3ª. PARTE
Vejam que curioso: a Palavra
informa que Jacó nasceu com as mãos agarradas ao calcanhar de Esaú.
Isso nos mostra o apego que
temos às coisas materiais e a influência que o mundo material exerce sobre cada
um de nós.
Ao ingressar na fase da
consciência, o ser humano peca pela primeira vez.
5
- Jacó engana o Pai e não pode mais ficar na sua presença – O ser humano peca e
é expulso da presença de Deus:
Ao saber que Isaque iria
abençoar a Esaú, Rebeca imediatamente chamou e avisou a Jacó, que junto com sua
mãe providenciou um meio ilícito visando impedir o propósito do Pai, e numa
atitude absolutamente condenável, engana a seu Genitor recebendo a bênção no
lugar do irmão mais velho.
Note-se que essa bênção seria de
Jacó de qualquer forma. Isso já estava decretado por Deus antes que houvesse a
concepção dos irmãos. Faltou fé ao Servo do Senhor para esperar a providência
divina, que iria, impedir a atitude errada de Isaque.
Após cometer esse terrível pecado,
Jacó precisou se afastar da presença do Pai.
Vale lembrar que, até então,
Jacó e Esaú viviam em harmonia na companhia de seus Pais.
Ao atender aos apelos de
satanás, ingerindo o fruto da desobediência, fato que coincide com a chegada a
fase da consciência, todo ser humano que é Jacó, pecou e por conta disso foi
expulso da presença de Deus, e é exatamente nesse momento que acontece a morte
espiritual.
6
- Deus mostra a Jacó o único caminho para o céu – Deus envia seu amado Filho
para salvar o ser humano.
Ao cometer o terrível pecado
Jacó teve de se afastar da presença de seu Pai.
De repente, o Patriarca, viu que
não contava mais com o aconchego da família e sua presença não era mais bem
vista no seu próprio Lar.
Diz um provérbio popular que
para se consertar uma mentira, é preciso falar mais sete mentiras. Jacó
ingressou num universo materialista, e desde então o espírito se confundiu com
a carne e já buscava por si só a prática de atitudes que não agradavam a Deus.
A forma pecaminosa utilizada
para receber a bênção do Pai, provocou a ira do irmão mais velho que agora
procurava matá-lo a qualquer custo.
O jeito então era fugir o quanto
antes e levaria consigo todo um arsenal pecaminoso em que os interesses
sagrados não teriam a menor importância.
Uma vez atirado no mundo, em sua
viagem com destino às terras dos parentes de sua mãe, certamente Jacó se
deparou com muitos problemas e com certeza muitas vezes sentiu a falta do
carinho e da presença gostosa de seus genitores.
Apesar disso, exatamente no
momento em que se sentia absolutamente sozinho algo extremamente maravilhoso
lhe aconteceu:
“Enquanto dormia com a cabeça
sobre uma pedra, o filho caçula de Isaque teve um sonho e nesse sonho,
apareceu-lhe uma grande escada que ia da terra ao céu e os anjos subiam e
desciam e no topo da escada estava o Todo Poderoso”.
Naquele instante Jacó ao
acordar, viu que não estava sozinho e sentiu a forte presença de Deus chegando
a declarar:
“Esta é a casa de Deus, o Senhor
está neste lugar e eu não sabia, esta é a porta do céu”.
Apesar de ter ouvido promessas
importantes do Senhor naquele momento, o neto de Abraão, perdeu a oportunidade
de tomar uma decisão séria em sua vida, preferiu fazer um voto e prometer a
Deus o dízimo de tudo, caso o Senhor o abençoasse com fartura, saúde, vestes,
prosperidade e o retorno tranqüilo à casa de seus pais e somente assim iria
considerar o Senhor como o seu Deus.
Veja-se a conduta material
cravada no coração de Jacó, demonstrando claramente a sua condição de morto
espiritual. Mesmo após receber uma impressionante manifestação do Senhor, o
filho de Isaque, ao invés de se curvar e sucumbir pronta e instantaneamente,
optou por impor condições ao Criador de todas as coisas, considerando-se como
se fosse o “tal”. Na verdade Jacó tentou mesmo subornar a Deus, pois seu voto
não merecia crédito algum.
Jacó entendeu que Deus lhe
mostrara a porta do céu, mas não entrou pela porta. A porta é o próprio Senhor
Jesus,
A escada do seu maravilhoso
sonho representa o único caminho que leva a Deus e esse caminho não é outro
senão o próprio Senhor Jesus.
Observe-se que Deus estava no
topo daquele caminho, onde os anjos subiam e desciam mostrando-nos com absoluta
clareza que aquelas estrelas do Criador estão sempre a disposição de todos que
ingressarem nessa rota de paz e de alegria (Heb. 1.14).
De fato, assim como a Jacó Deus
se manifestou através daquela escada, mostrando o único caminho para o céu, a todo ser humano o Senhor se manifestou
através de seu Filho amado e Sua obra redentora na cruz do calvário, e esse é de
fato o único caminho que pode conduzir o homem à presença de Deus.
Em Betel, Jacó ergueu uma coluna
utilizando a mesma pedra que utilizara para apoiar sua cabeça, lhe servindo
como travesseiro enquanto dormia.
Veja outra impressionante figura
de Jesus Cristo, como nosso Deus é maravilhoso e nos mostra com clareza os
caminhos de seu sagrado propósito.
É curioso examinar os detalhes.
Como pode alguém utilizar uma pedra como travesseiro? Pensando bem, ninguém
tomaria esse objeto para que sobre ele apoiasse a sua cabeça.
