segunda-feira, 12 de março de 2012

MORTE E RESSURREIÇÃO ESPIRITUAL DE JESUS CRISTO - PARTE 2


...CONTINUAÇÃO.....

 

 

Aí está uma figura completa sobre todo o sacrifício de nosso Salvador, (Lv. 16), cuja explicação assim procedemos:

 

 

 

1 - O Primeiro bode:  


Entendemos que esse animal representa o homem Jesus Cristo e foi oferecido como sacrifício pelos nossos pecados.

 

“Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; Heb. 10.5

É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre. Hebreus 10.10

e mais: Lev. 16-15 - I João 2.2 e 4.10 e Rm. 3.25, Lc 22.19, Ef. 5.2

 

De fato, somente o homem Jesus Cristo, que jamais conheceu o pecado, poderia oferecer em um único ato uma oferta agradável ao Todo Poderoso e resolver de vez a situação de todos os pecadores em todos os tempos.

O homem Jesus Cristo se resumia a seu corpo físico.

Esse corpo foi preparado pelo Criador, como nos ensina o versículo de Hebreus 10.5, para que nele habitasse o Seu Filho amado o Deus Jesus Cristo  Lucas 1.32 e 35.

Referido corpo teria de ser conduzido desde o nascimento até a cruz do calvário absolutamente imaculado, sem cometer qualquer tipo de pecado, pois somente dessa forma poderia agradar ao Todo Poderoso e assim ser aceito por Deus como oferta em sacrifício pelas iniqüidades de todos os seres humanos.

 

Note-se que o sacrifício em si somente, não resolveria a situação do pecador que continuaria a conviver com o mal. Esse mal precisaria então ser retirado e conduzido para longe e sofrer o justo castigo.

 Após a oferta sacrificial do homem Jesus Cristo, um trabalho infinitamente mais penoso ainda teria de ser realizado.

O pecado tinha de ser retirado e conduzido ao inferno que é o lugar certo para o seu justo destino e essa dolorosa tarefa somente podia ser realizada pelo Deus Jesus Cristo, como mais adiante veremos.

Como já dissemos o primeiro bode representa o homem Jesus Cristo, e foi oferecido a Deus como oferta pelos pecados do povo.

Cabe destacar que Deus nos apresenta duas figuras completas, ensinando-nos com clareza, de que maneira ocorreria o sacrifício de seu Filho amado. São elas:

 

1 -    O Cordeiro da páscoa mencionado no livro de Êxodo cap. 12 referido anteriormente;

 

2 -    Os dois bodes citados no livro de Levítico cap. 16 que ora apresentamos.

 

A propósito, o número 2 (dois) representa o número da verdade e da confirmação.

O número 3 (três) nos fala da manifestação do Senhor.

Por duas vezes o Criador nos falou através de figuras usando animais, ensinando-nos como seria o sacrifício de seu próprio filho.

 

No terceiro ato sacrificial ocorreria a manifestação do Criador e  envolveria então o próprio Senhor, o Cordeiro de Deus.

 

Assim o Senhor Jesus foi crucificado e seu corpo oferecido a Deus em sacrifício por nossos pecados e o Pai o recebeu e se agradou da valorosa oferta (Hebreus 10.10), razão porque esse corpo físico nunca mais foi visto.

Ao ser ressuscitado de entre os mortos Deus providenciou um corpo glorioso para o Seu amado filho.

Note-se que o corpo físico do Senhor nada tem a ver com o corpo glorioso que recebeu, ao ressuscitar (I Coríntios 15.44).

O Corpo físico do Senhor Jesus, santo, puro e imaculado, Deus para Si o tomou, recebendo-o como oferta pelos pecados da humanidade (Hebreus 10.10).

O capítulo 15 de I Coríntios nos define com absoluta clareza o episódio da ressurreição de Jesus. O povo de Deus precisa se inteirar profundamente sobre esse precioso ensino sagrado.

 

A seguir, relacionamos alguns versículos do citado capítulo e outros textos sagrados esclarecendo essa questão:

 

“Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”. I Coríntios 15.20

 

Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme o Seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas. Filipenses 3.20,21

 

“Assim também é a ressurreição, é ressuscitado em incorrupção”.

Semeia-se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraqueza, é ressuscitado em poder.

Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual. I Coríntios 15.42-44

 

Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.

I Coríntios 15.50

 

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”. João 6.63

 

Pelos versículos acima citados, entendemos que o corpo físico após a morte nunca ressuscitará. Jesus ressuscitou num corpo espiritual glorioso assim como acontecerá com todos aqueles que o aceitarem como único e suficiente Salvador e partirem desta vida antes da segunda vinda de Cristo.

 

2 - O segundo bode ou o bode emissário: 

O texto nos mostra com absoluta clareza que esse animal representa o Deus Jesus Cristo, o filho amado do Todo Poderoso, o Espírito de Nosso Senhor,  veja o destaque: 

Assim aquele animal levará sobre si todas as iniqüidades deles para uma terra solitária” Lev. 16.22. 


