DANDO SEQUÊNCIAS AS MINHAS REFLEXÕES BÍBLICAS, FAÇO CONSTAR AQUI NO BLOG, EM 6 PARTES, MAIS UM ESTUDO QUE FIZ A ALGUNS ANOS.
O capítulo 11
do evangelho de João nos proporciona uma estreita sintonia entre a mensagem
nele contida e toda a obra missionária de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
ressaltando de forma marcante o ensinamento mais forte do evangelho, que é o
amor, sentimento esse que levou o Filho de Deus a renunciar toda a Sua glória
para salvar o pecador.
O versículo 4 do mesmo capítulo
revela que o Senhor tinha um propósito todo especial com o advento da
ressurreição de Lázaro:
“Jesus, porém, ao ouvir isto, disse: Esta enfermidade não é para a
morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por
ela”. João 11.4
Assim entendemos esse fato que
tanto marcou o evangelho, cujos ensinamentos passamos a identificar:
1
- Aspectos da obra missionária de Jesus:
Destacamos a
seguir alguns aspectos que revelam a citada co-relação com a obra missionária
de Cristo. Vejamos:
a) A Morada
de Deus:
Em João
1.38-39, encontramos uma informação muito importante:
“Voltando-se Jesus e vendo
que o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram-lhe eles: rabi (que,
traduzido, quer dizer Mestre), onde MORAS?”
Respondeu-lhes: Vinde, e vereis. Foram, pois,
e viram onde morava; e passaram o dia com Ele; era cerca da hora décima”. JOÃO 1.38,39
Verificamos
que o lugar onde Jesus morava, naquela época, chamava-se “Betânia”, e se
localizava além do Rio Jordão. Em João 1.28 e 10.40 encontramos tal
confirmação.
O
Capitulo 11 de João inicia com o relato sobre a existência de um outro lugar,
também chamado Betânia, que era a aldeia de Marta, Maria e de Lázaro.
Betânia,
a itinerante morada terrestre de Jesus, distava de Jerusalém cerca de
aproximadamente 50(cinqüenta) km e ficava além do rio Jordão, enquanto que
Betânia, a aldeia de Marta, Maria e Lázaro, localizava-se a apenas 3(três) km
daquela mesma cidade.
Concluímos
pelo estudo do texto, que o Senhor se achava em Sua própria morada quando
recebeu a notícia de que Lázaro estava enfermo, e esse detalhe adicionado a
outros que a seguir veremos, permite-nos a importante associação:
Assim
como o Senhor saiu da sua morada celeste para vir ao mundo salvar o pecador,
também saiu de sua casa terrena para ir ressuscitar o estimado amigo Lázaro.
b) A
manifestação no terceiro dia:
Outra
importante semelhança esta registrada no versículo 6 :
“Quando, pois, ouviu que
estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde se achava (Sua morada)”. João
11.6
Mesmo
após saber que Lázaro estava enfermo, Jesus ainda ficou dois dias em sua casa e
saiu ao terceiro dia para ir socorrer o amigo, tendo gastado quase dois dias
mais, até chegar ao destino e quando chegou, já encontrou um morto de quase
quatro dias.
Esse fato
nos conduz a uma informação mais remota, na qual vamos verificar que Nosso
Salvador, mesmo já sabendo, desde antes da criação do homem, que teria de vir
salvar o pecador, enfermado e morto pelo pecado, ainda permaneceu no céu por 2
milênios.
Deus
começou a manifestar-se exatamente no terceiro milênio da era humana, quando
chamou Abraão da terra de Ur dos caldeus e já em Isaque filho de Abraão, nos
mostrou uma maravilhosa figura de Cristo, que passou ainda por José, Moisés,
Josué, Sansão e Davi, tendo essa preparação durado ainda quase dois mil anos
mais, até a encarnação definitiva de nosso Senhor, quando o mal já reinava por
quase 4(quatro) mil anos.
Aí está
outra semelhança, considerando que um dia para Deus é como mil anos ou
vice-versa, assim os quase 4(quatro) mil anos até a manifestação de Jesus na
terra, correspondem também aos 4(quatro) dias da morte de lázaro .
c) A
crucificação:
Outro
aspecto importante, também registrado no mesmo capítulo 11 de João, diz
respeito à morte e crucificação do Senhor.
Jesus
demonstrou claramente que, antes de ir ver Lázaro necessitava passar pela
Judéia (Jerusalém) e com isso simbolicamente, estava nos falando de sua morte e
crucificação. Os versículos a seguir nos trazem essa informação:
“Depois disto, disse a seus
discípulos: Vamos outra vez para Judéia”.
Disseram-lhe eles: Rabi, ainda agora os judeus
procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?
Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos seus
condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.
João 11. 7, 8 e 16
Tomé nos
proporciona a importante informação: “Vamos nós também para morrermos com
Ele”.
Ora, após o advento da ressurreição de
Lázaro, Jesus ainda operou milagres e realizou inúmeras viagens antes de
retornar a Jerusalém, onde seria crucificado, portanto, a declaração de Tomé
foi, na verdade, uma ação do Espírito Santo, confirmando o propósito embutido
no contexto da mensagem, como parte da obra missionária do Senhor.
Assim
concluímos, a partir dos versículos citados que, antes de operar o maravilhoso
milagre na vida daquele amigo, simbolicamente Jesus foi morto em Jerusalém e
Lázaro, para ser ressuscitado, teve de aceitar o sacrifício de Jesus na Cruz do
Calvário, da mesma forma que todo pecador que está morto espiritualmente também
precisa aceitar a Jesus como único e suficiente Salvador se quiser ser
ressuscitado.
d) A oportunidade de salvação passa com a morte
física:
Nos
versículos a seguir relacionados, o Senhor nos deixa um importante recado:
“Respondeu Jesus: Não são
doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz
deste mundo”;
mas se andar de noite, tropeça, porque nele
não há luz.
João 11.9,10
Encontramos
no texto acima a mesma informação contida em João 9.4:
“Importa que façamos as
obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode
trabalhar”. João 9.4
Jesus
é a luz do mundo, e todo pecador precisa aceitar o Seu sacrifício na Cruz do
Calvário enquanto vida física tiver; caso venha a falecer sem ter Cristo como
Salvador, terá de enfrentar a segunda morte espiritual ou a perdição eterna.
CONTINUA.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário