segunda-feira, 12 de março de 2012

MORTE E RESSURREIÇÃO ESPIRITUAL DE JESUS CRISTO - PARTE 1


Devido à grande controvérsia envolvendo o tema em destaque, decidi importá-lo de meus livros e fazê-lo presente também aqui no blog.

 

É impressionante a incompreensão dominante envolvendo esse tema, o que nos leva a identificar o “dedo” de satanás agindo de forma sutil, de maneira que as pessoas não o percebam e induzindo o povo de Deus ao equivocado entendimento, como ao final detalharemos.

 

Haveremos de identificar aqui, uma das mentiras de satanás no coração da igreja.

 

Assim sendo, passamos a demonstrar como está posto em nosso primeiro livro.

 

A Crucificação de Jesus:

 

Eis um momento inesquecível para todo cristão a crucificação de Jesus, o brado de dor, de solidão e o abandono do próprio Pai: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

 

Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Mateus 27: 45-46

 

A crucificação acarretou ao nosso Salvador: morte física e morte espiritual:

 

1 - Morte Física: fim do homem Jesus Cristo.

 

“Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. Marcos 15.37

 

“Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou”.  Lucas 23:46

 

“Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. João 19 : 30

 

2 - Morte espiritual:  Morte do Deus Jesus Cristo.

 

Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Mateus 27:45-46

 

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido?

Deus meu, eu clamo de dia, porém tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego. Salmo n. 22.1-2

 

“Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram”.

Cordas do Inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.

Na minha angústia invoquei o Senhor, sim, clamei ao meu Deus; do seu templo ouviu ele a minha voz; o clamor que eu lhe fiz chegou aos seus ouvidos. Salmo n. 18. 4-6

 

“Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”. Salmo n.16.10

 

Vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos. Hebreus 2.9

 

Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

 João 10.11

 

Note-se que, embora os salmos acima citados tenham sido escritos por Davi, o texto do cap. 18.4-6, nos fala de alguém que enfrentou a morte, e somente Jesus foi capaz de enfrentar e vencer a morte.

O servo de Deus precisa entender que o salmista Davi era uma figura de Nosso Senhor Jesus e muitas vezes foi usado por Deus para expressar situações vividas por nosso Salvador.

A interpretação dos versículos acima mostra claramente que nosso Salvador foi ao inferno de fato. Logo, morreu espiritualmente.

O texto de hebreus 2.9 nos mostra que o Senhor foi feito um pouco menor do que os anjos por causa da paixão da morte. Ora, o texto não pode estar falando de morte física, pois os anjos não compartilham um corpo físico. O texto nos fala da morte espiritual de Jesus.

Em João 10.11, o Senhor afirma como Bom Pastor, que dá a sua vida pelas suas ovelhas. Ora, a vida é o próprio espírito. Quem fala é o espírito e não o corpo.

Ao ser crucificado, pesaram sobre o Senhor os nossos pecados vitimando quem jamais conheceu ou praticou iniqüidade, eis por que o grito de dor: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”. Todo o Salmo 22 nos mostra de forma clara o sofrimento de nosso Salvador e no que Ele foi transformado por nossa culpa.

Deus não suporta o pecado e seu caráter de justiça não Lhe permitiu poupar nem Seu próprio filho. Vejamos os versículos 1,2 e 6 do mesmo Salmo:

 

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?  Por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido?

“Deus meu, eu clamo de dia, porém tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego. Salmo n.22.1-2

 

“Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo.”   Salmo n. 22.6

 

Aí está uma pequena amostra do terrível sofrimento que vitimou nosso Senhor por nossa causa.

Observe que todos os nossos pecados foram postos sobre o nosso Senhor Jesus e naquele momento, carregado pelas nossas iniqüidades, aconteceu a terrível separação do Pai, porque o pecado acarreta a separação de Deus e conseqüentemente a morte espiritual.

Note-se que um corpo não reclama, não fala. Quem fala ou reclama ou sente, é o espírito.

A dor, o sofrimento e as lamentações acima citadas no salmo n.22 foram produzidas pelo espírito de nosso Senhor no momento em que, cheio de nossos pecados, ficou separado do próprio Pai.

 

A separação de Deus é a morte espiritual.

 

Outro fato inquestionável sobre a morte espiritual de Jesus, se acha registrado no capítulo 12 do livro de Êxodo. Vejamos:

 

“O cordeiro, ou cabrito, será sem defeito, macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras”,

e o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; e toda a assembléia da congregação de Israel o matará à tardinha:

Tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambos os umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem.

E naquela noite comerão a carne assada ao fogo, com pães azmos; com ervas amargosas a comerão.

Não comereis dele cru, nem cozido em água, mas sim assado ao fogo; a sua cabeça com as suas pernas e com a sua fressura.

Nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimá-lo-eis no fogo. Êxodo 12.5-10.