É impressionante a co-relação existente entre esse texto e os seguintes versículos:

 

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido” Isaías 53.4

 

No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1.29

 

Observe que o segundo animal foi apresentado vivo após ter sido efetuado o sacrifício do primeiro, para que o mesmo conduzisse os pecados do povo para uma terra solitária.

De fato o espírito não morre, não se extingue como acontece com o corpo físico. Após a morte do homem Jesus - a parte física do Senhor - oferecido em sacrifício, o Deus Jesus Cristo - a parte espiritual do Senhor - continuava vivo e pronto para realizar a parte mais dura e mais dolorosa de Sua missão.

 

Façamos uma pausa para meditar na sorte daquele bode emissário. O animal foi conduzido a uma terra solitária, ficando absolutamente separado e isolado do convívio de seus pares, longe de tudo e de todos, certamente padecendo fome, sede, solidão e enfrentando o terrível calor do deserto durante o dia e o frio durante a noite e a ameaça constante de seres peçonhentos abundantes naquele triste lugar, berrando e circulando sem destino dia e noite. Eis uma cena insuportável até de se imaginar.

Que terra solitária era essa? Que lugar obscuro e estranho falando-nos de solidão e abandono seria esse?

Com certeza esse lugar insuportável até de se imaginar representa o próprio inferno e isso nos traz a memória os gritos do próprio Senhor Jesus no salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste, por que te afastas de mim, eu clamo de dia e não me ouves e de noite, mas não tenho sossego”.

O sofrimento daquele bode emissário foi na verdade uma pálida figura da dor e do sofrimento que vitimaram nosso Salvador, e nos mostra com clareza que o Deus Jesus Cristo foi levado ao inferno com os nossos pecados, ficando separado de Deus e a separação de Deus representa a morte espiritual e o salmo 16.10 nos confirma esse entendimento:

 

“Pois não deixará minha alma no inferno e nem permitirá que seu santo veja a corrupção”.

 

Vejamos em síntese o importante ensinamento do Espírito Santo de Deus.

No ato da crucificação do Senhor, com seu corpo físico já praticamente morto, Jesus tomou a seguinte decisão: 

Pai a Ti te entrego o meu Espírito” Lucas 23.46.

Esse ato do Senhor marcou o fim de seu corpo físico, a morte física do Senhor, o fim do homem Jesus Cristo que foi oferecido em holocausto por nós.

Deus Pai, após receber em oferta sacrificial o corpo de Jesus, inicia a segunda parte da obra missionária do Senhor.

 

Tendo sob Sua inteira sujeição o Filho amado, que lhe entregou o espírito cf lc 23.46, Deus fez cair sobre Ele todos os nossos pecados, exatamente como aconteceu com o bode emissário. (Levítico. 16.21 e Isaías 53.6).

 

“Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”.  II Coríntios 5.21

 

Uma vez carregado por nossos pecados, o Senhor foi conduzido ao inferno levando para o maldito lugar todas as nossas iniqüidades (Levítico 16.22 e Isaías 53.4 e 5).

 

Carregado por todos os nossos pecados, o Senhor suportou o fogo da ira de Deus no inferno (Êxodo 12.8, Isaías 53.4 e 5), ficando sua carne espiritual “assada” e preparada para servir de alimento espiritual para todos os seres humanos que viessem a aceitar o seu sacrifício (JO 6.53-54).

Note-se que a carne do primeiro animal, representando o homem Jesus Cristo, foi queimada (e não assada) para oferta sacrificial ao Criador (Lev. 16.27).  Veja também ef. 5.2

A Carne do segundo animal, representando o Deus Jesus Cristo, foi assada (e não queimada), pois somente assim poderia ser ingerida pelo povo (Êxodo 12.8).

 

Obs.: O intenso calor do fogo assa a carne e dela elimina todas as impurezas que representam os nossos pecados. Jesus Cristo suportou o intenso calor do fogo da Ira de Deus.

 

O Deus Jesus Cristo sentiu o fogo da ira de Deus, na  sua  própria   carne espiritual, eliminando dela todas as impurezas contraídas pelos nossos pecados que Ele levou sobre si. Isso significou momentaneamente a separação do Pai e, portanto, a morte espiritual.

NESTE PONTO CABE UMA OBSERVAÇÃO:

O sofrimento do HOMEM JESUS CRISTO na Cruz do Calvário ( os cravos, a humilhação, os ferimentos, etc),  representa apenas um pequeno prenúncio do grande e tremendo sofrimento que caiu sobre o  DEUS JESUS CRISTO, que precisou suportar o fogo da Ira do Pai, para que fosse queimado em sua carne todos os nossos pecados.

Após essa terrivel parte da missão do Senhor, cuja dor e o sofrimento foram caterizados em Cristo desde antes da fundação do mundo(Jo. 17.5), sua carne espiritual que fora contaminada por nossos pecados na Cruz do Calvário, alcançou um nivel máximo de pureza, com a eliminação de todo mal, ficando pronta para o consumo na forma de Jo. 6.53-54

É preciso entender que essa carne tão recomendada por cristo em Jo 6.53-54, nada tem a ver com o pão oferecido nos rituais recomendados por cristo por ocasião da ceia. Esse pão, representa o corpo físico de Cristo, e deve ser ingerido nas cerimônias dominicais, APENAS PARA RELEMBRAR O SACRIFÍCIO DO SENHOR NA CRUZ DO CALVÁRIO, como bem recomendou o Senhor.  

