.... CONTINUAÇÃO...
O JARDIM DO ÉDEN É
AQUI MESMO
2ª. PARTE
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Ora, isso de fato, depõe contra o preceito
de Justiça do Senhor. Deus não faz
acepção de pessoas, dá a todos as mesmas oportunidades. Adão não recebeu melhor
tratamento do que os demais seres humanos.
Nesse sentido, cabe observar algumas
simbologias relacionadas no citado livro de Gênesis, que merecem a nossa
atenção, e pretendemos aqui examiná-las detalhadamente.
Antes, porém cabe-nos examinar o seguinte
versículo:
“No
princípio criou Deus os céus e a terra”. Gênesis 1.1
Note-se que o Senhor separa a terra de
todas as demais criações.
Quando a Palavra se refere a “os céus”, aí
está incluído todo o firmamento, ou seja: todos os demais planetas, inúmeras
galáxias, toda a expansão celeste.
Fica aí claramente definida a impressão de
que o Senhor pretendeu, desde o início, destinar à Terra um tratamento
absolutamente especial.
Considerando a dimensão do planeta Terra e
a dimensão do Universo, podemos proceder com absoluta segurança a seguinte
comparação:
“o
planeta terra está para todas as demais criações como um pequenino lago, está
para o oceano”.
De fato, a Terra sempre recebeu do Criador
um cuidado todo especial, um toque de beleza, esmero e particular dedicação,
tratamento diferenciado em relação a atenção destinada aos demais planetas e
galáxias.
A dimensão do universo é algo que foge à
nossa compreensão, quase todos os dias, os astrólogos descobrem novos planetas
e novas galáxias. Os limites da expansão celeste com certeza “colidem” com as
“fronteiras” do próprio infinito.
Todavia, o Criador separou um minúsculo
ponto no meio de toda essa imensidão e nele introduziu cores, as mais variadas,
adornos diversos, vidas de todas as formas, estabeleceu limites, construiu
fronteiras, irrigou o solo, preparou os mares e deu ordens à atmosfera para
circular em torno do mesmo referencial.
Assim a Terra abriga todas as
peculiaridades inerentes a um Jardim e nesse caso um imenso, perfeito e
maravilhoso Jardim onde opera não a limitada mão do ser humano, mas o poder, a
presença a majestade a perfeição, a sabedoria e todos os atributos inerentes à
pessoa do Criador.
O homem se perde em suas insistentes
tentativas visando à conquista do espaço; quer a qualquer custo encontrar vida
em outro planeta, mas cada vez que se dirige ao desconhecido, de lá retorna
frustrado, pois ainda não compreendeu que a vida é inerente ao planeta Terra,
referencial que recebeu do Senhor todo cuidado e preparação para abrigar o ser
humano e ser por ele habitado.
De fato, o nosso planeta exibe encantos
peculiares que deixam atônito o observador mais avisado e perplexo ao pé de um
cenário vivo e natural que jamais poderá ser reproduzido pela ação do homem.
A beleza do mesmo cenário é muitas vezes
agredida ao ser reduzida às limitações do papel inanimado que proclama
insistentemente ao mundo inteiro as reconhecidas qualidades do artista mais
respeitado, artista esse que também surgiu das mesmas mãos e está inserido no
mesmo contexto.
Lamentavelmente, a suprema sabedoria, o
verdadeiro Criador do espetáculo incomparável, que criou a obra viva e
perfeita, que cativa os olhares perplexos daqueles que muito pouco ou nada
podem entender, recebe sempre as honras que normalmente são destinadas ao mais
apagado e inexpressivo coadjuvante.
Os maiores ícones da pintura mundial
procuram trazer para uma minúscula tela os detalhes de um maravilhoso cenário
da natureza e não percebem que, por mais dedicação e esmero que imprimam à sua
limitada obra, jamais vão conseguir fazer refletir numa base morta a vida
exuberante que, explode os limites de nossa imaginação, deixando-nos perplexos
diante da perfeição estonteante, e eclode sem a menor cerimônia aos olhos de
todos, inclusive do mais simples e humilde ser humano.
Disso também cuidou nosso Senhor.
Contemplar as maravilhas naturais não é privilégio dos afortunados ou de uns
poucos que recheiam seus caminhos com a astúcia dos que se auto-rotulam de
“espertos” ou demasiadamente sábios.
Não, não, os mais pobres, mais humildes e
mais simples também nascem, vivem e sobrevivem rodeados pela perfeição que
tanto nos assombra.
Os estipendiários da indústria
cinematográfica encontram nos mais diversos pontos de nosso planeta a motivação
que os leva a sonhar, idealizar, investir e conquistar fortunas, mas não se
lembram de agradecer nem de reverenciar o Criador de tanto fascínio, como fez o
salmista há quase quatro milênios, o qual, não se contendo de admiração,
exclamou: “Maravilhosas são as tuas obras e a minha alma o sabe muito bem”.
Quem ainda não se viu preso diante de um
televisor exibindo cenas de filmes rodados em lugares paradisíacos? Ou
contagiado com documentários retratando as peculiaridades dos extremos mais
distantes como, por exemplo: as savanas do continente africano, as curiosidades
da Antártica, a biodiversidade da Amazônia, as cataratas do Iguaçu, a
imponência do Everest a beleza do Pantanal, o gran cânion do Arizona e a
exuberância do Kentucky?
Certamente não existiria tempo e muito
menos espaço para que pudéssemos detalhar e enumerar as belezas de nosso
Planeta, muitas delas vivenciadas por cada ser humano no seu dia-a-dia e ao
longo de toda a sua existência.
Todos, temos sempre uma história para
contar. Quem ainda não se recolheu numa bela praia, distante de sua casa, para
gozar de merecidas férias? Quem não
“escapou” num final de semana para visitar e se render aos encantos de uma
cascata isolada? Quem ainda não pôde contemplar o pôr do Sol numa tarde de
verão? Quem não viu pela manhã a folhagem da vegetação umedecida pelo orvalho
que alimenta a vida durante a madrugada? Quem ainda não pode contemplar um
espetáculo da natureza no fundo de seu próprio quintal, curvando-se ao mistério
de uma singela flor que desabrocha, ou ao milagre da vida acontecendo no galho de
uma pequena planta, onde uma minúscula ave está ingressando no mundo?
É a sabedoria, o poder, a supremacia e o
requinte do Criador destinando ao nosso planeta um cuidado todo especial,
espalhando por toda parte a perfeição que nos deixa perplexos e apaixonados.
Tudo isso Ele entregou nas mãos de sua
obra-prima, a mais importante de todas: o ser humano, para que nesse lugar
sublime e majestoso habitasse, vivendo e usufruindo suas abundantes,
indescritíveis e incomparáveis maravilhas.
Tanto cuidado e tanta dedicação do Nosso
Senhor de fato nos lembra um Jardineiro extremamente zeloso, que batiza cada
uma de suas plantas com um nome especial, inserindo nelas o milagre da vida
abundante, que transforma o alecrim, o mais esquecido ornamento do campo, num
espetáculo de sabedoria e celeiro de ensino para a humanidade e a discreta
andorinha, num endereço de puro conhecimento, e, sobretudo, é capaz de
renunciar a si próprio por amor “às
árvores” que mais valoriza – os seres humanos - e tudo isso me leva a concluir
que:
O JARDIM DO ÉDEN É AQUI MESMO
Cabe apresentar a melhor definição para a
expressão: “Jardim do Éden”, com destaque numa dimensão reduzida, pois o
significado mais amplo do tema alcança um nível superior e vai tocar na morada
do Todo Poderoso.
“Jardim
do Éden é o lugar onde opera a presença, a vontade o poder e a santidade de
Deus, por isso nesse lugar reina a paz, a alegria, a tranquilidade, a
felicidade, e a sabedoria”.
Vale dizer que todos os seres humanos
estiveram nesse lugar sublime um dia, como veremos, em outra parte deste estudo,
mas todos indistintamente, todos que ingressaram na fase da consciência após o
pecado, acabaram sendo expulsos desse lugar tão desejado exatamente como
aconteceu com Adão, porque Deus não suporta o pecado.
Deus quer o pecador, ama o pecador, quer
trazê-lo de volta para a Sua presença, mas é preciso que ele volte sem o
pecado, que se disponha a sofrer uma mudança radical no seu estado de pecador,
que seja lavado completamente de toda iniquidade.
Note-se, que a esmagadora maioria dos
homens não quer retornar a esse lugar sublime e tão desejado - a presença de
Deus ou ao Jardim do Éden, por essa razão, não pode conhecer as circunstâncias
acima definidas nem experimentá-las, embora elas sejam exibidas a todo instante
a um palmo de seu nariz, na própria vida e na sobrevivência do homem insensato
e rebelde.
Há que se considerar ainda a conduta de
pessoas, autoridades e segmentos nefastos que violentam o mesmo Jardim,
destroem o próprio Lar, atentam contra a vontade do Todo Poderoso, agridem a
presença do Criador, porque dela um dia foram expulsos e se enveredaram pelos
caminhos de satanás, promovendo o progresso nocivo e desordenado e o mais grave
ainda: investem em guerras, dizimam vidas, matam o próprio semelhante, afrontando,
de maneira voluntária, insistente e intransigente, as condições que poderiam
fazê-los regressar ao endereço da vida espiritual, o próprio Jardim do
éden.
Obviamente, esses seres humanos, essas
organizações e essas nações, embora vivam e sobrevivam no mesmo Jardim,
usufruindo todo tempo e o tempo todo das benesses abundantes e inesgotáveis que
o majestoso lar gentilmente lhes proporciona, não conhecem, não poderão
conhecer e jamais entenderão ou sentirão a presença, o poder, a vontade, a
santidade e a sabedoria do Criador, e, por conseguinte, não podem experimentar
a paz, a alegria e toda a felicidade que emana do trono de Deus, condições
disponíveis apenas àqueles que O temem.
Contendo meu raciocínio no universo
material, não é difícil concluir que o Senhor não separou um determinado ponto
da terra para ali formar o Jardim do Éden.
Fundamentando o meu saudável contraditório,
observamos que a região onde supostamente teria sido instalado “o Jardim do
Éden” – O displicente exame do ensino
sagrado tem levado os cristãos a concluírem que seria na antiga Babilônia ou
adjacências - nem mesmo reúne as características típicas de um verdadeiro
Jardim, pelo contrário, algumas contradições desamparam essa ilação inoportuna.
Vejamos:
Do ponto de vista material: trata-se de um lugar semidesértico,
de terras áridas, marcado por grande escassez de águas, além de outras
circunstâncias que colidem com o relato bíblico.
Do ponto de vista religioso: O lugar mencionado é considerado o
berço de todo tipo de idolatrias, paganismos e seitas profanas que denigrem a
imagem do Todo Poderoso.
Ora, a leitura simples e cosmética do
relato bíblico sugere a existência de um lugar do qual o homem foi expulso pela
ação divina, local esse extremamente guardado e vigiado 24 horas por dia por
querubins (Gn 2 e 3).
Nota-se, de imediato, um tremendo
contrassenso:
Como esse lugar tão protegido por seres altamente graduados no exército
de Deus iria servir de endereço para toda a ação contrária à vontade do próprio
Criador?
Com certeza, nesse território tão bem guardado, o intruso e perverso
ser humano enganado pela ação do maligno, seria consumido numa fração de
segundos.
A conclusão óbvia que daí se extrai é que
não existe e nunca existiu esse espaço físico reservado em nosso Planeta,
simplesmente porque, fisicamente falando, ele é o próprio Planeta e no aspecto
espiritual, esse território é a presença do Todo Poderoso que age diuturnamente
em toda a Terra e especialmente no dia-a-dia daqueles que O amam.
O ser humano, que ainda não se reconciliou
com Deus, vive na Terra, portanto no mesmo Jardim, porém como está longe da
presença de Deus, jamais experimentará as delícias desse território maravilhoso
que é de fato o verdadeiro Jardim do éden.
O servo de Deus que ama ao Senhor, que
procura sempre fazer a sua vontade e andar na Sua presença, deve levantar-se
bem cedo todos os dias e se sentir no Jardim do Éden porque ali de fato ele
está, e nesse gostoso sentimento destinar louvores e adoração ao Criador.
De fato, o Senhor cuida de Seus filhos com
todo amor e dedicação como faz o zeloso jardineiro que zela por suas plantas
com todo cuidado, irrigando-as bem cedo todos os dias e adubando sempre suas
raízes.
Você, que ama ao Criador, experimente
sentir-se no Jardim do Éden. Fale carinhosamente com o Pai e estabeleça uma
relação de confiança e verdadeiro comprometimento, e aí então viverá a
plenitude desse lugar maravilhoso e desejado do qual não desejará mais sair.
...CONTINUA....
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