sexta-feira, 10 de abril de 2015

DESVENDANDO MISTÉRIOS











Gosto de desvendar o desconhecido,
O que é estranho, nunca foi meu preferido,
Não sei, na sombra da noite ficar, escondido,
Mistérios me deixam, pela curiosidade vencido.

Aprecio o belo e me apaixono pelo clarão do dia,
A noite me lembra de coisas que afastam a alegria,
A autenticidade é meu forte, e a prática do dia-a-dia,
Não gosto de viver no escuro e busco a luz que alumia.

No apagar das luzes o desconforto me toma,
A nitidez do meu caráter, me faz evitar a cama,
Dormir no silêncio, com uma voz que proclama,
Sonhar acordado, pela intenção que reclama.

Um barulho inexistente soa em algum lugar,
Um sinal indicando, mais do que o que tem no olhar,
Uma mente fértil, capaz de muito multiplicar,
De simplicidade não vive, quem vive de enganar.

Por traz da cortina existe um universo escuso,
Tramas bem construídas algumas de forma espúria,
Concretadas com sutileza, na base do abuso,
Quem silenciosamente exibe, sua obscura astúcia.

Boas intenções existem no mundo misterioso,
Projetos cultivados por um ser mais auspicioso,
Que no segredo, implanta seu formato cauteloso,
Acaba achando a vitória, quem pelo bem é zeloso.

Mas o jogo silencioso é sempre muito apertado,
Termina vencendo a queda aquele que fica calado,
Que na tranquilidade da consciência, atua domado,
Mas quem gosta de enganar acaba sendo enganado.

Com sutileza meus atos combatem o despautério,
Procuro falar a verdade, não brinco com o que é sério,
Faço romper a tona, a riqueza do melhor minério,

Me divirto na misteriosa tarefa de desvendar MISTÉRIOS.

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