domingo, 2 de junho de 2013

OS SETE ESTÁGIOS DO CRENTE APÓS A MORTE - 1ª. PARTE



                   TRAZEMOS AQUI, MAIS UM TEMA DE GRANDE IMPORTÂNCIA E COM CERTEZA SERÁ DE GRANDE UTILIDADE PARA TODOS OS CRENTES E ATÉ DESCRENTES.
                         GRANDE PARTE DESTE ESTUDO FOI ELABORADA PELO IRMÃO JOSÉ BOECHAT PINTO, QUE JÁ NÃO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS, TENDO PARTIDO PARA O SENHOR, DEIXANDO BELOS ESCRITOS.  

                          O ESTUDO SERÁ PUBLICADO EM VÁRIAS PARTES, CORRESPONDENDO CADA UMA DELAS A UM ESTÁGIO DO CRENTE APÓS A MORTE.

ESTÁ É A PRIMEIRA PARTE.


                            

                                                            1ª  PARTE


                                                  O PARAÍSO TERRESTRE






            Em todas as direções em que buscamos entender os PLANOS DE NOSSO DEUS, encontramos a mesma PERFEIÇÃO e um desejo patente de nos fazer conhecedores dos SEUS GRANDIOSOS INTENTOS.
            O Senhor nunca nos deixa sem as Suas mais claras respostas, quando procuramos entender aquelas coisas que verdadeiramente precisamos saber.
            Com muita razão, ouvimos a sincera pergunta que muitos, pelos mais justos motivos, costumam fazer, quanto à posição ou ao lugar em que se encontram aqueles irmãos que já partiram para O SENHOR.
Outros, mais desalentados, desejam saber a posição ou o lugar em que se acham aqueles que morreram sem ter aceitado o EVANGELHO.
Alguns se afligem pela possibilidade de sermos ou não conhecidos, tanto dos salvos como dos perdidos ou se vamos ver ou não, pelo menos uma vez, aqueles que viveram no mesmo lar.
Outros, ainda, não sei se pouco instruídos, ou se mal instruídos, aventuram, um tanto temerosos, a pergunta não poucas vezes formulada:  O que significa?

“foi e pregou aos espíritos em prisão”? (I Pe 3.18-19),
e ainda:
“ Por isto foi pregado o evangelho também aos Mortos? I Pe 4.6.

Estas e outras perguntas são invariavelmente feitas por aqueles que ainda não têm se tranquilizado a respeito de todo o PORVIR do CRENTE.

PORTANTO, PODERÁ LHES SER ÚTIL, CONHECER: 


“OS SETE ESTÁGIOS DOS CRENTES APÓS A SUA MORTE”

            A fim de podermos entender de começo, que os vários estágios dos Crentes após a sua morte serão de uma bênção cada vez maior, diz-nos  Prv. 4.18:


            “ Mas a vereda dos Justos é como a Luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser         dia perfeito”.


            Isto haveremos de sentir, ao considerarmos tão sábias e benditas etapas pelas quais passarão aqueles que tiveram a bem aventurança de “dormir em Cristo”, desde o princípio da Criação.



1º. ESTÁGIO:   O PARAISO TERRESTRE




            Desde ABEL, o primeiro a entrar para o PRIMEIRO ESTÁGIO, até a RESSURREIÇÃO DE CRISTO, todos os que puseram a sua ESPERANÇA na PROMESSA DAQUELE que “esmagaria a cabeça da serpente”, eram levados pelos ANJOS, para o PARAÍSO TERRESTRE, uma parte do HADES, lugar no seio da TERRA.

            Referido lugar é dividido em três partes, são elas:

O PARAISO , O POÇO DO ABISMO no meio, e o INFERNO PROVISÓRIO,  para onde vão desde o princípio, as almas dos que não creram em CRISTO JESUS, o prometido no ÉDEN. (Gn 3.15).
            Foi naquele PARAISO TERRESTRE que um dia na CRUZ O SENHOR JESUS disse que estaria o LADRÃO ARREPENDIDO E CRENTE:

           “Em  verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no PARAÍSO”.

Para uma melhor compreensão, convém–nos abordar por um pouco de tempo aquele importante fato verídico, (e não parábola), do RICO e de LÁZARAO. (Luc. 18).

Ob.:

As parábolas têm sempre a expressão: Certo rei; certo homem; certa mulher; etc.

Quando o texto sagrado relata o nome de uma pessoa, estamos diante de um fato real e não de uma parábola.

LÁZARO, quer dizer: “Ajudado de Deus” e não morfético.  Sabemos pela própria escritura que ele não era leproso, pois os leprosos não podiam conviver no meio do povo; eram postos fora da cidade (Lev. 3.43-48; 1º. Reis  3.1).

