Dizem que "... meia palavra basta",
No entanto, meia palavra é bastante,
Para entender que não precisa tanto,
Para uma explicação abundante.
Um grito calado no peito,
Faz explodir a calma,
De quem busca encontrar um jeito,
De não implodir a alma.
O semblante do ser atingido,
Nos seus passos comprimido,
Com o coração abatido,
Fala mais quando contido.
Por isso, meia palavra é muito,
Uma palavra inteira, pior,
Pois, quando se está ferido,
É o silêncio, quem explica melhor.
Quando a tristeza domina,
É melhor "ao espírito abraçar",
E no abstrato, se deleitar,
Até a dor terminar.
Quem só com si, se importa,
Faz sucumbir a razão,
E nada pode doer mais forte,
Do que a dor da ingratidão.
Isso maltrata o peito,
Faz sangrar o coração,
Deixa o rosto desfeito,
E o destino no chão.
Aí o desespero aparece,
Buscando explicação,
Mas o sábio se robustece,
Pondo o SILÊNCIO em ação.
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