 

O texto nos mostra o sacrifício do Cordeiro e constitui uma das figuras mais completas sobre a obra redentora de Nosso Salvador, correspondendo a instituição da páscoa do Senhor com a saída do povo de Deus do Egito.

É impressionante a riqueza de detalhes oferecida nos versículos 8 , 9 e 10 marcando a intransigência do Senhor com relação a carne do cordeiro, que não podia em hipótese alguma ser ingerida crua ou cozida, pois, simbolicamente, a mesma estava contaminada por nossos pecados.

O Cordeiro teria então, de ser assado para depois ser ingerido e tudo que dele sobrasse deveria ser queimado no fogo, única maneira de purificar a carne e eliminar o mal.

Observe que o ato de assar o Cordeiro constitui um passo seguinte ao sacrifício do mesmo, ou seja: após ser morto, o animal deveria ser submetido ao fogo ou a um intenso calor a fim de que sua carne ficasse assada ou purificada para o consumo.

Eis aí um mistério impressionante. O cordeiro, após ser morto, teria de passar pelo fogo e tudo que dele não fosse ingerido deveria ser queimado totalmente.

Aí está o prenúncio do sofrimento de nosso Salvador. Jesus, após ser crucificado e morto fisicamente, iria enfrentar o fogo da ira de Deus por conta de nossos pecados que Ele levou sobre si, e isso equivale à morte espiritual ou à separação momentânea do Pai, porque logo depois foi ressuscitado.

Vemos aí que o real sofrimento de Cristo veio na verdade após a sua morte física na cruz do calvário.

Ora, tudo que aconteceu com o nosso Senhor após a sua morte física, foi suportado pelo Deus Jesus Cristo e não pelo homem Jesus Cristo, pois a morte física determina o fim da parte humana do Senhor.

Assim como o metal precioso para ser purificado precisa passar pelo fogo a fim de que sejam queimadas todas as impurezas nele contidas, o nosso Senhor que é “ouro puríssimo” precisou ser submetido ao fogo da ira de Deus para que nele fossem queimados todos os nossos pecados, as nossas impurezas que foram postas sobre o DEUS JESUS CRISTO, que na verdade é a PALAVRA DO SENHOR.

O salmo n. 18 versículos 4 a 24 nos mostra o Senhor suportando o fogo da ira do Pai cujo endereço não era Jesus, mas eram os nossos pecados que estavam depositados no filho amado, o qual após sofrer o furor de Deus foi por Ele ressuscitado.

 

O entendimento equivocado envolvendo esse tema me faz demorar na exposição do assunto.

 

Ensinar que o sofrimento de Jesus não foi além de seu corpo físico, e se limitou ao martírio imposto pelos romanos até a crucificação, é diminuir e depreciar a obra redentora de nosso Salvador.

 

Nesse sentido, outra figura impressionante evolvendo o completo sacrifício do Senhor, vem nos socorrer. Precisamos ficar atentos às revelações importantíssimas do Espírito Santo. Vamos ao capítulo 16 do livro de Levítico:

 

“Também tomará os dois bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da revelação”.

E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma pelo Senhor, e a outra pelo bode emissário.

Então apresentará o bode sobre o qual cair a sorte pelo Senhor, e o oferecerá como oferta pelo pecado;

mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário será posto vivo perante o Senhor, para fazer expiação com ele a fim de enviá-lo ao deserto como bode emissário. Levítico 16.7-10

 

“Depois imolará o bode da oferta pelo pecado, que é pelo povo, e trará o sangue o bode para dentro do véu; e fará com ele como fez com o sangue do novilho, espargindo-o sobre o propiciatório, e perante o propiciatório;”

e fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, sim, de todos os seus pecados. Assim também fará pela tenda da revelação, que permanece com eles no meio das suas imundícias.

Nenhum homem estará na tenda da revelação quando Arão entrar para fazer expiação no lugar santo, até que ele saia, depois de ter feito expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. Levítico 16.15-17

 

Quando Arão houver acabado de fazer expiação pelo lugar santo, pela tenda da revelação, e pelo altar, apresentará o bode vivo;

e, pondo as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessará sobre ele todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, sim, todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á para o deserto, pela mão de um homem designado para isso.

Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para uma região solitária; e esse homem soltará o bode no deserto.

 Levítico 16.20-22

 

“... e o bode da oferta pelo pecado, cujo sangue foi trazido para fazer expiação no lugar santo, será levado para fora do arraial; e lhes queimarão no fogo as peles, a carne e o excremento”.

 Levítico 16.27

 

Aqui, o sacrifício do Senhor vem representado por dois bodes. Um deles foi oferecido como oferta pelos pecados do povo e o outro representa o bode emissário encarregado de conduzir os pecados para uma terra solitária. Ambos foram apresentados a Deus na porta da tenda da revelação, Levítico 16.7

Aí está uma figura completa sobre todo o sacrifício de nosso Salvador, cuja explicação assim procedemos:


CONTINUA.....

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