terça-feira, 24 de julho de 2012

O REINO DOS CÉUS E O GRÃO DE MOSTARDA

            Examinando a parábola abaixo, proposta pelo Senhor , como está em Mts. 13.31-32



           "O reino dos céus e semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; o qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, e a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vem as aves do céu, e se aninham nos seus ramos".

            Deixamos de examinar aqui aspectos inerentes a cada espécie vegetal, por achar irrelevante, até porque o Senhor sempre se utilizou de várias espécies de plantas arbóreas ou não, para nos trazer diversos ensinos.
             Creio que a essência do presente ensinamento, está na forma de como se desenvolvem os vegetais em geral, e não na espécie em si., até porque, uma hortaliça (mostarda) sendo uma espécie de dimensões rasteiras e de frágil consistência, não pode se transformar numa árvore, muito menos de grandes dimensões, o que seria uma anormalidade. Vejam as referências bíblicas (Mr 4.5,7,8,28,29 ; Mt. 7.17,18,19,12.33, 17.20, 21.19 ; Lc 17.6, 23.31; Jo. 12.24 ; I Cr. 15.37;Os 2.22; etc).

           O grão que todos nós conhecemos, seja ele de mostarda ou de qualquer outra espécie, é composto por uma parte sólida e VISÍVEL que podemos chamar de “carne” e uma parte INVISÍVEL, impregnada na composição do grão, germinativa que germina quando cai na terra .
            Essa partícula que germina, quando o grão entra em contato com a terra, logo começa a ganhar forma e se tornar VISÍVEL e recebe inicialmente o nome de “Broto” e depois vai crescendo até se tornar numa grande árvore ou qualquer outra espécie do reino vegetal.  
                A parte carnosa da semente serve de alimento para o “broto”, até que cresçam as suas raízes e possa então se alimentar sozinho.
            Associando o assunto, podemos afirmar que o “broto” é a vida e corresponde a parte espiritual das sementes, que no Reino Vegetal se transformam em grandes árvores.
            No Reino Animal, a semente é o corpo carnal e o “broto” dessa semente, é o espírito que germina dentro do animal e no ser humano cresce se transformando numa grande árvore espiritual que produz frutos bons e maus.
              Conclui-se daí que a árvore ou as espécies vegetais, representam graficamente o espírito, ou seja: Quando estamos diante de uma árvore ou qualquer outra planta, podemos dizer que ali está graficamente representado um espírito. 

             É importante observar que todo tipo de grão quando é lançado no solo, precisa ser coberto com a terra (enterrado) e que ocorra a morte da semente, pelas seguintes razões:

                    1  -   Se a semente após ser lançada no solo, permanecer visível, poderá ser ingerida pelas "Aves do céu";
                      2  -   Se não ocorrer a morte da semente, ficará ela só, não germinará e por fim apodrecerá;
                      3  -   Ocorrendo a morte da semente, haverá germinação e produção de muitos frutos (Joao 12.24: I Cor. 15.37).
                É curioso observar que uma vez, morta a semente e consequentemente ocorra a germinação, com o nascimento do "broto" e desenvolvimento da planta, NÃO SE VERÁ MAIS A VELHA SEMENTE, em seu lugar somente podera ser contemplada, UMA PLANTA, OU UMA ÁRVORE.  


                No Reino dos céus, o processo é semelhante.
           
             O Pecador, precisa enterrar a sua velha natureza (Batismo com Cristo na Cruz do Calvário), e morrer definitivamente para o pecado. Eis aí a única possibilidade para que haja salvação, e frutificação na vida do convertido.

             Quando o Pecador, ao tomar uma "decisão" de seguir uma vida nova com Cristo, deixa de enterrar alguma parte de sua velha natureza, (algum desejo carnal ou fraquezas represadas), surgem as "Aves do Céu"(espíritos imundos, hostes espirituais da maldade), e tomam conta daquela pessoa, impedindo que ocorra a verdadeira conversão e consequentemente deixa de haver salvação naquela vida, e tal pessoa passará seus dias enganando os irmãos, se dizendo um crente, mas jamais poderá produzir bons frutos, pois ainda não se converteu de fato.
               É necessáraio então que ocorra, absolutamente a morte da velha natureza (Mt 16.24; Mr 8.34),  E ESSA NÃO SEJA MAIS VISTA na vida do novo convertido, que deverá doravante, ANDAR EM ESPÍRITO, NA SUA CONFISSÃO DE FÉ, SEGUINDO SEMPRE AS PEGADAS DO SENHOR.     

