domingo, 3 de maio de 2009

O FICTÍCIO JARDIM DO ÉDEN








Certamente a presente definição surpreende ao estimado leitor.
Isso é compreensível, afinal sempre fomos ensinados a venerar esse “Jardim do Éden” como um território, mais do que maravilhoso, que existiu num tempo remoto em nosso mundo material, no qual habitaram os dois primeiros seres humanos da terra.
Aí está a expressão genuína que consigo extrair do Escrito Sagrado, sem a ingerência de qualquer outra fonte.
O astuto inimigo que já atormentava ao homem desde a sua criação, portanto, coabitava com ele no Jardim do Éden, tratou logo de inverter a direção sagrada no coração do ser humano.
Deus é espírito (Jo. 4.24). O Senhor é espírito (II Cor. 3.17). Deus não é carne. Logo, a imagem e a semelhança do Criador, que trazemos em nosso ser, se referem tão somente ao espírito e nada absolutamente nada tem a ver com a carne, exceto no aspecto visual apenas.
Essencialmente o homem é um ser espiritual que mora num corpo e não um corpo que tem um espírito.
A vida é o espírito. O corpo é apenas a residência do espírito. Logo, o ser humano não é um ser material, embora nesse mundo, para sobreviver, necessite constantemente da matéria.
Na inversão dessa ordem de importância se instala a desorganização do sistema psíquico, numa manobra maligna e sutil que faz sucumbir os interesses espirituais em face das pretensões materiais, posicionando a obra-prima de Deus numa rota sem chão, sem norte e sem horizonte.
Na escolha de uma dessas duas direções, está o segredo que determina a posição do ser humano diante de Deus: a espiritual localiza o homem na presença de Deus e a material o afasta de seu Criador.
Certamente alguém poderá, insistir dizendo: “Mas eu sei disso e vivo na direção espiritual”.
Nesse caso precisamos investigar se os ensinos que recebemos ao longo da vida, que alimentam nossos sonhos, determinam nossos passos e definem as nossas condutas, foram de fato proferidos nessa mesma direção.
Dessa investigação certamente resultará muitas surpresa e uma delas diz respeito ao tão falado “Jardim do Éden”.
De fato, o sutil Malfeitor, começou a agir muito cedo.
Na verdade o golpe fatal veio sobre Eva, que logo seduziu seu companheiro. Depois, o que Satanás fez foi apenas intensificar sua ação destruidora sobre quem lançou suas garras tão afiadas e uma vez de posse do poder usurpado e adquirido de forma ilegal, passou a ditar as regras e estabelecer as diretrizes malditas que vieram nortear a conduta de cada um, que sucedeu ao primeiro habitante da terra.
O feito macabro afastou de nosso campo de visão, o verdadeiro sentido da vida, tirou de nosso ambiente o sabor da vida abundante, afastou de nossos limites a paz duradoura e a felicidade plena, e pior ainda, transportou-nos para um universo inferior, acorrentando-nos no submundo da miséria e das trevas mais espessas, onde ele é o imperador absoluto.
Nesse território infame, o rasteiro inimigo - poderoso e dono absoluto da situação - passa o tempo inteiro, promovendo lavagens cerebrais nos seres humanos, incutindo em nossas cabeças: “Tudo que é material é melhor, é imediato, você pode ver logo o resultado, etc.”, e ao mesmo tempo, trabalha intensamente visando impedir o nosso interesse pelos assuntos espirituais, corrompendo o nosso ego e criando uma espécie de sinal de alerta em nosso organismo, que acusa e repele sempre a aproximação do perfeito caminho.
Ora, quem vive na miséria sonha com a fartura, quem está no deserto anseia por um oásis, quem se encontra doente almeja a saúde, e quem habita no meio das trevas, anseia desesperadamente por um pouco de luz.
Habitando nesse território tão inferior e absolutamente separado da vida, o homem passou a idealizar um lugar maravilhoso para se viver, um mundo encantado, um paraíso de fato, mas aqui no seu universo material, onde veria operar sempre a sua natureza imediatista, e Deus, seria um ser afeito aos seus pequenos anseios, dado aos seus caminhos e chegado aos hábitos que alegra a sua natureza carnal.
Assim o homem (Não o Servo de Deus) idealizou um deus ao seu modo, um deus que acumulasse às funções sagradas a vontade “soberana” da criatura, sendo complacente com seus erros e que jamais lhe reclamasse a conduta.
A presença desse tipo de “Criador”, garantiria o ambiente ideal isento dos problemas que tanto enfrenta, das lutas que não o deixa, dos sofrimentos que nunca acabam nem dores, nem tristezas e nem as lagrimas que tanto verte na escravidão em que vive nos domínios de Satanás.
É obvio que o convicto Servo do Senhor não compartilha essa imaginação, pois, afinal crê e espera num Deus verdadeiro, no entanto, ainda não se deu conta e nem se livrou de todos os conceitos mitológicos, concebidos desde o princípio nas fronteiras de Satanás.
Nessa miragem inútil e mentirosa, surgiu então no subconsciente do ser humano o tão famoso “Jardim do Éden”. Um território terrestre, que supera todas as suas melhores expectativas de vida farta, em fim, um paraíso adequado aos seus interesses materiais.
Que lugar maravilhoso esse “Jardim do Éden”...seria de fato um sonho morar nesse lugar, que a mitologia, definiu como a morada de Adão, antes que ele permitisse o estabelecimento do reino maldito.
Esse “Jardim do Éden” tão venerado pelos homens, terrestre e essencialmente material, com as características de um MARAVILHOSO PARAÍSO,  não existe e jamais existiu.
Não da forma como vê o ser humano, que imagina, num ambiente físico e material, características celestiais.
Existe sim, um lugar maravilhoso e encantador e é na verdade muito melhor do que o tão falado e tão sonhado “Jardim do Éden” e muito melhor ainda: esse lugar esteve e está desde o princípio a disposição de cada ser humano que veio e vem ao mundo.

Esse lugar de onde Adão foi expulso após pecar é a Presença do Criador.

Logo não se trata de um território físico, mas de um ambiente espiritual. 

Adão foi expulso da Presença de Deus e não de um espaço terrestre, como sempre acreditamos. No sentido material, Adão continuou habitando no mesmo lugar, de onde jamais saiu, durante sua vida física.  Neste blog, temos outros artigos demonstrando que esse espaço físico, onde viveram os dois primeiros habitantes da terra, é aqui mesmo, onde todos os demais seres humanos habitaram e habitam até hoje.  
O território onde nossos primeiros pais viveram, FÍSICO E MATERIAL, se distancia do sonho e da fértil imaginação, que aqui defino como "fictício Jardim do Éden". 
Que me respondam aqueles que tanto proclamam a existência do “fictício Jardim do Éden”. Existe lugar melhor do que a presença de Deus? Poderia ser o “fictício Jardim do Éden” melhor do que a presença do Senhor? É obvio que não. ADÃO E EVA foram expulsos da Presença de Deus, mas continuaram morando no mesmo espaço físico.
Logo, não existe e nunca existiu "SEPARADO" em nosso planeta, esse tão falado “Jardim do Éden”, o que existe de fato é o nosso planeta, como um todo, que desde o início se chamou: JARDIM DO ÉDEN.






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