sexta-feira, 24 de agosto de 2012

LÁGRIMAS DO CRIADOR


 A alegria incontida diante de tantas maravilhas da criação, me faz cada vez mais vibrante e  parto em busca do ensino mais profundo, intransigente e  obstinado, mas de repente um ponto obscuro e inexplicável retém os meus olhos, reduz os meus passos e trava os meus pensamentos.
Algo absolutamente distante e destoante de tudo que contemplo me chama a atenção.
Intrigado e perplexo eu me aproximo e percebo as marcas do sangue pisado na extensão do firmamento, com muitas lágrimas misturado.
Por quê? Pergunto estremecido, Porque meu adorado Criador esse desastre foi acontecer?
Justamente no ponto mais alto da Criação uma terrível mancha se instalou. Não podia o poder supremo impedir o feito nefasto?
Oh! Meu adorado Criador a Tua obra maior foi contaminada, porque? Porque? Porque? Eis a Insistente indagação deste humilde observador.
Nesse paroxismo intrigante, estacionado no endereço distante, perplexo sem poder seguir adiante, Tu me respondes com a voz embargante, tão doce e com a ternura marcante, que nasce abundante, no Teu trono de graça, meu adorado Criador.
Entre tantos atributos destinados a Tua obra-prima, o livre arbítrio se destaca de forma impressionante.
No meio da informação sagrada, sinto a Tua voz embargada ingressar nos meus ouvidos atentos, dizendo-me melancolicamente:



“Meu filho..., tudo entreguei nas mãos do ser humano que criei. Dei à obra prima dos meus feitos a autoridade absoluta e a ela sempre destinei a intensidade do meu amor e Eu respeito as suas decisões.
Ao criar o homem, diante dele coloquei a vida e a morte.
Apresentei as diretrizes sagradas que deveriam ser seguidas cuja correta observância proporcionaria a vida perfeita e abundante, mas a desobediência acarretaria inevitavelmente a morte.

Conhecendo as consequências de uma e de outra opção, ainda aconselhei:
“Escolha a vida para que vivas”.
O homem desobedeceu e isso foi uma atitude espontânea, contra a qual nada posso fazer.
Não posso tirar a autoridade que Eu mesmo dei, ainda que me doa tanto, ver os efeitos do mal feito naquilo que foi criado perfeito.
Nos dias de sua vida na carne o ser humano é senhor de si mesmo. Por mim, que sou Deus, foi criado e como deus o homem viverá. Seus atos serão sempre respeitados.
A desobediência gerou a morte e isso fez sangrar meu coração de Pai; uma dor profunda atingiu a minha alma e nem a lamina mais afiada, cortante e impiedosa na carne tão frágil, pode sequer imitar o sofrimento atroz que me trouxe o ato nefasto e as lágrimas encheram o meu pranto.
Embora, como Deus que sou nada pode me doer mais forte do que a morte do meu amor, que na dimensão do infinito se estende por um grito no sangue goticulado que deveria ser apenas suor.
A dor produziu a lágrima e o pavor da solidão que vinha me trouxe antes uma terrível agonia, que nenhum sofrimento pode medir, nem sequer, de muito longe exprimir a dimensão das trevas, no meio das quais, por tanto amor, Eu desci.
A morte operou inevitavelmente, a separação e a perdição eterna passou a ser o destino do meu feito maior e algo extremamente penoso precisou ser realizado.
Com o coração sangrando, na extensão da tragédia me envolvi, meu querido e amado filho sempre obediente estava logo ali pronto a corrigir o dano, mesmo sabendo que para aperfeiçoar o imperfeito, da vida precisava sair.
Morto, na morte não podia viver a obra mais cara das minhas mãos.
Nas trevas, enegrecido ficou o endereço de todo o meu amor. Isso me levou a tomar a decisão mais dura, o ato mais triste que se mede pela dor suprema muito além de sua imaginação, para reparar o feito que ao mundo inteiro contaminou.
Para trazer da morte o morto, Eu mesmo tive de morrer, na pessoa do meu Unigênito filho. Isso explica o ponto obscuro de sua observação.
As marcas de sangue que viste, representa o sangue derramado na cruz do calvário, ato que foi feito exclusivamente para salvar a sua alma e a alma de todo pecador.
O espaço negro permanece para que todo ser humano seja lembrado um dia, da obra redentora de Meu filho amado, e a dor persiste, com as lágrimas no sangue vertidas, porque muitos continuam no pecado e longe da minha presença não aceitando o sacrifício feito na cruz.
Com o pecado e a morte de toda a humanidade, Meu filho Jesus seguiu ao inferno, mas, Ele era puro e jamais pecou pelo que superou a morte e o inferno e de lá retornou vitorioso, proporcionando vida a todos que aceitarem a substituição feita no Calvário.



Vejo meu amado Criador, que a morte de Seu filho, marcou o ponto negro da criação e de toda a divindade, mas a ressurreição do Senhor trouxe de volta a perfeição suprema e coroou de glórias e de honras o feito mais forte das Tuas mãos e satanás envergonhado ficou no próprio ato de imperfeição que foi aperfeiçoado na extremidade do Teu amor.
OH Senhor de todas as coisas, capacita-me a falar sempre, de Ti e do Sacrifício que Teu filho fez na Cruz do Calvário, para todas as pessoas, mostrando a elas que Jesus Cristo é o único caminho que conduz a vida eterna e a solução para todos e quaisquer problemas existentes na vida do ser humano.

GLÓRIAS ETRNAS SEJAM DADAS AO SENHOR

TEXTO EXTRAÍDO DO ARTIGO:  TRIBUTO AO CRIADOR de minha própria autoria.

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