Minha querida alma, tu que és
afeita aos caminhos distantes,
Por uma luz que tanto ilumina
e descortina o horizonte,
Tu te sentes atraída, esqueces
da vida e viajas mundo a fora,
Vai na carona do vento,
saboreando a brisa, como um curioso viajante.
.
Oh ALMA irrequieta, tu te
encantas com o abstrato,
Mergulhas no tempo, te afastas
do chão, e passeias na imensidão,
Nos delírios da mente tu te
perdes e te achas nos reclames do peito alado,
Recolhendo sentimentos,
superando procelas, cadenciado o coração.
.
Oh ALMA vibrante, que se
empolga nas alturas,
Transformas em caminho
doméstico, o brilho das estrelas,
Me arrancas do chão nevoento e
me levas com bravura,
Ou arrastas a luz intensa, e
manipulas com simplicidade a nobreza.
.
Oh ALMA esvoaçante, que se
deleita na liberdade do céu,
Entre as estrelas,
visitas as "três Marias", e lá descobres a beleza estonteante,
No roteiro das galáxias, tu te
ajeitas, flutuando ao sabor do Mel,
O infinito é a tua morada, num
universo de vida abundante.
.
Oh ALMA companheira, tu que
tanto me conheces,
Sabes ao certo o que sempre
tanto e tanto me alegra,
Se antecipas à minha vontade e
aplaudes efusivamente a beleza,
Nos teus braços eu me deito, e
adormeço serenamente no seu peito.