sábado, 17 de março de 2012

NINGUÉM NASCE PECADOR - 3ª PARTE

....CONTINUAÇÃO....


4 -  COMO INTERPRETAR AS PALAVRAS: 


                               PERDIDO  e   ARREPENDIDO

 

Vejamos outros ensinamentos:

 

4.1 - AO INGRESSAR NA FASE DA CONSCIÊNCIA O HOMEM SE PERDE:

 

“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.  Lucas 19.10

 

“e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido”. Lucas 15.6

 

“E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido”. Lucas 15.9

 

“porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se”. Lucas 15.24

 

“era justo, porém, regozijarmo-nos e alegramo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado”. Lucas 15.32

 

Vemos que os versículos acima citados definem o homem como alguém que se perdeu. Ora, só se perde aquilo que se tem.  Ninguém perde aquilo que não tem.

 

Ex: Se eu tenho um relógio e vier a perdê-lo, posso dizer que perdi o relógio, contudo, jamais poderei dizer que perdi um relógio se eu nunca tive tal objeto.

 

O Senhor tem todas as ovelhas assim que elas nascem, porém vem o salteador e as arrebata. Vejamos o ensinamento:

 

“Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador”. João 10.1

 

“TENHO AINDA OUTRAS OVELHAS que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor”. João 10.16

 

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. João 1:11

 

“eis que todas as almas são minhas. Ezequiel  18.4a

 

O homem é de Deus e estava na presença de Deus ao nascer, porém se perdeu ao sair da presença do Senhor, quando atendeu os desejos carnais pecaminosos.

Todos indistintamente são de Deus e estão na presença do Altíssimo ao nascerem, mas se perdem logo que conhecem o pecado e isso acontece quando ingressam na fase da consciência.

Uma pessoa só se perde quando deixa o caminho certo e segue em direções incertas.

Perder o rumo ou a direção é uma conduta inerente a alguém que estava no rumo ou na direção certa. Isso sugere o seguinte:

 

1 - Deus cria a todos absolutamente perfeitos;

 

2 - Todos, após o nascimento, se- perdem ao ingressarem na fase da consciência.

 

3 - Alguns são achados ao aceitarem o sacrifício do Senhor Jesus Cristo.

 

4.2 - PARA VOLTAR A PRESENÇA DE DEUS O HOMEM PRECISA SE ARREPENDER DE SEUS PECADOS:

 

Tiramos as mesmas conclusões dos seguintes versículos:

 

“assim apareceu João, o Batista, no deserto, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados”. Marcos 1.4

 

“assim, apareceu João  Batista, no deserto, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados”. Lucas 3.4

 

“Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Lucas 15.7

 

“e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém”.

 Lucas 24.47

 

Obs. O arrependimento é uma atitude inerente ao reconhecimento de uma decisão tomada de forma errada, a escolha de um caminho errado ou a mudança de direção.

Isso sugere comparar a conduta de alguém seguindo no caminho certo, de repente muda de direção, mais adiante entende que tomou o caminho errado e se arrepende daquela decisão, retornando ao caminho certo.

 

Ex.: Uma mulher jamais poderá se arrepender de ter nascido com olhos negros se deles não gostar, uma vez que nascer de olhos negros não foi uma decisão inerente a sua vontade, ela já nasceu com olhos negros.

Mas poderá se arrepender de um dia ter posto lentes de contacto de cor verde para cobrir seus olhos negros, ao perceber que os objetos lhe prejudicam as vistas, pois a decisão de por as lentes foi exclusivamente sua.

 

Logo entendemos que uma pessoa só pode se arrepender de uma decisão que ela mesma tomou e o faz após reconhecer que errou.

Não cabe arrependimento por algo que alguém traz consigo desde o nascimento, muito menos se o erro vem desde a concepção.

Assim, fica incoerente dizer que uma pessoa já nasce pecadora e pretender que se arrependa de um pecado que não foi ela quem praticou.

