quinta-feira, 16 de outubro de 2014

UMA TARDE DE VERÃO







O universo começa a conspirar,
A natureza se ajeita no seu lugar,
Um manto sagrado se estende,
Para o fim do dia esperar.

Uma revoada de garças anuncia,
O horizonte aflito se prepara,
Um espetáculo único no fim do dia,
Uma luz dourada se exibe diante do meu olhar.

Que maravilha meus olhos veem!
Como descrever tamanha beleza?
Como me enquadrar "se estou tão aquém",
Da exuberância da natureza.

No suspiro do dia que finda,
Exausto por um calor ardente,
O sol, libera as cores mais lindas,
Na hora de "refrescar a mente".

No contraste com a imensidão,
Reflete na lâmina da água,
Partículas de generosidade e gratidão,
Que em meus solícitos olhos deságuam.

Meu coração dispara no pulsar da emoção,
O espírito vibra e deixa escapar um grito,
Numa força sobrenatural alcança o infinito,
Que traz o sublime abstrato, e deixa na minha mão.

Um apaixonado inconteste eu sou,
Por tudo aquilo que Deus criou,
Mas, o “Por do sol” é encantador,
Numa tarde de verão, em um dia de calor.

Os sonhos se multiplicam,
No limite da imaginação,
E no infinito se encontram,
Dando corda ao coração.


Ainda mais e muito mais porque,
O admirador irrequieto se aproxima,
E se insere em toda beleza que vê,
Pois, tudo é parte do seu próprio ser.

Sendo parte de tanta perfeição,
A criatura pode voar na imaginação,
Pois é possível, com fé no coração,
Abraçar aquilo que está tão distante da mão.

O êxtase que inspira essa contemplação,
Deve se refletir no cotidiano de cada irmão,
Bem como o fascínio que a natureza exibe,

Numa maravilhosa TARDE DE VERÃO.

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