagrado que trouxe tanto bem a todos os homens.
Fico perplexo e aflito meu amado Criador, ao assistir a todo instante, a opção do ser humano, que ao rejeitar a obra redentora de Jesus Cristo, escolhe na verdade, a morte ao invés da vida, troca a luz pelas trevas, deixa a fonte da água mais pura e vai em busca de cisternas secas e rotas e troca o alimento que verdadeiramente satisfaz pelas migalhas efêmeras de satanás.
OH Senhor de todas as coisas, capacita-me a falar sempre, de Ti e do Sacrifício que Teu filho fez na Cruz do Calvário, para todas as pessoas, mostrando a elas que Jesus Cristo é o único caminho que conduz a vida eterna e a solução para todos e quaisquer problemas existentes na vida do ser humano.
Resta-me então, dileto Criador, render-me sim a todos os feitos de Tuas mãos sagradas, enaltecer a todo instante, cada ato por Ti praticado, coroar de honras absolutas a infinita sabedoria que nasce no Teu trono de graça, mas, sobretudo e, sobretudo mesmo, Senhor meu e Deus meu, dos céus e da terra, manter-me sempre rendido aos Teus pés e eternamente agradecido pelo sangue derramado na cruz do calvário que me trouxe da morte, com a postura de um arrependido pecador, que conta diariamente com as Tuas infinitas misericórdias,
MEU QUERIDO E AMADO CRIADOR.