A carne tão recomendada por Cristo no texto citado acima, se refere a PRÓPRIA PALAVRA DO SENHOR, que é o próprio DEUS JESUS CRISTO, que foi contaminada por nossos pecados, mas purificada pelo fogo da ira do Eterno.

Note-se que nenhum ser humano jamais poderá suportar esse martírio, porque todos são pecadores e por isso quem não aceitar o sacrifício de Cristo terá de amargar o sofrimento no fogo eterno que é o próprio inferno.

O Deus Jesus Cristo, porque jamais cometeu pecado, conseguiu suportar e nesta terrível batalha contra a morte eterna e contra o inferno, que procuravam a qualquer custo tragar o Senhor por conta de nossos pecados que Ele carregava sobre si, saiu vencedor.

 Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno. Apocalipse 1.18

 

O texto sagrado acima nos mostra com letras garrafais que o inferno foi um campo de batalha do Senhor, portanto Jesus foi aquele lugar de fato, que representa a terra solitária para onde foi enviado o bode emissário (Levítico 16.20-22).

Concluímos aqui que o Senhor venceu a morte eterna, mas foi envolvido pela morte momentânea, esteve no meio dela e absolutamente cercado por ela (Salmo n. 18.4 e 5), mas foi ressuscitado. Ora, somente pode ser ressuscitado o que morreu.

Nesse ponto vale observar o seguinte:

 

1 -   O homem Jesus, o corpo físico do Senhor, como já demonstramos não ressuscitou, pois foi oferecido em oferta sacrificial a Deus;  Hb. 10.10; Lc. 22.19; Ef. 5.2.

 

Obs.: Não confundir o homem Jesus Cristo com a expressão “filho do homem”.

O Filho de Deus, o Deus Jesus Cristo ou o Espírito do Senhor foi também chamado de filho do homem, por ter ingressado na descendência do homem.

 

2 - Jesus ressuscitou num corpo glorioso, o mesmo que todos nós (os que o temos aceitado como único e suficiente Salvador) receberemos um dia, pois seremos semelhantes a Ele;

 

Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas. Fil. 3.20,21

 

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos.  I João 3.2


ESPECIAL ATENÇÃO PARA O TEXTO SAGRADO ABAIXO:

 

Olhai as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como percebeis que eu tenho. Lucas 24.39

 

Obs:   A grande controvérsia envolvendo esse versículo, bem como a outras passagens tratando do mesmo assunto nos evangelhos, se explica definitivamente com as seguintes escrituras sagradas:  Gn. 18 e 19.1-4, 32.24, Heb. 13.2; Ef. 5.2; I Cor. 15.44.

             Precisamos entender que Jesus Cristo bem como os seres angelicais possuem a propriedade de se materializar quando bem lhes aprouver.


  Precisamos frisar bem esse aspecto:  


  O CORPO FÍSICO DO SENHOR JESUS NÃO RESSUSCITOU, E NÃO PODERIA RESSUSCITAR , UMA VEZ QUE FOI CRIADO ESPECÍFICAMENTE PARA SER OFERTA A DEUS POR NOSSOS PECADOS (Hb. 10.5).


A RESSURREIÇÃO DO SENHOR JESUS OCORREU APENAS NO SEU ESPÍRITO.

 

Não podemos esquecer ainda as propriedades e leis naturais que regem a natureza.

Entendemos por meio desses ordenamentos naturais que um corpo físico não pode atravessar paredes, e quando os discípulos estavam em lugar absolutamente fechado, o Senhor se apresentava no meio deles, sem que lhe fosse aberta uma porta, isso nos ensina claramente as Escrituras.

É claro que não há limites para Deus fazer milagres, e se quiser fará o que para nós é impossível, no entanto, por todos os ensinamentos que estão contextualizados nas Escrituras, os ensinamnentos de Moisés e dos profetas,(LC 24.25-27), prevalece a orientação de que o corpo físico do Senhor não podia mais estar com Ele após sua morte, pois foi oferta por nossos pecados.

Jesus tinha naquele momento e com Ele está até hoje, um corpo espiritual glorioso, corpo esse que todos nós (os que aceitarem o sacrifício do Filho de Deus na cruz do calvário) também teremos.

 

3 - Quem ressuscitou de fato foi o Espírito de nosso Senhor, logo esteve morto, ainda que momentaneamente.

 

E Deus Pai, ressuscitou o Filho amado, porque era puro e jamais cometeu pecado algum (Salmo 16.10: 2.7 e Isaías 53.11).

 

Vejamos, agora o seguinte texto sagrado:

 

“Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados”. Efésios 2.1

 

O Senhor assumiu a nossa condição (a nossa condição era de mortos espirituais), para que nós assumíssemos a Sua condição (a Sua condição era de vida com abundância). Logo, Jesus morreu espiritualmente para nos dar a vida espiritual.


CONTINUA......

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