sábado, 13 de setembro de 2014

A CARNE DO CORDEIRO - PARTE FINAL




CONTINUAÇÃO....



O ensinamento a seguir vem corroborar tudo que já temos dito:
“E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita”. Romanos 8.11

                Aí está o responsável pela imunização do ser humano: o Espírito Santo de Deus que nele habita, o qual, além de proporcionar inúmeras bênçãos de ordem espiritual, se encarrega de vivificar nossos corpos mortais, protegendo-os de todo tipo de mal, como já temos falado no início deste capítulo.
 
                Repetindo aqui, o ensinamento citado no início deste capítulo:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.  I João 1 . 9
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”.
 I João  2 . 1

3  -  O Castigo na carne do  Cordeiro:   

Algo me chamou a atenção no trecho das Escrituras Sagradas que trata da crucificação do Senhor Jesus. Refiro-me às atrocidades das quais foi vítima nosso Salvador no Seu corpo físico.
                A palavra de Deus nos ensina que a remissão do pecado ocorre quando acontece o derramamento de sangue, como nos ensinam os textos abaixo:
               
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. Hebreus 9 . 22

“pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados”. Mateus 26 . 28

Como vemos, o perdão dos pecados está ligado ao derramamento de sangue.
                Concluímos daí que, para a salvação da alma, não haveria necessidade de se impor ao nosso Senhor tantas atrocidades físicas, estando ele ainda vivo e assistindo todo o martírio que lhe era imposto.
                Sabe-se, todavia, que o sofrimento espiritual do Senhor foi infinitamente superior ao físico e sua morte espiritual foi necessária para salvar o pecador, redimindo o espírito humano. Morte espiritual significa separação de Deus e foi exatamente isso que aconteceu com o Nosso Salvador na Cruz do Calvário quando foi contaminado com os nossos pecados.

O seu sacrifício físico jamais salvaria o nosso espírito.

                Assim, entendo que esse sofrimento físico do Senhor teve o objetivo de prevenir todas as nossas dores e todas as nossas enfermidades e danos diversos que pudessem atingir o nosso corpo físico,
ou seja:

Sacrifício espiritual: Salva o nosso espírito para a vida eterna.
Sacrifício físico:               Representa as nossas dores, as nossas enfermidades já castigadas em Cristo.
  
Nesse ponto é oportuno evocar o profeta messiânico que assim nos ensina:

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”. Isaías  53 . 4
                                               
Assim deduzimos que, além da salvação de nossa alma, e das inúmeras bênçãos conquistadas na Cruz do Calvário, Cristo também levou naquele ato, todas as enfermidades:


“Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos;
   para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças”. Mateus 8 . 16-17 

Como vemos, o sofrimento físico de nosso Senhor na cruz do Calvário teve o objetivo de carregar sobre si todas as nossas enfermidades. Sabemos que o sofrimento espiritual de Cristo nos assegurou a vida eterna e a glória futura.
                Logo, o verdadeiro crente, que anda nos caminhos do Senhor, que segue os ensinamentos da palavra de Deus, que procura fazer a vontade do Todo Poderoso, que confessa sempre seus pecados cometidos, não tem que carregar em seu corpo qualquer enfermidade, uma vez que Cristo já as levou na cruz do Calvário, é necessário, todavia que tenha fé como nos ensinou o Senhor: “Se creres, verás a glória de Deus”. ( João 11.41).

                Todo crente precisa entender esse grande mistério. Enquanto não tiver completo entendimento não saberá pleitear essa bênção que já foi conquistada na cruz do calvário.

