sexta-feira, 31 de outubro de 2014

VAIDADE... TÔ FORA




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Oh! Vaidade atroz, que quer me atirar nos desatinos,
Quer alongar as fronteiras dos desvarios,
Quer me fazer avançar pelo desconhecido afora,
E me distanciar do próprio chão em que moro.


Oh! Vaidade atroz, que não mede consequências,
Que em cada feito, atropela os caminhos da ciência,
Que no delírio da ilusão rompe as aparências,
E sem constrangimento algum, zomba das evidências.

Oh vaidade atroz que se apega a coisa nenhuma,
Transforma o inocente num gigante desavisado,
Faz o simples dormir enganado,
E escraviza quem não estiver ligado.

Por sua causa o homem perde a linha,
Esquece o princípio que tinha,
Rouba o fruto da própria vinha,
E se afeiçoa a uma vida mesquinha.

Você que se aproxima sorrateira,
Chega sem falar besteiras,
Tenho uma má notícia a te dizer:

Saiba que aqui não cabe você.




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