Eu me esqueci que não podia,
Fazer uma festa sem ter alegria,
Caminhar sozinho no fim do dia,
Deixar a paz que tanto me envolvia.
Eu me esqueci daquele gesto mais nobre,
Que a simplicidade era o que me fortalecia,
Que a alegria estava no coração do pobre,
E que a felicidade não é mérito da aristocracia.
Eu me esqueci, andando cambaleante,
Dos meus mais singelos instantes,
Do fruto que sobrava abundante,
Da harmonia de um ambiente distante.
Eu me esqueci, que a dor me traz o tropeço,
Que as lágrimas, me provocam o desprezo,
Que o erro me conduz a um novo começo,
E que o perdão, alivia o meu endereço.
Quero voltar correndo aqueles belos momentos,
Buscar com vibração, a felicidade que me abraça,
Afastar da minha beira os maus pensamentos,
Esquecer de vez, o esquecimento que me afasta.
Repousar sereno, nos braços que acalenta,
Derramar as lágrimas, do arrependimento,
Nos pés de Quem, me livra da tormenta,
E me segura no desconhecido Firmamento.
Caminhar de mãos dadas, na escuridão,
Com quem sempre me estendeu a mão,
Que clareia meus passos em qualquer direção,
E tranquiliza sempre meu aflito coração.
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