                Cabe explicar que o pecado, qualquer que seja (não existe pecado pequeno ou pecado grande – para Deus tudo é igual).  Uma simples mentirinha, ou um pequeno ressentimento que se retenha no peito contra um semelhante, tudo isso é um erro que representa uma brecha ou uma porta aberta para o aparecimento de algum tipo de dano na vida da pessoa que o tenha praticado.
                Ao praticar tal erro, a pessoa deixou de fazer a vontade de Deus, consequentemente saiu da sua presença, deixando a área de proteção, ficando vulnerável às ações do maligno.
                Ora, como pode alguém pretender as bênçãos do Altíssimo, se achando no meio do pecado e dele jamais se arrepender? Se de fato aceitou o sacrifício do Senhor na cruz do Calvário, a pessoa será salva, porém viverá aqui nesta terra em constantes tribulações e colecionando derrotas por estar longe da presença de Deus.
                Não raramente acontece de irmãos que nutrem a vida inteira uma inimizade ou um ressentimento represado impedindo-os de praticar um relacionamento perfeito com o semelhante, muitas vezes isso acontece com membros de uma mesma família. Mas a despeito de tudo isso, esses irmãos estão sempre na igreja e até pregando a Palavra ou tomando a ceia do Senhor.
                Esses irmãos não estão na presença do Senhor, porque não estão praticando a sua vontade.   

                Tais pessoas somente conseguirão ingressar novamente na presença do Senhor se confessarem e se arrependerem desse ou de qualquer outro pecado cometido e assim voltarão a gozar, ainda aqui na terra, de todas as bênçãos que Cristo para nós conquistou.
                Eis por que muitas orações não são respondidas por Deus. A pessoa pratica o pecado, depois quer voltar a presença do Senhor, sem confessar ou se arrepender do erro cometido. Jamais o Senhor a ouvirá.
                Se confessar o pecado cometido e dele se arrepender, o Senhor a ouvirá e, se foi acometido por algum tipo de enfermidade, poderá ser curado conforme nos ensina a Palavra do Senhor:

“Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor;
“e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação”. Tiago 5 . 14-16
 
                Após todos esses argumentos, nossa convicção não poderia ser outra. O crente que anda na presença do Senhor, que procura sempre fazer a sua vontade, que busca se alimentar constantemente com a carne do cordeiro, que é a palavra de Deus, que não se desvia dos caminhos do Todo Poderoso, e que se desviar, logo confessa o pecado cometido, está sob a proteção do Altíssimo e nada de mal jamais lhe sobrevirá.
Vejamos o seguinte texto Sagrado:

“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.
 João  16.33

                Observe que tem aflição aquele que está no mundo ( ou em pecado). Quem está no mundo (ou em pecado) não está na presença de Deus.
Disse o Senhor: “Para que em Mim tenhais paz”. Somente terá paz aquele que está em Cristo ou na presença de Deus.  Quem está em pecado (ou no mundo) não está na presença de Deus, mas está no mundo, logo além de não ter paz não terá a proteção divina.

                Observe ainda os seguintes salmos:
                                              
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”. Salmo n. 46.1
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará”.
“Direi do Senhor: Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”. Salmo n. 91.1-2

Segundo o dicionário definimos as palavras:

1             -  Refúgio : Lugar para onde alguém foge em busca de segurança, abrigo.
2             -  Esconderijo: Lugar onde alguém se esconde.
3             -   Fortaleza    : Fortes, castelos, segurança.

Observe que o Senhor nosso Deus é o nosso refúgio, nosso esconderijo, nossa fortaleza, um lugar de proteção fora desse mundo tenebroso e cheio de tribulações.
                Assim, servir ao Senhor dos Exércitos, obedecer a sua palavra e andar nos seus caminhos, além de garantir a vida eterna e inúmeras outras bênçãos, assegura a certeza de saúde e longos dias de vida aqui na terra.  
                Para encerrar este capítulo, cabe-me buscar no Autor de Provérbios a confirmação de todos os argumentos aqui apresentados:


“Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instruções.
Não se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro do teu coração.
Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo”.  
  Provérbios 4 . 20 – 22




A CARNE DO CORDEIRO - O ALIMENTO QUE SALVA O ESPÍRITO E PRODUZ SAÚDE PARA O CORPO.

Nenhum comentário: