Amados irmãos, pretendo aqui, proceder a mais um estudo da Palavra do Senhor, abordando desta feita, esse maravilhoso tema:
COMO SE FORMA O ISRAEL DE DEUS.
Diante da extensão do assunto, o estudo será feito em algumas partes. Esta é a primeira.
1ª. PARTE
A riqueza de detalhes, perfeição
e alternativas que vamos descobrindo nos feitos divinos à medida que adentramos
rumo ao centro das Escrituras Sagradas nos encanta e nos fascina mantendo-nos
agarrados ao posto de observação de onde se pode contemplar as obras gloriosas
do Criador pelo que nenhum acontecimento de outro universo qualquer, por mais
nobre que seja, consegue desviar nossa atenção.
Navegando nas águas da Santa
Palavra de Deus, por orientação do Santo Espírito do Senhor, fui conduzido a um
endereço bem remoto, para onde me desloco, sempre em busca dos maravilhosos
ensinamentos sagrados que tanto enriquecem o nosso aprendizado.
Aportando-me no ponto indicado,
logo comecei a examinar o conteúdo sagrado e ao encontrar o entendimento tão
esperado, como sempre acontece, fui contagiado pelo mesmo clima de festa que
tantas vezes já tenho experimentado, nessa rota gloriosa impregnada pelo ambiente
de segurança, paz e alegria que somente a Palavra de Deus pode proporcionar.
Quando assim somos iluminados,
sentimo-nos como se tivéssemos encontrado uma joia raríssima, de valor
inestimável.
De fato, o conhecimento da
Palavra de Deus, vale muito mais do que a prata e do que o ouro, ou do que as
pedras mais preciosas, assim mesmo nos ensinam as Santas Escrituras, e tanto já
temos experimentado essa gloriosa verdade.
Eis a passagem bíblica que desta
feita tanto atraiu a minha atenção e motivou a elaboração do presente estudo:
Jacó em Peniel.
Ali nasceu Israel.
Mas Israel não começou a existir no Vau de Jaboque.
Esse tema cativou-me
sobremaneira e ao adentrar no assunto, verifiquei que, alguns anos antes
daquele fato, acontecia o nascimento dos gêmeos Jacó e Esaú trazendo do Senhor
uma importante informação:
Dali brotaria duas nações e a
maior serviria a menor.
Obviamente tais informações -
como todo o conteúdo sagrado - nos foram oferecidas para que delas extraíssemos
importantes revelações.
De fato, o nascimento de Esaú e
Jacó nos fala de uma data muito importante na vida de cada ser humano, como
adiante veremos.
O assunto nos conduz a um tempo
mais remoto ainda. Na verdade, desde a formação do Jardim do Éden, essa
importante informação foi oferecida a humanidade.
Lá, bem no começo da civilização
humana, Deus nos mostrou a árvore da ciência do bem e do mal, e sobre ela
deixou orientações que definiram os rumos do ser humano.
O conhecimento do bem e do mal
marca de fato o início de uma nova fase da vida do homem, e a esse importante
ensino sagrado o próprio Senhor Jesus foi submetido quando para a sua criação
foi recomendado aos Seus pais que lhe oferecessem como alimento apenas manteiga
e mel até que Ele soubesse rejeitar
o mal e escolher bem (Is. 7.14).
Características importantes nas
vidas de Jacó e de Esaú nos mostram com clareza, que os referidos personagens
do Antigo Testamento, representam de fato o início de uma nova fase na vida do
ser humano.
Os dois irmãos exibiam no
dia-a-dia, particularidades absolutamente antagônicas, nos mostrando a
diferença entre o bem e o mal.
A Palavra de Deus ressalta a
simplicidade de Jacó, que costumava habitar em tendas – uma forma de demonstrar
o desapego às coisas materiais - enquanto que Esaú era caçador, gostava do
campo e do imediatismo de sua época.
Num primeiro exame, podemos
concluir que Jacó nos fala das coisas espirituais enquanto que Esaú dos
interesses materiais.
Logo, Jacó representa o espírito
e Esaú a carne.
Essas duas nações estão presentes dentro de cada ser humano: Jacó o espírito e Esaú a carne.
As informações até aqui
apresentadas já nos permitem esculpir o ser humano e o Israel de Deus, segundo a
orientação espiritual oriunda das Escrituras Sagradas, como está registrado
entre os capítulos 12 e 33 do livro de Gênesis.
O texto sagrado de Isaías 43.1
nos socorre de forma bem definida:
“Mas
agora, assim diz o Senhor que te criou ó Jacó, e que te formou ó Israel: não
temas porque Eu te remi, chamei-te pelo teu nome, tu és meu.” Isaías 43.1.
O relato bíblico acima nos
mostra com clareza que Jacó nos fala de todos os seres humanos mortos
espiritualmente, e Israel nos fala apenas daqueles que vierem a ser salvos pela
importante obra redentora do Filho de Deus.
De fato, os ensinamentos
sagrados compreendidos nas Escrituras desde o chamado de Abraão até a passagem
que relata a luta de Jacó com um anjo em Peniel, nos apresentam de forma bem
clara a formação de um ser humano, desde a sua concepção até a sua conversão
definitiva.
Cabe esclarecer que o Senhor
usou a estratégia de formar um povo diferente, para demonstrar como seria
formada a Sua igreja.
Assim tudo que aconteceu com o
povo de Israel na dimensão física, desde o chamado de Abraão, tem um cenário
correspondente no nível espiritual, na formação da Igreja do Senhor.
A Igreja que o Senhor ama e
deseja de fato, é o Ser humano, jamais será uma denominação religiosa, ou um
templo qualquer, não é o catolicismo, nem o protestantismo ou o espiritismo,
etc.
O chamado de Abraão corresponde
ao início da formação do povo de Israel.
Cristo veio ao mundo para salvar
a todo ser humano da perdição eterna, logo todo ser humano é chamado por Deus
(João 3.16).
Assim o chamado de Abraão
corresponde a concepção do ser humano que é chamado para formar a igreja do
Senhor ou o Israel de Deus.
Traçando um paralelo, assim
podemos definir:
A)
- Formação da nação de Israel:
1 - Chamado de Abraão;
2 - Vida de Abraão;
3 - Vida de Isaque;
4 - Esaú e Jacó;
5 - Jacó peca e é expulso da
presença de seu Pai;
6 - Jesus Cristo se manifesta a
Jacó em Betel, mostrando que Ele é o único caminho p/Deus;
7 - Jacó luta com um anjo em Peniel e ganha a salvação da alma, e passa a
se chamar Israel.
Origem do nome Israel.
B) - Formação da Igreja do
Senhor ou do Israel de Deus:
1 - Concepção do ser humano;
2 - Gestação;
3 - Nascimento e fase da
inocência;
4 - Fase da consciência;
5 - O ser humano peca pela
primeira vez, e é expulso da presença de Deus;
6 - Deus se manifesta ao homem
através de seu filho na cruz do calvário, mas o homem prossegue na sua vida de
pecados;
7 - O homem após entender a obra
redentora de Cristo, quer a salvação, mas precisa renunciar a tudo no mundo material
e sua vida de pecado, o que o faz travar uma verdadeira batalha contra si
mesmo, aceita o sacrifício de Cristo e passa a se chamar: Igreja do Senhor ou
Israel de Deus.
Convém esclarecer que aqui, nos
valendo de uma visão sistêmica, reproduziremos um ser humano completo,
englobando varias vidas e gerações.
Quando recolhemos o assunto a um
enfoque visual, examinando cada ser humano em particular, vemos reproduzidas
naquela vida, todas as fases vividas por uma pessoa.
Desse modo, na visão sistêmica, o ser humano
que está sendo formado, peca pela primeira vez na atitude de Jacó, quando
enganou o próprio Pai, tomando de forma fraudulenta, a bênção prometida, e por
conta disso, tendo de ser expulso da presença do Pai.
Assim, essa nociva herança
hereditária - o pecado - Não age na vida de Abraão, nem na vida de Isaque, e
nem nos primeiros anos de Jacó, aliás, somente este último foi alvo da obra
redentora de Cristo, exatamente quando passava por Betel, após ser expulso da
presença do Pai, saindo fugitivo de casa.
Isso nos demonstra, mais uma
vez, a verdade que tanto já temos afirmado: Ninguém nasce pecador.
No enfoque visual, veremos o pecado agindo na vida
de Abraão, Isaque e Jacó, pois todo ser humano, após a fase da consciência, é
pecador.
Feito esses comentários passamos
a esculpir o ser humano com base na Palavra de Deus, como está registrada no
trecho sagrado compreendido entre os capítulos 12 e 33 do livro de Gênesis:
...continua...
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