sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MORTO POR QUATRO DIAS - 1ª PARTE

     
             

               DANDO SEQUÊNCIAS AS MINHAS REFLEXÕES BÍBLICAS, FAÇO CONSTAR AQUI NO BLOG, EM  6 PARTES,  MAIS UM ESTUDO QUE FIZ A ALGUNS ANOS.
             





         O capítulo 11 do evangelho de João nos proporciona uma estreita sintonia entre a mensagem nele contida e toda a obra missionária de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ressaltando de forma marcante o ensinamento mais forte do evangelho, que é o amor, sentimento esse que levou o Filho de Deus a renunciar toda a Sua glória para salvar o pecador.

O versículo 4 do mesmo capítulo revela que o Senhor tinha um propósito todo especial com o advento da ressurreição de Lázaro:

“Jesus, porém, ao ouvir isto, disse: Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.  João 11.4


Assim entendemos esse fato que tanto marcou o evangelho, cujos ensinamentos passamos a identificar:


1 -  Aspectos da  obra missionária de Jesus:


         Destacamos a seguir alguns aspectos que revelam a citada co-relação com a obra missionária de Cristo. Vejamos:

a)   A Morada de Deus:

  
Em João 1.38-39, encontramos uma informação muito importante:
        
“Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram-lhe eles: rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde MORAS?”
 Respondeu-lhes: Vinde, e vereis. Foram, pois, e viram onde morava; e passaram o dia com Ele; era cerca da hora décima”.  JOÃO 1.38,39

Verificamos que o lugar onde Jesus morava, naquela época, chamava-se “Betânia”, e se localizava além do Rio Jordão. Em João 1.28 e 10.40 encontramos tal confirmação.
O Capitulo 11 de João inicia com o relato sobre a existência de um outro lugar, também chamado Betânia, que era a aldeia de Marta, Maria e de Lázaro.
Betânia, a itinerante morada terrestre de Jesus, distava de Jerusalém cerca de aproximadamente 50(cinqüenta) km e ficava além do rio Jordão, enquanto que Betânia, a aldeia de Marta, Maria e Lázaro, localizava-se a apenas 3(três) km daquela mesma cidade.
Concluímos pelo estudo do texto, que o Senhor se achava em Sua própria morada quando recebeu a notícia de que Lázaro estava enfermo, e esse detalhe adicionado a outros que a seguir veremos, permite-nos a importante associação:

Assim como o Senhor saiu da sua morada celeste para vir ao mundo salvar o pecador, também saiu de sua casa terrena para ir ressuscitar o estimado amigo Lázaro.


b)   A manifestação no terceiro dia:

                   Outra importante semelhança esta registrada no versículo 6 :

“Quando, pois, ouviu que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde se achava (Sua morada)”. João 11.6

Mesmo após saber que Lázaro estava enfermo, Jesus ainda ficou dois dias em sua casa e saiu ao terceiro dia para ir socorrer o amigo, tendo gastado quase dois dias mais, até chegar ao destino e quando chegou, já encontrou um morto de quase quatro dias.
        
Esse fato nos conduz a uma informação mais remota, na qual vamos verificar que Nosso Salvador, mesmo já sabendo, desde antes da criação do homem, que teria de vir salvar o pecador, enfermado e morto pelo pecado, ainda permaneceu no céu por 2 milênios.
Deus começou a manifestar-se exatamente no terceiro milênio da era humana, quando chamou Abraão da terra de Ur dos caldeus e já em Isaque filho de Abraão, nos mostrou uma maravilhosa figura de Cristo, que passou ainda por José, Moisés, Josué, Sansão e Davi, tendo essa preparação durado ainda quase dois mil anos mais, até a encarnação definitiva de nosso Senhor, quando o mal já reinava por quase 4(quatro) mil anos.
Aí está outra semelhança, considerando que um dia para Deus é como mil anos ou vice-versa, assim os quase 4(quatro) mil anos até a manifestação de Jesus na terra, correspondem também aos 4(quatro) dias da morte de lázaro .

c)   A crucificação:

Outro aspecto importante, também registrado no mesmo capítulo 11 de João, diz respeito à morte e crucificação do Senhor.
Jesus demonstrou claramente que, antes de ir ver Lázaro necessitava passar pela Judéia (Jerusalém) e com isso simbolicamente, estava nos falando de sua morte e crucificação. Os versículos a seguir nos trazem essa informação:

“Depois disto, disse a seus discípulos: Vamos outra vez para Judéia”.
 Disseram-lhe eles: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?
 Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos seus condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.
 João 11. 7, 8 e 16
        
Tomé nos proporciona a importante informação: “Vamos nós também para morrermos com Ele”.
  Ora, após o advento da ressurreição de Lázaro, Jesus ainda operou milagres e realizou inúmeras viagens antes de retornar a Jerusalém, onde seria crucificado, portanto, a declaração de Tomé foi, na verdade, uma ação do Espírito Santo, confirmando o propósito embutido no contexto da mensagem, como parte da obra missionária do Senhor.
Assim concluímos, a partir dos versículos citados que, antes de operar o maravilhoso milagre na vida daquele amigo, simbolicamente Jesus foi morto em Jerusalém e Lázaro, para ser ressuscitado, teve de aceitar o sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário, da mesma forma que todo pecador que está morto espiritualmente também precisa aceitar a Jesus como único e suficiente Salvador se quiser ser ressuscitado. 



d) A oportunidade de salvação passa com a morte física:


Nos versículos a seguir relacionados, o Senhor nos deixa um importante recado:

“Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo”;
 mas se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.
João 11.9,10

Encontramos no texto acima a mesma informação contida em João 9.4:
“Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar”. João 9.4
                  
         Jesus é a luz do mundo, e todo pecador precisa aceitar o Seu sacrifício na Cruz do Calvário enquanto vida física tiver; caso venha a falecer sem ter Cristo como Salvador, terá de enfrentar a segunda morte espiritual ou a perdição eterna.




CONTINUA.....

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