quinta-feira, 25 de junho de 2015

O VENTO E O RISO











Não vejo o vento como um tormento,
Nem o riso como o prelúdio do paraíso,
Ambos, se coadunam e se completam,
São cúmplices, conspiradores do tempo.

Brincam com meu sentimento,
Manipulam a minha vontade,
Me faço de um desentendido,
Disfarço e encaro a realidade.

Me atordoam, me encantam,
Me tiram da cama, me atiram na lama,
Me fazem sofrer, me fazem entender,
Me preparam pra vida, me ensinam a viver.

Qual o fulgor reluzente de uma vida crua,
Que na flor da idade, se forma e se prepara,
Para expulsar o fruto, aos reclames da lua,
Ao vento enfrenta, e ao riso mascara.

O riso me chega na hora que “pega”,
Em pleno choro eu esboço um sorriso,
Tal o peito sofrido que não se entrega,
No meio da tormenta, vive no paraíso.

A fúria do vento, me motiva ao combate,
Reverencio e me encanto com a luta atroz,
Qual navegante no limiar de uma procela,
Com respeito e mestria, vence a fúria veloz.

A felicidade urge, mas, tem seu custo,
Tal a rosa que com o acúleo guarda a beleza,
Entre a atonia e a vitória existe a dura luta,
O que conta, nem sempre é o que encanta.



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