....CONTINUAÇÃO....
B) Maria unge a Jesus antes da crucificação:
A
condição espiritual de Maria lhe conferiu outro privilégio muito importante: ungir
ao Senhor, pouco antes de sua crucificação.
Tal ação
de Maria mereceu do Senhor outro decreto, demonstrando a imortalidade
espiritual daquela mulher:
“Ora, derramando ela este
bálsamo sobre o meu corpo, fê-lo a fim de preparar-me para a minha sepultura.”
“Em verdade vos digo que
onde quer que for pregado em todo o mundo este evangelho, também o que ela fez
será contado para memória sua.” Mateus 26.12,13
A ação de
Maria foi, na verdade, única e não poderia mesmo ser realizada por qualquer
pessoa.
Tem-se a
impressão de que Maria sabia o que estava prestes a acontecer com o amado
Salvador e procurava consolá-lo no momento difícil, como faz uma irmã amorosa
com um irmão querido que está para enfrentar uma situação de dor ou de terrível
angústia.
Fico imaginando
que possivelmente a condição espiritual daquela mulher lhe assegurava uma
capacidade muito superior às demais pessoas, no sentido de compreender os
propósitos divinos e até antever aspectos importantes da obra missionária do
Senhor, o que a levou a antecipar-se e ungir o Salvador para a sua sepultura
prevendo já a sua morte, numa atitude absolutamente única e não entendida por
aqueles que a cercavam naquele momento.
Assim
concluímos que o comportamento de MARIA revela a condição possível a todos os
seres humanos de não passar pela morte espiritual, de alguém que escolheria a
vida e não experimentaria a morte espiritual, em que pese se tratar de um
estado jamais alcançado por qualquer pessoa.
2.2 - Morrer espiritualmente e não ressuscitar- aquele
que não crê na Palavra de Deus (João 11.25)- -
Situação vivida por Marta.
Em Marta
o Senhor nos apresenta um ser humano que vive condição espiritual extremamente
oposta àquela vivida por Maria.
Marta nos
fala da pessoa extremamente ocupada com as coisas materiais, absolutamente
distante da presença de Deus, que não se toca e muito menos se interessa pelos
ensinamentos do Senhor.
É
impressionante a desídia de Marta, que mesmo após ter presenciado o milagre do
Senhor ressuscitando o irmão, continuou distante de Jesus, atarefada e
dispersa, não dando a mínima importância àquele fato tão marcante.
A
dimensão daquela obra milagrosa realizada por Jesus foi tão forte que muitas
pessoas estranhas presentes no momento daquele fato histórico, as quais nenhum
parentesco tinham com a família, acabaram por aceitar a Palavra de Deus, e na
ceia de Lázaro já se reclinavam à mesa na presença do Senhor ávidas pelo
alimento espiritual no entanto,
MARTA, que era irmã do morto ressuscitado, não se tocou, não se interessou, nem se importou, permanecendo distante do Filho de Deus, ocupada com os seus afazeres.
MARTA, que era irmã do morto ressuscitado, não se tocou, não se interessou, nem se importou, permanecendo distante do Filho de Deus, ocupada com os seus afazeres.
Em João
12.1 encontramos com clareza essa situação e ao contrário da irmã Maria que
mais uma vez estava aos pés do Senhor, e do Irmão Lázaro ressuscitado, que também
se reclinava à mesa com o querido Mestre num lindo gesto de gratidão pela
dádiva recebida como quem estivesse ansioso por receber mais da Palavra de
Deus, MARTA somente se preocupava com o seu serviço e jamais procurou encurtar
a distância que a separava da presença do Senhor.
Em Lucas
10.40-42, o Senhor Jesus decreta a triste situação de Marta:
“Marta, porém, andava
preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que
minha irmã me tenha deixado a servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude”.
“Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa
e perturbada com muitas coisas”;
“entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só;
e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” Lucas
10.40-42
Quando o
Senhor diz que Maria escolheu a melhor parte, está automaticamente dizendo que
Marta escolheu a pior, isso equivale dizer que MARIA ESCOLHEU A VIDA E MARTA
ESCOLHEU A MORTE, ou seja: Marta escolheu os caminhos da morte espiritual.
Referimo-nos novamente a Deuteronômio 30.19 já citado anteriormente.
MARTA
escolheu a morte e permaneceu na morte, não aceitando o sacrifício do Senhor,
como fez seu irmão Lazaro.
Note que
o Senhor define a situação espiritual de MARTA e de MARIA no versículo 42.
A conduta
daquela pobre criatura nos lembra ainda o comportamento de muitas pessoas que
somente acreditam na salvação por meio das obras, pensam que podem comprar o
céu com alguns atos de benevolência, mas rejeitam sistematicamente a Palavra de
Deus e não acreditam no poder de Deus para salvação do homem, aliás, esse fato
ficou patente na resposta que a irmã de Maria deu ao Senhor:
“Declarou-lhe Jesus: Eu sou
a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá”;
“e todo aquele que vive, e
crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?”
“Respondeu-lhe Marta:
Sim, Senhor, eu creio que tu
és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”. João 11.25-27
Entendo
que a resposta de Marta foi, na verdade uma manifestação clara de que não crê
no Senhor e não se interessava por suas promessas.
Ela foi
muito clara em demonstrar no que cria, se desviando e fazendo pouco caso da
pergunta elaborada pelo Senhor, respondendo o que não foi perguntado.
Ora, crer
que Jesus é o filho de Deus e que havia de vir ao mundo, todos crêem e até os
demônios. O correto é confiar, obedecer
e esperar na ação divina. Isso
Marta
não demonstrava.
Vale
observar que em nenhum dos diversos milagres operados por Jesus, encontramos na
manifestação do beneficiado, respostas semelhantes à que Marta ofereceu. Em
todos os casos vemos respostas do tipo: “Eu creio Senhor”, “Eu creio”, “Eu creio Senhor, ajuda a minha
incredulidade” etc.
A
incredulidade de Marta ficou também muito clara no diálogo estabelecido com
Jesus em João 11.23-24:
“Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão
há de ressurgir”
“Disse-lhe Marta: Sei que
ele há de ressurgir na ressurreição, do último dia”. João 11.23-24
A
resposta daquela mulher ao Senhor nega de forma clara o poder e a presença de
Deus. Suas palavras soam como se dissesse claramente: “Eu não acredito em Ti Jesus , mas sei que meu
irmão irã ressuscitar no último dia”.
Em João
11.22, ela faz uma declaração absolutamente contrária ao propósito do
evangelho, revelando ainda uma estreita ligação com seitas religiosas que
acreditam na possibilidade de salvação mesmo após a morte física.
“E mesmo agora (após a morte
do irmão) sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. João 11.22
Em João
11.39, Marta tenta impedir a operação milagrosa do Senhor, numa clara
demonstração de resistência a autoridade divina e é repreendida pelo Mestre:
“Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe:
Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase quatro dias.”
“Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se
creres, verás a glória de Deus?” João
11.39-40
Marta com certeza não viu a
glória de Deus, pois, em JOÃO 12.1-3, na ceia de Lázaro, ela permanece dispersa
e ocupada com os afazeres domésticos, não dando importância ao feito marcante
do Senhor ressuscitando o irmão, e fazendo pouco caso da presença do Mestre.
Registramos
a seguir as diferenças gritantes entre o comportamento de Marta e de Maria:
EM LUCAS
10.39-42
MARIA: senta-se
aos pés de Jesus para ouvir a Sua Palavra.
MARTA: Reclama,
murmura e questiona ao Senhor pela conduta da irmã, fazendo pouco caso da
presença de Deus, dando mais importância aos seus afazeres domésticos.
EM JOÃO
11.21 e 32
MARIA: Atira-se aos pés do Senhor adorando e depois
faz uma confissão de confiança.
MARTA: Antes de Maria, apressa-se a ir ao encontro
de Jesus mas para criticá-lO e questionar a sua demora, como se tivesse
autoridade sobre o Mestre.
Observe
que ambas fazem a mesma declaração, no entanto o comportamento de cada uma
imprime sentido absolutamente oposto nas palavras por elas pronunciadas.
EM JOÃO
12.1-4
MARIA: Unge o Senhor e mais uma vez se lança aos
seus pés e depois os enxuga com os seus cabelos.
MARTA: Mesmo
após presenciar o milagre de Jesus ressuscitando seu irmão, continua ocupada
com seus serviços, não se importando com a presença do Senhor.
Assim
concluímos que MARTA nos fala do ser humano que morreu espiritualmente e não
ressuscitou nem ressuscitará, porque rejeitou a Palavra do Senhor,
preocupando-se com as coisas materiais, julgando que a salvação se alcança pela
prática de boas obras.
...CONTINUA....
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