....CONTINUAÇÃO...
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- Os 3 irmãos, Maria, Marta e Lázaro
representam o conjunto dos seres humanos e a situação espiritual de cada
pessoa:
Neste tópico,
vamos demonstrar que o Senhor se utiliza da figura dos 3(três) irmãos para
representar espiritualmente todos os seres humanos.
Observe que as Sagradas
Escrituras não nos trazem qualquer relato sobre a existência dos pais carnais
daquela família de 3(três) irmãos, os quais certamente existiam.
Ora, a referência aos pais
carnais não podia mesmo ser feita, uma vez que, os 3(três) irmãos representam
espiritualmente todo ser humano e Deus é o pai de todos os espíritos e não o
homem carnal. Nesse caso, a paternidade daquela família ou de todos os seres
humanos deve ser conferida ao Criador de todas as coisas.
“Além disto, tivemos nossos
pais segundo a carne, para nos corrigirem, e os olhávamos com respeito; não
nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, e viveremos?” Hebreus 12.9
Seguindo esse raciocínio, uma
orientação muito importante do Senhor cabe ser destacada de imediato:
“Declarou-lhe Jesus: Eu sou
a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”;
“e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais
morrerá. Crês isto?”
João 11. 25,26
Cabe observar
que, no texto acima, o Senhor estabelece um claro confronto com a definição
dominante no meio evangélico, dando conta de que todos nascem pecadores e o
leitor precisa estar atento ao ensino oferecido.
O texto
sagrado em destaque nos dois versículos acima citados apresenta três situações
possíveis aos seres humanos:
2.1 –
Viver sem conhecer a morte espiritual – Aquele que vive e crê nunca morrerá
(João 11.26)-
2.2 –
Morrer espiritualmente e não ressuscitar- Aquele que não crêr (João 11.25)-
2.3 -
Morrer espiritualmente e ressuscitar – Quem crê em mim ainda que esteja
morto viverá (João 11.25) .
Nestas três possibilidades se
enquadra perfeitamente a família de Betânia: MARIA, MARTA e LÁZARO respectivamente.
2.1
- Viver sem conhecer a morte
espiritual - Aquele que vive e crê (Jo. 11.26) - NUNCA MORRERÁ
- Situação vivida por Maria.
O
Senhor demonstra neste caso, a possibilidade posta diante de cada ser humano,
de nunca passar pela morte espiritual, o que somente ocorreria se o homem fosse
obediente a Deus desde o princípio e não ingressasse no pecado.
Note
que a possibilidade de não se conhecer a morte espiritual existe e foi
declarada pelo nosso Senhor, porém nenhum ser humano jamais conseguiu tal
façanha, ou seja: todos, mais cedo ou mais tarde, após o ingresso na fase da
consciência, acabaram pecando e morrendo espiritualmente, e isso nos ensina a
Palavra de Deus em Romanos 3.23.
O
único homem que conseguiu alcançar tal feito foi o próprio Senhor Jesus.
Observe
que o exame do texto de João 11.26 exclui a possibilidade de se interpretar que
a referência do Senhor fosse endereçada ao ser humano que ressuscitou
espiritualmente e passou a viver, uma vez que ele já morreu um dia, e se já
morreu um dia, não pode ser enquadrado na expressão “Nunca morrerá”, do mesmo
ensino sagrado, porque já morreu um dia.
Nada
obstante, o Senhor lança mão da figura de MARIA para representar esse tipo de
ser humano - aqueles que nunca morreriam espiritualmente, se não ingressassem
no pecado.
Note
ainda que não se pretende definir aqui a situação espiritual particular de cada
um daqueles três irmãos, até porque pouco se sabe sobre suas vidas pessoais
antes e depois do advento do Messias.
Num dado
momento, porém, da vida daquelas pessoas, seus personagens foram usados por
Jesus para representar a situação espiritual da humanidade, lembrando que a
conduta que deles se registrou nas Escrituras Sagradas nos assegura uma
impressionante coerência com as definições estabelecidas.
É
oportuno observar que o contexto dos dois versículos acima citados (João 11.25
e 26) nos deixa clara a informação prestada pelo próprio Senhor Jesus de que a
vida foi dada a todos indistintamente e esse é o ponto mais importante do
ensino.
A morte
espiritual é um agente secundário no enfoque examinado e veio depois pela
prática do pecado.
Veja o
esclarecimento:
JOÃO
11.25 -“Todo aquele que crer, AINDA QUE esteja morto viverá”.
A
expressão “AINDA QUE” inserida no meio da frase transmite a idéia de que o
complemento do texto (esteja morto) tem importância secundária.
A vida é
a dádiva original e começa na concepção de cada ser humano e não em Adão, onde
se iniciou a era humana.
A morte
espiritual vem depois como conseqüência da maldade de cada pessoa. Ninguém
morre espiritualmente por conta do pecado de Adão. Cada um dará conta de si
mesmo a Deus ( Rom. 14.12)
JOÃO
11.26 - “Todo aquele que vive e crê NUNCA MORRERÁ”.
Observe que esse versículo nem cogita a possibilidade de morte espiritual.
Observe que esse versículo nem cogita a possibilidade de morte espiritual.
Logo
entendemos que a vida é o bem maior e foi dada a todos indistintamente.
Ora, só
pode morrer aquele que está vivo, logo, eis aí mais uma revelação dando-nos conta de que ninguém
nasce pecador.
Ninguém nasce morto espiritualmente, todos nascem com vida e sem pecado, conforme já temos exaustivamente explicado.
Ninguém nasce morto espiritualmente, todos nascem com vida e sem pecado, conforme já temos exaustivamente explicado.
Ninguém
nasce pecador. Uma coisa é ter a natureza pecaminosa, outra é ser um pecador.
À
respeito de MARIA, as particularidades vividas por aquela filha de Deus nos
permitem associar a sua imagem à figura de uma pessoa que de fato não morreu
espiritualmente, sendo usada pelo Senhor para incorporar o texto de João
11.26.Vejamos:
A) O
primeiro contacto com a Palavra de Deus:
“Tinha esta uma irmã chamada
Maria, a qual, sentando-se aos pés do Senhor, ouvia a sua palavra”. Lucas
10.39
Maria demonstra
interesse pela Palavra de Deus, logo, quando essa lhe vem ao encontro, e ao
sentar-se aos pés de Jesus, revela postura de humildade e de submissão aos
preceitos divinos.
Tal postura conferiu
àquela mulher um decreto de Jesus que marcou desde então, a sua situação
espiritual:
“entretanto poucas são
necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não
lhe será tirada”.Lucas 10.42
Maria
entendeu o recado do Senhor e escolheu a melhor parte. Observe que é no
versículo acima que o Senhor define a situação espiritual de MARIA.
Esse
texto sagrado nos traz à memória outro importante ensinamento mais antigo
falando-nos da mesma maneira:
“O céu e a terra tomo hoje
por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção
e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,” Deuteronômio
30.19
Num dado momento da vida de cada ser
humano, esses dois caminhos lhe são oferecidos: a vida e a morte espiritual.
Maria escolheu a vida. Jesus é o caminho a verdade e a vida. Maria escolheu Jesus. Ao escolher a vida, Maria deixou o
caminho da morte espiritual, conforme ensinado pelo próprio Senhor.
B) Uma postura de fé e confiança inabalável:
“Marta, pois, ao saber que
Jesus chegava, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa”.
João 11.20
Veremos
mais adiante que Marta saiu ao encontro do Mestre com o propósito de criticá-lo
e até questioná-lo pela demora; MARIA, porém, aguardava resignada, com fé e
confiança a ação de Jesus a quem tanto amava, como alguém que tinha a certeza
de que o Senhor iria ressuscitar o ente querido.
C) A adoração da serva
confiante:
“Tendo, pois, Maria chegado
ao lugar onde Jesus estava, e vendo-a, lançou-se-lhe aos pés e disse: Senhor,
se tu estiveras aqui, meu irmão não teria morrido”. João 11.32
Ao
ver Jesus, primeiramente Maria se lança aos seus pés, numa postura de adoração
e depois faz uma carinhosa confissão de confiança.
Nessa
passagem o comportamento daquela mulher emocionou o coração do Mestre sendo a
única vez em que as Escrituras registram textualmente as lágrimas de Jesus
motivadas pela incredulidade do ser humano.
Ao dizer
“Senhor, se Tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”, a filha de Deus
mostrava ao Mestre querido que a maioria dos seres humanos rejeitam a presença
de Jesus em suas vidas e que o Senhor não está presente em seus corações.
....CONTINUA....
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