domingo, 24 de agosto de 2014

BRAÇOS ABERTOS









A bela notícia chegou, a festa vai começar
o corre-corre aumenta p'ro enxoval procurar
o coração ansioso quase não pode esperar
nem se conter de alegria, até o hora chegar

eis que chega o dia, a hora esperada afinal 
o mundo vai conhecer um novo ser inocente
com absoluta pureza, total ausência do mal
guardado o dia todo, pelo Autor competente,

O ambiente do Lar, aumenta suas fronteiras
os vizinhos todos se unem na grata emoção
o povo da rua visita, colabora na mamadeira
o casal se complementa com tamanha união

mas eis que chega um "sábio", trazendo complicação
insere na autoridade néscia que recebe sem investigar
um outro ensinamento, que contamina o tenro coração
e em quem jamais se viu maldade decidem o mal imputar

porque o mal me impõe? perguntaria o ser inocente
se pudesse falar nessa hora, com certeza assim diria
me deixem escolher, quando eu entender minha mente
não tirem precocemente a decisão que seria só minha

Quem disse foi o Senhor não adianta insistir
na fase da inocência, o mal não pode entrar
guardada pelo Autor, que jamais vai permitir
o ato do malfeitor, enquanto nessa fase ficar

mas um dia vai chegar na vida de cada pessoa
não sei se logo cedo ou o tempo que vai durar
a bela fase da inocência, e os dias de vida boa
certo é, todavia, que essa fase um dia vai acabar

Um belo dia bem cedo, o sol ainda no seu lugar
uma luz brilhou no horizonte tem algo novo no "ar"
alguém sai a procura, do que tanto se faz notar
é a fase da CONSCIÊNCIA que acaba de chegar

Essa fase traz com ela o conhecimento do bem e do mal
Como a Árvore que está no Jardim, cheia dessa ciência
a mesma antiga ordem se ouve:Ingerir essa fruta é fatal
o homem não se dá conta e cai na mesma desobediência

Não se iluda amigo que lê, a árvore de que tanto se fala 
nada mais é do que o inimigo de Deus, a serpente do mal
que aguarda insistentemente modificar a ordem que cala
toda proposta maligna, que procura mudar o que é natural

Uma vez instalada a desordem, a sedução que ao homem levou
a dura separação de Deus, eis a morte, é o prêmio do Malfeitor  
a desobediência criada, gera a expulsão da presença do Criador
ao homem resta agora viver na morte, que em sua vida instalou

Apesar da distância criada que ao homem fez perecer
na presença de Deus o ser humano não pode ficar
mas na presença do homem Deus vai sempre conviver
socorrendo-o e de braços abertos, esperando ele voltar 

Ainda na tenra idade, brota a consciência forte
De tantos obstáculos que na vida irá encontrar
Mesmo sem saber que já vive seu dia de morte
Ainda assim a batalha se impõe, é preciso lutar  

A bravura, a garra de quem não desiste
Sente a ajuda de quem não se ausentou
Avança, rompe, supera e na luta insiste
Sufoca e sobrepuja a ação do malfeitor

Os dias se passam e as riquezas se juntam
Do ouro da prata, do cobre e outras também
Mas o maior troféu nessa batalha tão dura
Com certeza é a alegria de se praticar o bem

Nem todos experimentam a mesma sorte,
Bem cedo o mal começa a dominar a mente
De tantos que sobrevivem na linha da morte
São miseráveis que permaneceram doentes

Desses que vegetam no submundo da miséria
Buscam a todo instante a presença do enganador
Preferem abraçar diariamente a ilusão da matéria
Dispensando com ações e gestos a mão do Criador

Todos que sofrem as agruras do tempo
Pouco sabem da vida ou nada podem saber
Não querem a fonte segura, viveram ao vento
O coração padece e o corpo vai padecer

Todos que deixaram a vida, na fase da inocência
Mendigos, pobres, miseráveis, ricos e milionários
São nutridos diariamente, pelo pão da aparência
Ração de porco que o inimigo dá aos seus criados

Infelizmente muitos perecem no reino da primeira morte
Não quiseram abraçar a Luz, preferiram seguir seu norte
E ao sair do mundo material, vão repetir a mesma sorte
Agora sem volta, as trevas eternas, a sua prisão mais forte

Mas glórias a Deus porque são tantos que abraçam a luz
Ouvem o insistente chamado, preferem andar bem perto
Entendem a importante obra redentora do Senhor Jesus
Retornam ao Pai que espera  a todos sempre de braços abertos

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