                Note-se que a decisão de "enterrar" a velha natureza, precisa ser praticada diariamente, pois essa "MORTE", ocorre apenas em nosso entendimento (Rm 12.1-2; Gl 2.20), uma vez que essa "velha natureza" manipulada por satanás, estará sempre diante de nós, tentando impedir o nosso melhor desenvolvimento, enquanto neste mundo habitar.

                 O ser humano (plantação de Deus) quando chega na terra, é como a semente vegetal que é jogada no chão (Plantação do homem). Ambos se desenvolverão por algum tempo até que alcancem a maturidade. Tempestades, ventanias, tormentas de toda sorte, problemas de toda natureza virão afrontar as espécies que após atingirem a maturidade começarão a dar frutos, bons ou maus.

               É extremamente curioso observar que no Reino Vegetal a planta , em toda a sua existência, buscará insistentemente e a todo instante pela Luz do Sol, que nada mais é do que uma figura de Cristo, e sem essa luz, ela não sobriverá.

               O ser humano também depende, da mão protetora do Senhor 24 hrs por dia, precisando sempre da Luz do Senhor e quando o homem vira as costas para o Criador, ele viverá nas trevas e sem luz e morto espiritualmente.

             Fisicamente, o ser humano gerará novos filhos - as nossas sementes, como a árvore do Reino Vegetal gerará novas sementes vegetais.
               Espiritualmente o ser humano produzirá frutos bons ou maus segundo sua situação de sujeito ou não à vontade de Deus, e as sementes desses frutos gerarão respectivamente, salvação para a vida eterna ou seguirá o curso de satanás rumo ao inferno.
   Á arvore que, como já dissemos, representa graficamente o espírito, também produzirá frutos bons ou maus segundo a sua espécie. 
E quem ainda não teve a oportunidade de colher uma fruta madura no próprio pé e pode sentir o forte, desejável e agradável aroma que exala de sua polpa? Cujo cheiro tão forte é que chega a nos atrair, bem como aos pássaros e outros seres que chegam para disputar e degustar o manjar saboroso.
Assim é o homem ou a mulher que vive na dependência do Senhor e ama “o fazer a sua vontade”, como soldado fiel que serve ao Senhor no Reino dos céus. O fruto dessa “árvore” produzirá um perfume extremamente agradável a Deus e aos homens e atrairá muitos pecadores pelo testemunho de sua conduta que representa a “polpa” da semente espiritual selecionada, e essa, nada mais é do que a Palavra de Deus germinando e produzindo em terra fértil, o coração verdadeiramente arrependido. 
O Homem ou mulher que não faz a vontade de Deus, inevitavelmente faz a vontade de Satanás e o fruto “polpa” dessa “árvore” faz mal ao espírito, como mal faz ao corpo a ingestão de frutas (polpas) de espécies vegetais não indicadas para o consumo e a semente desses frutos espirituais é a palavra de satanás que gerará homicídios, prostituição e todas as más obras da carne. 
            Como já demonstramos, os frutos espirituais podem ser classificados de duas formas assim definidas:

1        -  Frutos bons: Amor, caridade, solidariedade, paciência, mansidão, domínio próprio , tolerância, longanimidade, etc.

2        - Frutos maus: Iras, contendas, porfias, rancores, ressentimentos, prostituição, glutonarias, homicídios, mentiras, etc.

O ensinamento a seguir, nos ensina como identificar as “´árvores” (seres humanos) que estão ao nosso redor.

“Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?”
“ Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus”. Mateus 7.16,17
                                  
            Essa árvore espiritual cresce a partir da semente e como nos ensina nosso Senhor na parábola do grão de mostarda, “vem as aves do céu e se aninham em seus ramos”.
         A expressão “aves do céu” mencionada na parábola nos fala das hostes espirituais da maldade, de espíritos imundos (Lcs 9.58 e Mts 13.4,19), que vivem atormentando o ser humano, se aninhando em nossas mentes tentando insistente e abusivamente nos desviar dos caminhos do Senhor e nos trazendo problemas de todas as espécies.
Eis a explicação da parábola sobre o reino dos céus e o grão de mostarda.

Texto extraído do meu livro "Arvores que andam".




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