sábado, 20 de abril de 2013

COMO SE FORMA O ISRAEL DE DEUS - ÚLTIMA PARTE


.....CONTINUAÇÃO...



                                                                 ÚLTIMA PARTE





8 - Deus procura, observa e abençoa Jacó.  O Senhor jamais abandona o ser humano ou o priva de suas bênçãos.


Por amor às suas promessas feitas a Abraão e a Isaque, muitas vezes Deus socorria a Jacó, mesmo estando ele na prática de atitudes abomináveis à vontade do Criador.
Por amor às promessas que Deus faz a todo ser humano quando insere nele a sua imagem e a sua semelhança, o Senhor está sempre pronto a socorrer o homem mesmo que ele esteja longe de seu Criador. 

De fato o Senhor jamais se esqueceu de Jacó. Além de ter lhe mostrado o caminho da salvação quando lhe apareceu em sonho, ainda que o filho de Isaque, jamais tenha seguido suas orientações, Deus estava sempre por perto, e no momento em que houve de fato a possibilidade de ocorrer-lhe algum dano, pelas mãos de Labão seu sogro, o Criador logo se apresentou para proteger a sua criatura.
O Senhor jamais se esquece do ser humano e está sempre por perto pronto a lhe estender as mãos, abençoando e praticando o Seu infinito amor, misericórdia e longanimidade esperando pacientemente que ele se volte, arrependa-se de seus maus caminhos e receba a maior bênção de todas, que é a salvação de sua alma.


9 - Jacó em Peniel e sua impressionante decisão -  o homem precisa tomar uma decisão séria diante de Deus.


Uma vez superado o conflito com Labão, Jacó agora iria se deparar com uma situação muito mais grave.
Na verdade o neto de Abraão nem mesmo se preocupava tanto assim com o seu sogro, afinal ele era o pai de suas esposas e avô de seus netos, logo, por conta disso, não poderia lhe oferecer tanto perigo.
Mas a situação agora era bem mais grave. Jacó teria de se deparar com Esaú, seu irmão mais velho, que fora por ele enganado e traído, e o jurara de morte.
Ter de enfrentar Esaú era sem dúvidas um martírio para Jacó. Pensar na possibilidade de encontrar o irmão lhe causava um grande temor.
O medo o fez arquitetar estratégias diversas. Na primeira delas, enviou mensageiros ao irmão visando levar-lhe informações sobre suas peregrinações e enriquecimento, todavia, os mesmos mensageiros trouxeram de volta uma terrível notícia, dando conta de que Esaú já estava vindo ao seu encontro com cerca de quatrocentos homens.
Com essa última novidade, Jacó se desesperou de vez. Diz a Palavra que o filho de Isaque temeu muito e se angustiou sobremaneira. Tomado de intenso pavor, logo procurou repartir o povo que com ele estava bem como todo o rebanho, em duas partes, pensando ele que, no caso de Esaú tomar uma parte a outra se salvaria.

Certamente aquele foi o dia mais longo da vida de Jacó. Esaú trazia contra ele praticamente um exército composto quem sabe, de pessoas treinadas para a guerra enquanto que o povo que tinha a seu serviço eram apenas serviçais habituados a lide diária, além de mulheres e filhos. Jacó estava numa situação desvantajosa e preocupante.
Sem saber direito o que fazer, Jacó atravessou todo o povo e o rebanho pelo rio Jaboque, e em seguida se isolou num canto atormentado pelo pavor de a qualquer instante se deparar com o irmão enraivecido.
Recolhido naquele ambiente solitário, triste e desolado, finalmente Jacó buscou a presença de Deus.
Desde o dia em que fugira da casa de seus pais, o filho de Isaque jamais se voltara para o Senhor. Em nenhum momento enquanto viveu no exílio até então, o Patriarca se curvou aos pés de Deus, embora em algumas oportunidades se valesse do nome do Criador para justificar seus maus procedimentos.

Mas eis que agora Jacó se achava humilde aos pés do Senhor. O perigo eminente, o presságio sombrio deixou em pânico o velho patriarca, e isso o fez cair em si e se dobrar definitivamente aos pés do Senhor.

Uma batalha terrível se travou no mais profundo íntimo de Jacó. O conflito instalado no interior daquele homem iniciou naquele dia e adentrou à noite. Lá pelas altas horas, já de madrugada, sua luta se materializou contra um anjo, um mensageiro de Deus que o instigava de forma intensa.
Certamente naquela demanda tremenda o anjo de Deus trouxe à memória de Jacó todos os seus atos pecaminosos e mostrou a necessidade de renunciar toda a sua vida material, e se voltar inteiramente para o seu Criador.
A batalha não podia ser pequena mesmo, afinal não foram poucos os atos pecaminosos cometidos por Jacó.
Com certeza ele se lembrou da traição praticada contra seu irmão mais velho, a tremenda fraude contra o próprio pai, a destruição de sua própria alma naquele dia fatídico, as mentiras contra seu sogro deixando-o quase sem nada, o uso do nome de Deus para justificar suas falcatruas, etc.
O pecado estava bem ali agredindo o coração daquela criatura que, sentindo a forte presença de Deus, posso até imaginar e ver as lágrimas, encharcando o seu pranto, assustado e temeroso e o arrependimento gritando no seu peito amargo, tudo o atirava rendido aos pés do Senhor.
Aquela sublime oportunidade não podia ser desperdiçada, era a mão de Deus pronta a purificar-lhe de todo mal e o desespero se agigantava só de pensar na possibilidade de não receber a bênção que seu coração tanto almejava.
Num dado momento o anjo pretendeu se ausentar de Jacó. 
Com certeza algum projeto material ainda prendia o perverso coração do Patriarca impedindo-o de receber a maravilhosa bênção, mas pressentindo o perigo , o neto de Abraão se agarrou com todas as suas forças ao ser celestial não o deixando se ausentar e certamente chorando copiosamente clamava aos pés do Criador:

“Mostra-me Senhor, todos os meus erros a fim de que eu possa trazê-los aos Teus pés e vê-los queimados na Tua presença, eu quero ser abençoado, não me deixes, eu te imploro”.