Esse detalhe impressionante nos
fala claramente que Deus não está se referindo ao simples travesseiro, mas sim,
o Senhor nos mostra a presença de Seu próprio Filho na vida de todo ser humano,
mais que isso, Deus nos informa que Ele está presente, observando e bem perto de
todo homem ou mulher até mesmo enquanto dormem, e pronto a lhes conceder o dom
gratuito que é a vida eterna.
Aquela pedra de Jacó não era um
simples travesseiro. Era o próprio Senhor Jesus Cristo.
Note-se ainda que Jacó tomou a
referida pedra e com ela ergueu uma coluna e o nome daquele lugar antes era
“Luz”. Novamente o Senhor ressalta através da passagem bíblica a impressionante
figura de Cristo, afinal quem é a luz do mundo senão o próprio Senhor Jesus? e
o neto de Abraão ao levantar a coluna, transformou o lugar num importante
referencial sagrado, assim como a Cruz do Calvário é o referencial de salvação
para todos os seres humanos.
7
- Jacó não dá ouvidos a Deus e avança no
seu caminho pecaminoso - o ser humano não ouve ao chamado do Senhor e
avança na prática do mal.
Mesmo após receber a importante
visita do Senhor, Jacó não se arrepende de seu mau caminho e nem abandona sua
conduta pecaminosa.
Seguindo sua viagem, cercado por
perversos pensamentos, Jacó chegou a casa de Labão e lá, logo se interessou por
Raquel, sua prima mais nova, a qual lhe foi oferecida em troca de 7 anos de
serviços.
Em que pese o acerto proclamado,
o costume do lugar não permitia o casamento de uma filha mais nova antes que a
mais velha se casasse.
Numa conduta normal de um pai
que ama seus filhos, Labão, entregou a Jacó sua filha mais velha por nome Lea e
não Raquel como havia sido combinado.
Surpreendido no dia do casamento
com a atitude do sogro, Jacó questionou e relutou, mas, não podia mudar os
costumes da região, pelo que, resolveu se oferecer para o trabalho de mais 7
anos visando ter como esposa também a filha mais nova de Labão.
Posso até imaginar o que se
passou na cabeça do neto de Abraão. Certamente pensou consigo mesmo: “Esse meu
sogro não perde por esperar”.
Cumprido mais 7 anos, Jacó se
casou também com Raquel.
Uma vez casadas as suas duas
filhas e diante da possibilidade de vê-las partir deixando um vazio em sua
casa, Labão, certamente movido pelo grande amor de Pai, resolveu convidar seu
genro para ficar mais um período de 6 anos a seu serviço, pelo que Jacó
prontamente aceitou. Foi a destruição de Labão.
O serviço de Labão Jacó conhecia
muito bem, afinal já havia atuado cerca de 14 anos na mesma lide. Certamente
conhecendo o apego do sogro com as filhas, tratou logo de fazer-lhe uma
proposta de trabalho, que soava quase que como uma condição. “Aceita minhas
condições ou eu partirei com minhas esposas”.
Labão, sem alternativas, aceitou
de pronto a proposta de Jacó, que incluía ainda, o trabalho distante dos olhos
do sogro de forma que esse não podia nem mesmo fiscalizar.
Como guardador de todos os
rebanhos de Labão, Jacó não perdeu tempo. Usando de truques mirabolantes, pôs
logo em prática seu plano perverso, agindo quem sabe, bem na calada da noite,
aliás, o excesso de confiança do sogro não questionando o trabalho do genro a
mais de 3 dias de distância, facilitou a ação de Jacó.
Fato é que naqueles 6 anos, Jacó
tomou quase todo o rebanho de Labão que ficou praticamente a “pão e água”, de
uma forma que parecia até honesta e o sogro nem conseguia entender e quando
questionava ao genro, ele logo justificava: O Deus de meus pais está me ajudando, como se Deus estivesse
apoiando as suas falcatruas, o que representa mais um pecado grave do neto de
Abraão.
Findo aquele período Jacó estava
rico, não precisava mais do tio e já podia voltar à sua terra.
Numa conduta bem ao seu estilo,
como o ladrão que só age na escuridão, aproveitando uma das ausências de Labão,
Jacó tratou de reunir suas esposas, servos, criados, filhos e semoventes, e
fugir sem nem ao menos permitir que o sogro despedisse de suas filhas e netos.
Ao tomar conhecimento da fuga de
Jacó, Labão ficou furioso e tratou logo de reunir seus outros filhos e irmãos e
sair ao encalço do genro, visando interceptá-lo até por meio da força se
preciso fosse, mas o Senhor o conteve.
Ao encontrar Jacó, o sogro
traído reclamou: O que fizeste? Porque fugiste de minha presença, não
permitindo nem mesmo que eu me despedisse de minhas filhas e dos meus netos e
os enviasse a todos em paz e com alegria? Com tal atitude tu procedeste
loucamente.
Mais uma vez Jacó, se valeu do
nome de Deus para se justificar, e sem nenhum constrangimento disse: “Se o Deus
de meus pais não fosse comigo, tu me despedirias vazio e não deixaria ir nem
mesmo as tuas filhas, mas o Senhor atendeu a minha aflição e ainda ontem à
noite te repreendeu e te impediu de me fazer mal”.
Assim foi Jacó.
Assim foi e é todo ser humano, que ainda não teve um encontro com Deus.
No neto de Abraão, Deus nos
mostra como é o homem.
Quando enveredamos em direção à
prática do mal, nenhum bom conselho nos detém. O homem longe de Deus é capaz de
praticar as ações mais baixas e está sempre pronto a afrontar ao seu Criador.
Essa é de fato a conduta de todo
ser humano que não anda nos caminhos do Senhor.
.... CONTINUA....
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