Nesse caso, não caberia arrependimento, pois a pessoa já traria o pecado desde a concepção. Esse pecado não originou de sua vontade, o que é um pressuposto indispensável para que se opere o arrependimento.

Tal ensinamento é incompatível com as orientações de nosso Senhor, que pregou o Evangelho do Arrependimento.

A mesma sugestão podemos utilizar, da seguinte forma:

 

1 - Todos, ao serem concebidos ingressam na vida absolutamente, limpos e puros;

 

2 - Todos, logo após o nascimento, deixam o caminho certo sendo atraídos pelo pecado;

 

3 - Muitos após ouvirem a pregação do evangelho se arrependem e voltam para Jesus.

 

Note-se outro ensinamento:

 

“Eis que isto tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas os homens buscaram muitos artifícios”. Eclesiastes 07.29

 

Como podemos ver, todos são criados perfeitos, mas se desviam ao lhes chegar o entendimento.

 

Assim, por tais ensinamentos, mais uma vez concluímos que ninguém nasce pecador.

 

5 - DAS CRIANÇAS O PERFEITO LOUVOR:

 

Os ensinamentos a seguir citados também revelam essa gloriosa verdade, até aqui explicada:

 

“e perguntaram-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e de criancinhas de peito tiraste perfeito louvor?”. Mateus 21:16

 

“Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus”.

Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de maneira nenhuma entrará nele.

Marcos 10. 14 e 15.

 

Os ensinamentos acima nos demonstram que o louvor das criancinhas é perfeito dizendo ainda que delas é o Reino de Deus.

Eis uma demonstração clara de que as crianças que ainda vivem a fase da inocência, não são pecadoras, isso porque o novo espírito que Deus nelas inseriu ou insere ainda é puro e santo.

Ora, a Palavra de Deus nos ensina que o Senhor não ouve a pecadores.

 

“sabemos que Deus não ouve a pecadores;   mas, se alguém for temente a Deus e fizer a sua vontade, a esse ele ouve”. João 9: 31

 

Logo, não existe nenhuma coerência em dizer que o pecado das crianças não é levado em conta pelo fato de serem crianças, vivendo ainda na fase da inocência.

Deus não suporta o pecado independentemente de quem o pratique, seja por uma criança inocente ou não.

Isso é incompatível com o caráter divino. Deus jamais, ao julgar esse ou aquele caso, irá usar dois pesos e duas medidas. Deus é único. Deus é perfeito. Deus é justo.

As crianças inocentes quando faltam nessa fase, são salvas não pelo fato de serem crianças inocentes, mas porque ainda não pecaram.

Ora, por tais ensinamentos entendemos que, uma vez que Deus recebe e se agrada do louvor das crianças, e para elas escancara as portas do Céu, as tais não são pecadoras, e não são porque o espírito nelas inserido, recém-criado, ainda é puro e santo, e assim será até o dia em que ingressarem na fase da consciência, quando então acabarão pecando porque isso acontece com todos.

 

Note-se mais ensinamentos proferidos pelo próprio Senhor Jesus:

 

“Vede, não desprezeis a nenhum destes pequeninos; pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêm a face de meu Pai, que está nos céus.

[Porque o Filho do homem veio salvar o que se havia perdido.]

Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir buscar a que se extraviou?

E, se acontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram.

Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes pequeninos”. Mateus 18.10-14

 

Aqui o Senhor coloca o assunto com uma clareza marcante. O texto por inteiro nos fala do cuidado de Deus com as crianças disponibilizando anjos para as guardarem e por elas intercederem incessantemente. O versículo 14 (quatorze), ensina claramente que o Altíssimo não quer que as tais se percam.

Ora, se Deus não quer que as crianças se percam, isso equivale dizer que enquanto crianças inocentes, as tais não se perderam, e se não se perderam, é porque sobre elas não paira nenhum jugo de pecado, logo ainda não pecaram.

 

Por conseguinte, se as crianças inocentes não são pecadoras, é porque ninguém nasce pecador, o que confirma tudo que já temos dito.


CONTINUA.....

 

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