O anjo de Deus vendo a verdade brotar no coração do Patriarca, da qual não podia jamais fugir, pois o Senhor não deixa de cumprir a sua maravilhosa promessa que consiste em honrar sempre a todos que dEle se aproximam com um coração puro e verdadeiro, resolveu marcar o filho de Isaque, ferindo-o na juntura da coxa, fazendo com que aquela criatura, andasse de uma forma diferente desde então.

E disse-lhe o Anjo do Senhor: “A partir de agora você não se chamará mais Jacó. Seu nome será Israel”.

Finalmente a maravilhosa bênção chegou. O anjo partiu e Jacó não era mais o mesmo. A paz, a alegria e a felicidade mudaram o seu semblante. O contentamento e a satisfação encheram de vez o coração daquele homem.
A marca inconfundível deixada pelo anjo fazia Jacó coxear, e andava mancando, mas isso parecia ser um instrumento de força e coragem e lhe causava intenso prazer.
Num sentimento de alegria e gratidão, Jacó resolveu marcar aquele momento quando sua vida foi mudada de vez, razão porque chamou aquele lugar de “PENIEL”, pois dizia: 

Estive face a face com Deus e a minha alma foi salva.

Em PENIEL Jacó virou Israel, e Deus operou salvação naquela vida.

Passado aquele momento majestoso, Jacó se lembrou de Esaú, e entendeu que precisava enfrentar seu irmão, nada obstante, o neto de Abraão agora era outro homem. Uma coragem impressionante tomou conta de seu ser, o medo e o pavor eram coisas do passado.
Num gesto, absolutamente distinto, Jacó se colocou na frente do povo, deixando todos atrás de si e assim seguiu firme e decidido em direção a Esaú. 

Agora sim, Jacó sentia a forte presença de Deus o acompanhando e nada mais temia.

Nesse momento, o mais inesperado aconteceu. Uma surpresa com a qual Jacó jamais podia contar. Veja-se a obra do Espírito de Deus: Esaú ao ver de longe Jacó, ao invés de se posicionar para a batalha e vingar-se definitivamente da traição que sofrera, correu ao seu encontro, abraçando-o e beijando-o calorosamente e choraram de alegria os dois irmãos.
A forte presença do Espírito de Deus no espírito de Jacó desde Peniel fez sucumbir a ira da carne que é Esaú, e desde então Israel sempre prevalecerá.
É curioso observar que, a partir do momento em que Jacó pecou enganando fraudulentamente a seu Pai Isaque, foi decretada a morte do espírito e desde então toda a sua tendência era carnal, todos os seus atos buscavam o objeto que satisfazia apenas aos interesses da carne e, por conseguinte estava sempre servindo a satanás.
Em PENIEL o espírito, ao se sucumbir a vontade de Deus, renunciando a todos os interesses materiais,  ganhou vida novamente, e numa postura altaneira e vencedora, fez sucumbir a carne, deixando para trás um passado negro ao qual jamais voltaria.

Assim foi Jacó. Assim foi e é todo ser humano. 

Ao ingressar na fase da consciência, o homem acaba pecando, o que acarreta a imediata morte de seu espírito, o que na verdade corresponde a separação de Deus.
Longe de Deus, todas as atitudes do espírito buscam tão somente os interesses materiais e o distanciam cada vez mais do Criador.
Mesmo assim, o Senhor estará sempre visitando-o e oferecendo-lhe a sua mão amiga, muitas vezes o protegendo de perigos diversos por Seu infinito amor e desejando que venha ao conhecimento da verdade e conquiste a salvação de sua alma.
Todo ser humano tem seu dia de “PENIEL” e experimenta muito de perto a voz do Senhor, mas infelizmente a maioria mesmo nos momentos mais difíceis da vida, quando ouve o chamado de Deus, rejeita sistematicamente a obra redentora do Filho do Criador, e infelizmente não recebe a maravilhosa bênção que é a salvação de sua alma, exatamente como aconteceu com Jacó.
Por outro lado, muitos se identificam com Deus em “PENIEL” e deixam ali todo passado pecaminoso, renunciando de forma definida e decidida todos os interesses materiais e se entregam completamente nas mãos do Senhor e quando isso acontece Deus opera salvação no espírito do homem e desde então deixa de ser JACÓ e passa a ser ISRAEL DE DEUS, e vejam só que importante revelação:

Jacó em PENIEL foi ferido na coxa e ficou marcado para sempre, passando a andar mancando, ou seja: 

Jacó nunca mais foi o mesmo.

Jacó passou a andar de uma forma diferente.

Todo ser humano quando aceita Jesus como seu único e suficiente Salvador é selado pelo santo Espírito de Deus e desde então passa a andar de uma forma completamente diferente, ou seja: 

Quando o homem tem um encontro verdadeiro com Cristo ele nunca mais será o mesmo. 

E passa a ter uma mudança de comportamento.

Assim concluímos a escultura de um ser humano, feita a partir dos ensinamentos sagrados, demonstrando como se forma o verdadeiro Israel de Deus.



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