LÁZARO, por possuir a ESPERANÇA DA PROMESSA, morrendo, foi levado pelos ANJOS para o seio de ABRAÃO, no PARAÍSO TERRESTRE, uma das três partes do HADES, e morrendo o RICO, foi para o INFERNO PROVISÓRIO, que é a outra parte, separada pelo POÇO DO ABISMO, porquanto ele era “ESPÍRITA”, pois conforme o seu diálogo com Lázaro nos mostra, ele “consultava os mortos”, e por isso não queria nada com MOISÉS e os PROFETAS, pois sabia da condenação  que o SENHOR lhe havia dado, pela palavra de MOISÉS e dos PROFETAS (Dt. 18.10-12;Is. 8.19-22).

Pela dramática aflição demonstrada, tarde demais; pelas palavras inúteis do RICO na presença de ABRAÃO, de LÁZARO e de todos os JUSTOS, percebendo que embora aquele PARAÍSO fosse um lugar esplêndido, ainda havia ali alguma coisa imensamente penosa, que era os SALVOS gozando as bênçãos do “seio de ABRAÃO” , presenciando a irreversível desgraça dos “PERDIDOS”.

Ali estava ABEL a presenciar os tormentos de CAIM, sofrendo as consequências de um caminho que ele mesmo escolheu, não aceitando a direção que a MISERICÓRDIA DE DEUS por duas vezes lhe ofereceu.

Ali estava NOÉ vendo em sofrimentos intermináveis, aqueles que o rejeitaram por cem anos a sua respeitável pregação.

Também ali estavam JACO  vendo os horrores a que seu irmão ESAÚ estava condenado para sempre, por causa da louca atitude  que tomou trocando a gloriosa bênção da PRIMOGENITURA  por um mesquinho prato de lentilhas, desprezando a incomparável glória de ser um dos ancestrais de CRISTO, pelo insignificante prazer de apenas um momento.

Ali estava também RUTE, a abençoada moabita, a ver a desditosa concunhada ORFA, a remoer inutilmente o pavoroso remorso de não ter, nas encruzilhadas de MOABE, acompanhado NOEMI, para ser participante das glórias de Israel.

Ali estavam também o bem aventurado LADRÃO, acolhido ao Seio de ABRAÃO, vendo o seu infeliz companheiro envolvido em terríveis sofrimentos ETERNOS, devorado de  irremediável remorso, por não haver, algumas horas antes, aceitado o que o seu companheiro aceitou.

ALÍ ERA O PARAÍSO, um excelente lugar, porém marcado pela “presença de cosias horrorosas, o que lhe valia ainda o nome de “CATIVEIRO”“.

Tinha aquele lugar uma dupla finalidade: Mostrar o seu terrível fim a todos os que morreram  sem amar a PROMESSA de Gn 3.15, como também mostrar aos anjos caídos, que participaram da corrupção humana antes do DILÚVIO, presos ali em frente, NO POÇO DO ABISMO, que era uma indiscutível verdade, que um dia nasceria AQUELE que esmagaria a cabeça da SERPENTE.

Foi por isto que, no dia da Sua morte, O SENHOR JESUS CRISTO, foi até àquele PARAÍSO, CUMPRINDO O QUE SE ACHAVA PROFETIZADO NO SALMO 16.10: “ Pois não deixarás a minha alma no INFERNO, nem permitirás que o TEU SANTO  veja a corrupção.

Confirmando essa gloriosa verdade, o Apóstolo PEDRO, falou a respeito da morte de CRISTO, e o que LHE  sucedeu nos três dias que antecederam a RESSURREIÇÃO, dizendo:

“ Mortificado, na verdade na carne, mas vivificado pelo ESPÍRITO,  no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão”. ( 1º. Pe 3.18-19).

Não foi uma pregação para anunciar a salvação, mas foi a proclamação da SUA VITÓRIA sobre todas as forças do mal.

            Todas as pessoas que, desde a ANTIGUIDADE, foram para o INFERNO, ouviram em vida, a promessa da SALVAÇÃO, è por isto que “foi pregado o Evangelho também aos mortos”, isto é, ( minha inclusão) aqui o texto não se refere a MORTE FÍSICA, mas a todos os mortos espiritualmente, o que é inerente a todo ser humano que não aceitou a obra redentora de  CRISTO.

            Com a saída de CRISTO do HADES, levando CONSIGO todos os seus REMIDOS que ali estavam desde o dia de ABEL, ficou pregado aos espíritos em prisão que a sua desgraça era mesmo para toda a ETERNIDADE.

            Desejando ainda o ESPÍRITO retirar qualquer sombra de dúvidas quanto ao ensino errado de que ali houve oportunidade de salvação, mostra-nos em 2º Pe 2.4, que ali não era lugar de perdão para alguém, dizendo que:

“DEUS não perdoou aos anjos que pecaram, mas havendo-os lançados no INFERNO, os entregou as cadeias da escuridão ficando reservados para o JUÍZO.

Portanto o PRIMEIRO ESTÁGIO no PARAÍSO TERRESTRE, era muito bom, mas ainda presenciava o constante “pranto e ranger de dentes”, e a aflição daqueles que inutilmente clamavam por uma gota de água( o que não vão receber) para refrescar-lhes a língua, pois, estão, e estarão para todo sempre “atormentados nesta chama”.


... CONTINUA....




Nenhum comentário: