Uma linda figura,
Desperta as atenções,
Uma bela criatura,
Faz vibrar os corações.
Seu corpo quase desnudo,
Desfila na areia branca,
Exibe pra todo mundo,
Sua beleza franca.
Ela é bonita, ela é faceira,
A mulher que sempre encanta,
Ou a bela menina praieira,
Com classe, diz que não é santa,
Cativa a praia inteira.
Seu jeito todo misterioso,
Aguça a inútil curiosidade,
Deixa o galante furioso,
Engolindo a vaidade,
Que faz o veneno ficar venenoso.
Como o Condor altaneiro,
Nem de longe imagina a gaiola,
Voa alto e abraça o céu inteiro,
Contempla do alto o que lhe consola.
Ou como o simples que se deleita
Na sabedoria e seu apaixonante leito,
Se curva ao singelo som do violeiro,
Se rende a palavra mansa, que enfeita,
E se recolhe na reflexão do travesseiro.
Se ajeita no seu contorno,
Não negocia a liberdade,
O vento abraça seu corpo,
A brisa desliza em sua face,
A espuma branca se envaidece,
Quando seus pés, à água oferece.
A areia se agita toda,
Ao admirar a quase Sereia,
Que esnoba a realidade,
Num sério tom de brincadeira,
Distribui com simplicidade,
Encantos, que colam na minha beira.
O exagerado capricho de menina,
Lhe prende no silêncio que fascina,
Mas um curioso se assusta e se espanta,
Toma um voo rasante e aterrissa,
Se distancia das nuvens que encantam,
E abraça o chão que valoriza.
Naquelas ondas a "sereia" vira mulher,
Exibe a esbelta cintura fina,
Gosta de fazer o que quer,
Não deixa de ser MENINA,
Depressa se livra da blusa e da saia,
Quando se deleita na beira da PRAIA.
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