domingo, 3 de maio de 2015

MÃE









Que ternura indizível!
Quanta renúncia impossível!
Que amor é esse?
Que sepulta o próprio interesse,

Que dedicação plena!
Onde as lágrimas roubam a cena,
E a alma jamais se apequena,
No sangue do teu sangue que sofre a pena.

Que amor infinito!
Que explode no peito aflito,
Que eclode num labirinto,
Que engole o próprio grito,

Como exprimir o sentimento?
Presente em todos os momentos,
Na vida que nem mesmo se vive,
Na única liberdade que lhe deixa livre,

No amor que pratica o verdadeiro "amar",
Sem esperar nada em troca de valor,
Que jamais encontrará um único similar,
A não ser no amor do próprio CRIADOR.


As palavras desaparecem,
Tal qual o Sol que no fim da tarde se põe,
Fogem da presença, que tanto enriquece,
Quando se quer definir a vida de uma MÃE. 

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